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Sete estreias agitam os cinemas, quatro espetáculos teatrais entram em cartaz e oito novas mostras chegam às salas cariocas. Aproveite os últimos dias para conferir oito peças e quatro exposições. Programe-se!

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 15h18 - Publicado em 23 nov 2012, 15h17

CINEMA

PRÉ-ESTREIAS

A ORIGEM DOS GUARDIÕES, de Peter Ramsey (Rise of the Guardians, EUA, 2012). A nova animação dos estúdios DreamWorks (de Shrek, Madagascar e Kung Fu Panda, entre outros) traz um grupo formado por Papai Noel, o Coe-lho da Páscoa, a Fada do Dente, Sandman e Jack Frost. Esses guardiões têm o dever de zelar pela felicidade das crianças. Mas Pitch, o vilão, quer acabar com a alegria dos protetores fazendo com que a meninada deixe de acreditar na existência deles (97min). Dublado, 3D: Cine 10 Sulacap 1, Cinemark Botafogo 4, Cinemark Carioca Shopping 4, Cinemark Downtown 3, Cinemark Plaza Shopping 2, Cinépolis Lagoon 5, Cinespaço Boulevard 5, Cinesystem Bangu 2, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Recreio 2, Espaço Itaú de Cinema 4, Espaço Rio Design 1, Iguatemi 1, Kinoplex Fashion 2, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex Tijuca 4, Rio Sul 2, Roxy 3, São Luiz 4, UCI New York City Center 12, Via Parque 5.

NA TERRA DO AMOR E DO ÓDIO, de Angelina Jolie (In the Land of Blood and Honey, EUA, 2011). Embora tenha concorrido ao Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira no início deste ano, só agora chega às telas a primeira ficção dirigida pela estrela Angelina Jolie. A atriz foi longe para buscar um drama. Situada na década de 90 e filmada na Hungria, a trama enfoca a história de um casal durante a Guerra da Bósnia. Trata-se da paixão do sérvio Danijel (Goran Kostic) pela bósnia Ajla (Zana Marjanovic). Embora unidos pelo amor, eles vão se separar pelos conflitos que envolvem as diferenças de sua etnia (127min). Cinemark Botafogo 2, Cinemark Downtown 11.

QUAL O NOME DO BEBÊ?, de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte (Le Prénom, França/Bélgica, 2012). Na comédia, Vincent (Patrick Bruel) é um quarentão às vésperas de ter seu primeiro filho. Empolgado com a paternidade, ele é convidado para um jantar na casa de sua irmã, em companhia da mulher e dos amigos mais próximos. Questionado sobre qual será o nome da criança, Vincent anuncia sua escolha e instala um grande constrangimento na família. Estação Sesc Ipanema 1.

ESTREIAS

CONSTRUÇÃO, de Carolina Sá (Brasil, 2012). As portas do documentário no Brasil estão tão abertas que se faz filme até sobre a família do próprio diretor. Isso, evidentemente, não seria um problema se o homenageado fosse relevante. Não é o que ocorre neste primeiro longa-metragem da ex-modelo e ex-apresentadora da MTV Carolina Sá. Com a bênção do realizador Walter Salles e da atriz Patrícia Pillar (produtores associados), a ci-neas-ta traz à tona a história comum de sua filha, fruto de um relacionamento com um músico cubano, e de seu pai, o arquiteto Marcos Vasconcellos, já falecido. Na primeira parte, Carolina acompanha a menina, que tinha 3 anos em 2008, numa visita a Havana. Lá, registra o encontro dela com o pai e com o meio-irmão, além de fazer imagens granuladas da cidade na intenção de ter um material, digamos, mais artístico. Em seguida, a realizadora foca de raspão a trajetória do pai e as cartas escritas para a esposa quando ele viajava a trabalho. Como Marcos tinha o hábito de filmar encontros familiares com uma câmera super-8, Carolina aproveita cenas das décadas de 60 e 70, feitas por ele, para mesclar nas sequências atuais. Para acompanhar o visual, há um texto metido a poético. O resultado cai na banalidade pela falta de um assunto de maior amplitude. Confusa, a narrativa segue aos trancos e, embora de curta duração, a fita tende ao aborrecimento (70min). 10 anos. Estreou em 23/11/2012. Espaço Itaú de Cinema 5.

