Exposição reúne fotos inspiradas em textos de Rubem Braga
Históias e curiosidades sobre o Rio e seus habitantes
Literatura verde
Fotos inspiradas em textos de Rubem Braga serão o mote da próxima exposição da Galeria de Arte e Literatura, na Estação Central do metrô. A mostra, a ser aberta no dia 24, tem por título O Lavrador de Ipanema e reúne catorze imagens de folhas e flores, especialmente árvores, associadas a frases do autor tiradas do livro homônimo. Braga, que nasceu no Espírito Santo, morou parte da vida no Rio, onde morreu, em 1990. É considerado o maior nome do seu gênero literário, a crônica. Amante da natureza, com a ajuda do paisagista Burle Marx acabou transformando sua cobertura ipanemense num grande pomar. Abaixo, algumas das fotografias (a primeira é na Urca) da exposição, acompanhadas de fragmentos de seu pensamento sobre ecologia.
As portas do passado
Está reconhecendo estas portas em preto e marrom? Um dia já estiveram na fachada da Bolsa de Valores do Rio, mas numa reforma foram doadas à harpista Cristina Braga, da Orquestra do Municipal. Pois a musicista deu uma guaribada em seis delas, lustrou a peroba com cuidado, e agora elas servem de portão de entrada do espaço cultural Uaná Etê, aberto no mês passado em Sacra Família do Tinguá, distrito de Paulo de Frontin, no centro-sul do estado. Vidrada em móveis antigos, Cristina recuperou ainda janelões de ferro de uma antiga fábrica de chapéus na Mangueira e outras portas, que sobraram da demolição de um prédio chique na Rua Nascimento Silva, em Ipanema.
Um rosto em cinco traços
Está marcado para o dia 25, no Museu Nacional de Belas Artes, no Centro, o lançamento do Catálogo da Primeira Bienal Internacional de Caricatura, livro pesado, com mais de 300 páginas, que reúne obras mostradas nesse evento, realizado entre 2013 e 2014, no Rio e também em cidades como Porto Alegre e Belém. Na obra, há minibiografias de caricaturistas consagrados, como Chico Caruso, Jaguar e Ziraldo, e trabalhos de gente nova, como este Noel Rosa em cinco traços e uma fumacinha, obra de Luciano Magno, pseudônimo de Lucio Muruci, ele próprio o organizador da bienal.
Nos bastidores da folia
Ficou pronto no início do mês e agora parte para fazer carreira em festivais (o próximo será o do Rio, em outubro, e depois vai para Holanda e França, antes da estreia, no ano que vem) o documentário 82 Minutos, de Nelson Hoineff, sobre a preparação de uma escola de samba — da escolha do enredo até a hora de pisar na avenida. A agremiação que abriu as portas, a quadra e o barracão ao cineasta foi a Portela. No filme aparece, inclusive, a polêmica de ter sido ou não favorecida pela prefeitura, já que Eduardo Paes é torcedor notório.
64%
Essa é a porcentagem da população carioca que não utiliza nenhum tipo de proteção contra os raios solares. O número é pior até do que a média no Brasil, que está em 62%. São dados recentes, levantados pela Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, que, alarmada, está lançando um aplicativo com o objetivo de reduzir os casos de câncer de pele na cidade. O projeto, parte do programa Política de Sombras, é gratuito, para Android, e orienta os usuários sobre os melhores caminhos a ser tomados para evitar a exposição excessiva ao ultravioleta.