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✪✪ CURVAS DA VIDA, de Robert Lorenz (Trouble with the Curve, EUA, 2012). Clint Eastwood anunciou sua aposentadoria do ofício de ator após a grande atua-ção em Gran Torino (2008). Mas voltou atrás provavelmente para atender a um pedido de Robert Lorenz, amigo, produtor e assistente em muitos dos filmes realizados por ele. Assim como Lorenz, que assume pela primeira vez o cargo de diretor, o roteirista Randy Brown é um estreante no metiê daí, um filme previsível e anêmico de ideias, além de extremamente conservador no formato. Embora faça o personagem com gosto, East-wood reprisa o tipo ranzinza de Gran Torino e Menina de Ouro. No drama, ele vive o olheiro de beisebol Gus, que está perdendo a visão e tem problemas de relacionamento com Mickey, a filha advogada interpretada por Amy Adams. Ao ser obrigado a ir até a Carolina do Norte para escolher uma nova estrela para o time, Gus terá a companhia de Mickey, a pedido de um velho amigo dele (papel de John Goodman). Lá, o protagonista reencontra Johnny (Justin Timberlake), ex-craque da bola e agora olheiro para uma equipe rival (111min). 12 anos. Estreou em 23/11/2012. Cinemark Downtown 9, Cinépolis Lagoon 2, Kinoplex Fashion Mall 4, Estação Vivo Gávea 3, UCI New York City Center 16.

DIA DE PRETO, de Marcos Felipe, Daniel Mattos e Marcial Renato (Brasil, 2012). A aventura é uma adaptação para os dias de hoje da lenda sobre o primeiro escravo alforriado no Brasil. Na trama, o jovem Preto (Marcelo Batista) foge de seu patrão e de uma gangue que está à procura de uma relíquia sagrada roubada: um sino de ouro histórico, peça valiosa que remonta ao Rio de Janeiro do século XVII (90min). 14 anos. Estreou em 23/11/2012. Cine Joia.

DISPAROS, de Juliana Reis (Brasil, 2012). Drama criminal que marca a estreia da diretora em longa-metragem. Na trama, o fotógrafo Henrique (Gustavo Machado) é assaltado por dois motoqueiros e o motorista de um carro atropela os criminosos para fazer justiça. O protagonista segue em frente e sente-se vingado. Ao retornar logo em seguida ao local do acidente, é acusado de omissão de socorro às vítimas. Com Caco Ciocler (82min). 14 anos. Estreou em 23/11/2012. Cinemark Down-town 1, Cinesystem Ilha Plaza 3, Estação Sesc Barra Point 2, Estação Vivo Gávea 1, Estação Sesc Rio 3, UCI New York City Center 10.

TEATRO

ESTREIAS

UM INIMIGO DO POVO, de Henrik Ibsen (1828-1906). Clássico drama do autor norueguês. Na história, o médico Tomas Stockmann (Marcello Escorel) descobre que a água da cidade onde mora está contaminada. Seu irmão, o prefeito, percebe que a revelação causará uma crise em seu governo e toma providências para manipular a opinião pública. Completam o elenco Charles Myara, Gustavo Ottoni, Nedira Campos, Paulo Japyassu, Lauro Góes, Eduardo Diaz e Brenda Jaci. Direção de Silvia Monte (120min). 10 anos. Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro — Sala Multiúso (53 lugares). Rua Dom Manuel, 29, Centro, ☎ 3133-3366. Segunda a quarta, 19h. Excepcionalmente nesta quinta (22) e sexta (23), às 19h, haverá sessão. Grátis. Senhas distribuí-das a partir das 18h30. Até 19 de dezembro. Estreia prometida para quinta (22).

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REESTREIAS

✪✪✪✪ O HOMEM TRAVESSEIRO, de Martin McDonagh. Um dos melhores atores de sua geração, Bruce Gomlevsky acumula os papéis de produtor e diretor da premiada comédia dramática cheia de humor negro, escrita pelo autor inglês e encenada em diversos países. A trama apresenta Katurian (Gomlevsky), escritor que vive em uma nação fictícia onde vigora um regime totalitário. Certo dia, ele é detido por dois detetives (Tonico Pereira e Miguel Thiré) devido à semelhança de seus contos com uma série de bizarros assassinatos de crianças que vêm sendo cometidos na cidade. Da mesma forma, seu irmão mais velho, Michael (Ricardo Blat), que sofre de problemas mentais, também é levado para prestar esclarecimentos. Dizer mais do que isso poderia estragar as eventuais surpresas desta ótima montagem. A duração do espetáculo, com suas três horas, pode assustar, mas se justifica em cada minuto, sem que nada pareça gratuito ou excessivo. O primoroso texto, denso mas fluido, passeia por assuntos tão diversos quanto abuso de poder, intolerância, relações familiares e força da arte, sem perder a coesão. Em cena o tempo todo, Gomlevsky empreende um tour de force à frente do ótimo elenco (180min). 16 anos. Teatro do Leblon — Sala Tônia Carrero (200 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00 (qui. e sex.) e R$ 60,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 30 de dezembro. Reestreia prometida para quinta (22).

✪✪ A MORINGA QUEBRADA, UMA COMÉDIA INOXIDÁVEL, adaptação de Gustavo Paso da obra de Heinrich von Kleist (1777-1811), com tradução de Marcelo Backes. Encenada pela primeira vez em 1808, a comédia do autor alemão serve de base para esta montagem da Cia Teatro Epigenia. Na trama, o caso de uma moringa misteriosamente quebrada é levado ao conhecimento do juiz Adão (Claudio Tovar). A dona da cerâmica, Marta Rola (Luciana Fávero), tem certeza de que o culpado é Robério Cacimba (Felipe Miguel), namorado de sua filha, Eva (Bárbara Werlang) — a quem ele flagrou com um homem não identificado na mesma noite em que a peça se quebrou. Preguiçoso, o juiz pretende se livrar quanto antes do problema, mas esbarra nas cobranças do Conselheiro Magno (Samir Murad) e ainda tem de lidar com o escrivão Luz (Thiago Detofol), que está de olho no seu cargo. Na adaptação, o povoado holandês em que se passa a história original foi transformado em Upa Cavalo, uma cidadezinha fictícia que evoca o Nordeste brasileiro — a bem da verdade, mais pelo sotaque dos personagens do que pelos figurinos e cenografia. O maior problema, entretanto, é o tom exageradamente gritado das atuações, além de um evidente descompasso entre os atores. Ótimo em cena, Tovar responde pelos melhores momentos da encenação. Mônica Vilela, Thalita Vaz e Antonio Barboza completam o elenco. Direção do adaptador (90min). 12 anos. Teatro do Leblon — Sala Fernanda Montenegro (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Terça e quarta, 21h30; quinta, 17h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (ter. a qui.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 12 de dezembro. Reestreia prometida para terça (20).

✪✪✪ TIM MAIA — VALE TUDO, O MUSICAL, de Nelson Motta. Sucesso estrondoso na temporada teatral de 2011, o musical é uma adaptação da biografia Vale Tudo — O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta. . A produção repassa a trajetória de Tim Maia (1942-1998) em um amplo painel que inclui passagens como a temporada em que o cantor viveu nos Estados Unidos, sua parceria com Roberto Carlos e sua conversão à seita Cultura Racional, entre outras. Completam o entrosado elenco Isabella Bicalho, Lilian Valeska, Pedro Lima, Andreh Vieri, Bernardo La Roque, Reiner Tenente, Evelyn Castro, Pablo Ascoli, Aline Wirley e Leticia Pedroza. No palco, são onze números executados de forma contagiante por uma banda com sete músicos, levando sucessos como Do Leme ao Pontal, Azul da Cor do Mar e Não Quero Dinheiro. Direção de João Fonseca e direção musical de Alexandre Elias (160min). 14 anos. Theatro Net Rio — Sala Tereza Rachel (789 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2147-8060, ? Siqueira Campos. → Quinta a sábado, 20h30; domingo, 20h. R$ 100,00 (balcão) e R$ 150,00 (frisa ou plateia). Bilheteria: 10h/22h. Cc: D, M e V. Cd: todos. IR. Estac. (no shopping, Rua Figueiredo Magalhães, 598, R$ 10,00 a primeira hora, mais R$ 5,00 a fração). Até 23 de dezembro. Reestreia prometida para sexta (23).

ÚLTIMA SEMANA

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AMORES SURDOS, de Grace Passô. Apresentado pela primeira vez no Festival de Curitiba de 2006, o drama do grupo Espanca!, de Belo Horizonte, gira em torno de uma família composta de um pai ausente, uma mãe zelosa e três filhos — o caçula com problemas respiratórios. Alienados pela rotina, eles têm dificuldade de perceber a situação. No elenco, Assis Benevenuto, Gustavo Bones, Marcelo Castro, Mariana Maioline e a autora. Direção de Rita Clemente (60min). 12 anos. Reestreou em 7/11/2012. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro III (120 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Quarta a domingo, 19h. R$ 6,00. Bilheteria: a partir das 10h (qua. a dom.). Até domingo (25).

✪✪✪✪ A ARTE E A MANEIRA DE ABORDAR SEU CHEFE PARA PEDIR UM AUMENTO, de Georges Perec (1936-1982), com tradução de José Almino. O francês Georges Perec tornou-se conhecido pelo exercício radical de estilo — escreveu um livro inteiro sem usar a letra “e” e, em outro, adotou-a como a única vogal permitida. A partir de um árido organograma corporativo, o autor também publicou, em 1968, um texto cuja premissa é (ou parece ser) uma explicação sobre como pedir um aumento ao seu superior. No ano seguinte, criou a versão teatral da obra, que serve de base para o monólogo cômico com Marco Nanini. Não se trata de um daqueles típicos manuais de etiqueta profissional, como o título pode sugerir. Dada a situação inicial — a decisão de solicitar um incremento no salário –, todos os desdobramentos possíveis vão sendo listados pelo personagem. A estrutura do texto, labiríntica e fincada em repetições, demanda um ator de enormes recursos. Aí entra Nanini. Escoltado por projeções de Batman Zavareze e direção enxuta de Guel Arraes, ele esbanja o mais fino humor (60min). 12 anos. Reestreou em 2/11/2012. Oi Futuro Flamengo (84 lugares). Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ? Largo do Machado. → Sexta a domingo, 19h30. R$ 20,00. Bilheteria: 14h/20h (ter. a qui.); a partir das 14h (sex. a dom.). Até domingo (25).

✪✪✪ BILLDOG, de Joe Bone, com tradução de Gustavo Rodrigues. Batizada originalmente de Bane, a comédia com clima noir estreou em 2009 em Londres, onde se tornou cult. De passagem por lá, Gustavo Rodrigues assistiu à peça e propôs ao autor, Joe Bone (também ator e diretor da montagem inglesa), uma encenação no Brasil. Com direção conjunta do próprio Bone e de Guilherme Leme, o espetáculo teve o título modificado, mas manteve o espírito do original, buscando extrair o máximo de graça com o mínimo de recursos. Com um só figurino, Rodrigues vive 38 personagens, escoltado apenas pelo exímio guitarrista Márcio Tinoco. O protagonista é o mercenário Billdog, que, certo dia, começa a ser perseguido por um bandido misterioso. Tudo na história é construído para fazer troça com clichês de filmes policiais. Em um cenário que se limita a um cubo negro, habilmente iluminado por Wilson Reiz, Rodrigues encarna pessoas e animais, fazendo diversas sonoplastias. Diversão garantida (65min). 16 anos. Reestreou em 6/10/2012. Sesc Casa da Gávea (80 lugares). Praça Santos Dumont, 116, Gávea, ☎ 2239-3511. Sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 17h30 (sáb. e dom.). Até domingo (25).

✪✪✪✪ O DESAPARECIMENTO DO ELEFANTE, adaptação de Monique Gardenberg de contos de Haruki Murakami. Conhecido por retratar como poucos o nonsense da vida moderna, o escritor japonês tem cinco de seus contos transpostos com êxito para o palco nesta comédia. Três dos segmentos assumem um tom mais divertido: O Pássaro de Cordas e as Mulheres da Terça-Feira, no qual um desempregado (Caco Ciocler) encontra uma adolescente (Fernanda de Freitas) que o faz refletir sobre sua vida; O Comunicado do Canguru, com Kiko Mascarenhas vivendo um funcionário de uma loja que se encanta com a carta de uma cliente; e especialmente O Segundo Ataque, com Caco e Marjorie Estiano na pele de um casal que resolve assaltar uma lanchonete. Os outros dois são mais líricos: em Sono, a protagonista (Maria Luisa Mendonça) tem dificuldade para dormir; e, no texto que dá nome à peça, um rapaz (Rafael Primot) conta a uma jornalista (Fernanda) a sua intrigante versão para o misterioso caso de um elefante que sumiu sem deixar vestígios. André Frateschi, Felipe Abib, Clarissa Kiste e Rodrigo Costa completam o elenco nunca menos do que bom. A lindíssima cenografia de Daniela Thomas e Camila Schimidt, plenamente valorizada pela luz de Maneco Quinderé, é fincada no uso de vídeos, aproveitando assim a experiência de Monique Gardenberg como cineasta. Direção da adaptadora e de Michele Matalon (135min). 12 anos. Estreou em 12/10/2012. Teatro Fashion Mall — Sala 1 (470 lugares). Estrada da Gávea, 899 (Fashion Mall), 2º piso, São Conrado, ☎ 3322-2495. → Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 70,00 (sex.) e R$ 80,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 8,00 por duas horas). Até domingo (25).

✪✪✪ DOIDAS E SANTAS, de Regiana Antonini, inspirada no livro homônimo de Martha Medeiros. A comédia romântica aborda a vida da psicanalista Beatriz (Cissa Guimarães), que, após vinte anos, decide dar fim ao desgastado casamento com Orlando (Giuseppe Oristânio). Adaptado de um livro de crônicas independentes, o texto carece um tanto de solidez — a maioria das cenas se assemelha a esquetes isolados. Apesar disso, as situações vividas pela família da protagonista provocam identificação entre os espectadores, além de risadas. O elenco se mostra inteiramente à vontade. Oristânio se entrega com gosto à personalidade meio abobalhada do marido, enquanto Cissa desenvolve uma personagem mais crível, mas também responsável por boas tiradas. É Josie Antello, no entanto, dividindo-se entre os papéis da filha adolescente Marina, da liberal tia Berenice e da amalucada avó Elda, quem responde pelos momentos mais hilariantes. Direção de Ernesto Piccolo (95min). 12 anos. Reestreou em 10/8/2012. Teatro Vannucci (450 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 3º piso, Gávea, ☎ 2239-8545. Sexta e sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 60,00 (sex.), R$ 80,00 (sáb.) e R$ 70,00 (dom.). Bilheteria: a partir das 14h30 (sex. a dom.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até domingo (25).

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DOMÉSTICAS, de Renata Melo e José Rubens Siqueira. Encenada originalmente em São Paulo em 1998 e transformada em filme três anos depois, com direção de Fernando Meirelles e Nando Olival, a peça foi criada a partir de depoimentos de empregadas coletados em todo o Brasil. As histórias, que na montagem paulistana eram apresentadas em cenas dramatizadas, aqui são reveladas em tom confessional, em uma espécie de documentário cênico, como se as personagens estivessem em uma entrevista. No elenco, Cacau Protasio (a Zezé da novela Avenida Brasil), Daniela Fontan, Ana Paula Sant?Anna, Alexandre Lino e Hossen Minussi. Direção de Bianca Byington (70min). 16 anos. Estreou em 13/10/2012. Teatro Sesi (250 lugares). Avenida Graça Aranha, 1, Centro, ☎ 2563-4163. → Quinta e sexta, 19h30; sábado, 19h30 e 21h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 12h (qui. a dom.). TT. Até sábado (24).

ENSINA-ME A VIVER, adaptação de João Falcão da obra de Colin Higgins (1941-1988), com tradução de Millôr Fernandes (1923-2012). Há cinco anos em cartaz e tendo viajado pelo país, a comédia dramática é sucesso de público. Adaptado com sucesso para o cinema em 1971, o texto apresenta Harold (Arlindo Lopes) e Maude (Glória Menezes). Ele é um rapaz de quase 20 anos obcecado pela morte, enquanto ela é uma senhora que está chegando aos 80, apaixonada pela vida. O encontro dos dois vai mudar o modo como o jovem vê o mundo. No elenco ainda estão Ilana Kaplan, Antonio Fragoso e Elisa Pinheiro. Direção do adaptador (110min). 12 anos. Reestreou em 19/10/2012. Imperator — Centro Cultural João Nogueira (648 lugares). Rua Dias da Cruz, 170, Méier, ☎ 3259-1998. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h30. R$ 30,00. Bilheteria: 14h/20h (ter. e qua.); a partir das 14h (qui. a dom.). Cc: M e V. Cd: R e V. Até domingo (25).

✪✪✪ A MARCA DA ÁGUA, de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes. A Armazém Companhia de Teatro ousa mais uma vez em seu 25º espetáculo, este drama montado no espaço da trupe dentro da Fundição Progresso. O cenário exibe uma piscina com 3 000 litros d?água e um paredão sobre o qual incidem belas projeções de Rico e Renato Vilarouca. Além de causarem impacto, esses elementos criam o universo de tintas surrealistas em que se passa a história de Laura. Na infância, ela sofreu um acidente doméstico e precisou operar o cérebro. Já adulta, as sequelas daquele episódio voltam à tona. Texto e encenação caminham entre o trágico e o poético. Ótima como de hábito, Patrícia Selonk encarna a protagonista, paradoxalmente acometida por súbita vivacidade diante da doença. A seu lado estão Ricardo Martins, Marcelo Guerra, Marcos Martins e Lisa E. Fávero, também com bom desempenho. Direção de Paulo de Moraes (75min). 18 anos. Estreou em 30/8/2012. Fundição Progresso — Espaço Armazém (110 lugares). Rua dos Arcos, 24, Lapa, ☎ 2210-2190. Sexta e sábado, 20h; domingo, 19h. R$ 30,00 (sex.) e R$ 40,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 18h (qui. a dom.). Até domingo (25).

EXPOSIÇÕES

ESTREIAS

ENTARDECER CARIOCA. Seis fotografias de Bruno Veiga, Murilo Meireles, Ana Stewart, Joaquim Nabuco, Alexandre Sant?Anna e Isabel Becker marcam a inauguração do Espaço Alexandrina, no Rio Comprido. Além das imagens, cinco gravuras e cinco pinturas da série Traços, do artista Thomaz Velho, fundador do local ao lado Luciana Pinto, integram a mostra. R$ 1?500,00 a R$ 4?000,00. Espaço Alexandrina. Rua Alexandrina, 972, Rio Comprido, ☎ 2274-9281. Segunda a sexta, só com agendamento; sábado e domingo, 16h às 20h. Grátis. Até 6 de janeiro. A partir de domingo (25).

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FERNANDA GOMES. Com trabalhos em importantes coleções ? como as do Centre Pompidou, da Tate Modern e do Miami Art Museum ? a carioca exibe seu trabalho, em geral criado a partir do espaço que vai ocupar, na Laura Alvim. Sem dar pistas sobre o que estará exposto, o curador Fernando Cocchiarale limita-se a caracterizar vagamente a produção da artista, quase sempre com o uso de objetos de descarte. Galeria Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2017. Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até 17 de fevereiro. A partir de quinta (22).

ANANDA NAHU E IZOLAG ARMEIDAH. A dupla exibe, na mostra intitulada Firme Forte Records, trinta obras nas quais se valem de estêncil e várias camadas de tintas coloridas. Outras técnicas são associadas ao processo de criação, como litogravura, serigrafia e gravura em metal, além de diversos elementos fotográficos e outros materiais, como couro, madeira, telas, tecidos, papéis e carcaças. Figuras como o pintor Jean-Michel Basquiat e a cantora Billie Holiday aparecem nos trabalhos. R$ 4?000,00 a R$ 40?000,00. Graphos: Brasil. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), sobreloja 1, Copacabana, ☎ 2256-3268 e 2255-8283. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até 12 de janeiro. A partir de sexta (23).

JOSÉ RUFINO. O artista recria em uma escultura o herói Ulisses, protagonista do clássico grego Odisseia, de Homero. A obra, única da exposição intitulada Ulysses, é feita a partir de materiais coletados no Rio, como madeiras, pedras, ferros, concreto, conchas e cerâmicas. As dimensões são monumentais: 23 metros de largura por 8 de altura. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 17 de fevereiro. A partir de domingo (25).

KIKA NICOLELA. Em sua primeira individual no Rio, batizada como The Film That Is Not There, a artista visual paulistana exibe uma série de vídeos gravados entre 2010 e 2011 durante residências artísticas na Coreia do Sul, Singapura e Suíça, nos quais usou atores locais. Esses trabalhos compõem uma videoinstalação, que contém ainda imagens gravadas no Brasil, ao longo deste ano, com a participação de atores como Caco Ciocler, Carlos Meceni, Maria Manoella, Mariana Loureiro e Paula Picarelli. Palácio Gustavo Capanema ? Mezanino. Rua da Imprensa, 16, Centro, ☎ 2279-8089/8078. Segunda a sexta, 9h às 18h. Grátis. Até 21 de dezembro. A partir de quinta (22).

LEONARDO TEPEDINO. Em Tempovero, o artista une suas duas especialidades, a arquitetura e a escultura, e constrói duas obras de grande porte, feitas com madeira. Os trabalhos dialogam entre si e podem sofrer intervenções ao longo da mostra. Escola de Artes Visuais do Parque Lage ? Cavalariças. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. 10h às 17h. Grátis. Até 24 de fevereiro. A partir de sábado (24). https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

+ LUZ. A coletiva de Agostinho Moreira, Anamaria Reis, Anna Helena Cazzani, Fabio Naranno, Fátima Villarin, Gustavo Torres, Marcos Duarte, Marcos Lima e Mark Feddersen, alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, reúne cerca de dez obras, entre esculturas, objetos, instalações, desenhos e filmes. Curadoria de João Carlos Goldberg. Escola de Artes Visuais do Parque Lage ? Galerias 1, 2 e EAV. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Segunda a quinta, 9h às 21h; sexta a domingo, 9h às 17h. Grátis. Até 13 de janeiro. A partir de sábado (24). https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

PEDRO MEYER. A individual A Menina e as Faces reúne pinturas e desenhos feitos pelo artista nos últimos dois anos. Na série Amigos da Face, por exemplo, ele retrata curadores, críticos de arte, colegas de profissão e amigos a partir de imagens de perfis nas redes sociais. Esse conjunto inclui ainda uma instalação com 300 pequenos desenhos e gravuras. A curadoria é do diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Guilherme Bueno. R$ 1?500,00 a R$ 10?000,00. Portas Vilaseca Galeria. Avenida Ataulfo de Paiva, 1079, loja 109, Leblon, ☎ 2274-5965. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até 12 de janeiro. A partir de sexta (23). https://www.portasvilaseca.com.br.

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪ ARTISTAS BRASILEIROS NA ITÁLIA. Fundada por dom João VI em 1826, a Academia Imperial de Belas Artes travou um proveitoso diálogo com a produção artística da Itália. Herdeiro do acervo da instituição, o Museu Nacional de Belas Artes joga luz sobre essa parceria abrigando a mostra com 95 pinturas, esculturas, desenhos e gravuras concebidos por 38 criadores. Sobressaem no acervo alguns dos artistas da Academia Imperial que estiveram naquele país durante a segunda metade do século XIX, como os irmãos Félix (1866-1905), Rodolfo (1852-1931) e Henrique Bernardelli (1857-1936) ? é deste o belo óleo Maternidade ?, além de Victor Meirelles (1832-1903). Entre as criações desse grupo, no entanto, a atração mais importante é o imponente óleo Turbínio, de Antônio Parreiras (1860-1937). Restaurada, a tela volta a ser exibida após mais de cinquenta anos. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474, ? Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Grátis. Até domingo (25). https://www.mnba.gov.br.

✪✪✪ DIONÍSIO DEL SANTO. Cinquenta e quatro obras do artista (1925-1999) que flertou com o neoconcretismo são exibidas na mostra. Há trinta guaches (todos sem título) de 1987, nos quais combinações de formas geométricas ganham cores vivas, como laranja, verde, amarelo e vermelho. Uma parte do acervo é dedicada à especialidade que lhe deu fama, a serigrafia: são nove exemplares, também sem nome, em que as linhas paralelas têm lugar de destaque e a paleta cromática é mais fechada, transitando entre o cinza, o azul-escuro e o marrom. Por fim, são exibidas quinze obras de colecionadores particulares, que, portanto, não estão à venda, incluindo xilogravuras. R$ 2?000,00 a R$ 4?400,00. Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417, sala 206, Leblon, ☎ 2259-1952. Segunda a sexta, 10h às 18h30; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até sábado (24). https://www.multiploespacoarte.com.br.

✪✪✪ LUIZ AQUILA. Na mostra Quase Tudo, a Never Ending Tour, ele assina cerca de 200 criações produzidas nos últimos cinquenta anos. Coube ao curador Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, apresentar o trabalho de um artista difícil de rotular. O material junta gravuras, desenhos, colagens e pinturas ? algumas abstratas e de colorido abundante, a exemplo da acrílica Pintura com Alguns Riscos (2009). A imponente Canteiro de Obras (2002), uma das muitas telas de grandes dimensões presentes, com 1,5 metro de altura por 36 metros de comprimento, assemelha-se a um gigantesco papiro desenrolado. Chama atenção a maneira como os trabalhos foram distribuídos: não agrupados por época, como seria de esperar em uma retrospectiva, mas por afinidade estética. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até domingo (25). https://www.pacoimperial.com.br.

✪✪✪ ROBERTO MAGALHÃES. No último meio século, Magalhães construiu a carreira privilegiando o desenho. Essa trajetória consagrada é celebrada na retrospectiva Quem Sou, de Onde Vim, para Onde Vou, reunião de 168 trabalhos. O nome da mostra repete o de um quadro criado em 1992, que traz o retrato de um homem com duas cabeças. Um tom surrealista aparece nessa e na maioria das obras. O visitante é surpreendido a todo momento por pessoas fundidas a animais, rostos desconstruídos, torções corporais impossíveis e imagens abstratas com textos às vezes ininteligíveis, como em Mandala Enigmática (2012). Curadoria de Lauro Cavalcanti. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até domingo (25). https://www.pacoimperial.com.br.

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