Continua após publicidade

Fique ligado

Duas estreias agitam os cinemas, três espetáculos teatrais entram em cartaz e uma nova mostras chegam às salas cariocas. Aproveite os últimos dias para conferir doze peças e sete exposições. Programe-se!

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h23 - Publicado em 28 set 2012, 13h00

CINEMA

PRÉ-ESTREIA

A ARTE DE AMAR, de Emmanuel Mouret (L?Art d?Aimer, França, 2011). Premiado no Festival de Montreal, o roteiro, também assinado pelo diretor, é resultado de dez anos de anotações sobre o amor e o desejo. Em cinco histórias, com personagens que se esbarram ao longo da comédia, os dois temas são explorados de forma que às vezes lembra o estilo de Woody Allen. Há, ainda, um verniz de erudição: o título da fita é uma referência à obra homônima do poeta romano Ovídio, datada do início da Era Cristã. No elenco estão, além do próprio Emmanuel Mouret (o realizador de Faça-me Feliz!), François Cluzet, Julie Depardieu, Ariane Ascaride, Pascale Arbillot e Frédérique Bel (85min). Estação Sesc Ipanema 2.

ESTREIA

✪✪ LOOPER ASSASSINOS DO FUTURO, de Rian Johnson (Looper, EUA/China, 2012). Diretor e roteirista dos inventivos A Ponta de um Crime (2005) e Vigaristas (2008), Rian Johnson investe seu talento em outro trabalho original, só que direcionado à ficção científica. Em 2072, a máquina do tempo virou um meio de transporte ilegal, mas os criminosos têm acesso. Como as pessoas assassinadas por eles são facilmente rastreadas, os bandidos as mandam para 2042. Nessa época, os loopers são encarregados de tirar a vida das vítimas e dar sumiço nos corpos. Joe (Joseph Gordon-Levitt, com uma estranha prótese nasal) é um desses matadores. Levando a vida quase sempre na corda bamba, Joe vai deparar com algo esdrúxulo: sua próxima vítima é ele mesmo, só que trinta anos mais velho (e interpretado por Bruce Willis). O Joe cinquentão consegue escapar da morte enquanto o jovem Joe tenta localizá-lo para dar uma satisfação a seus chefes. Até aí, a história caminha entre surpresas e, apesar de complicada, mantém o interesse. Com a entrada em cena de uma fazendeira (Emily Blunt), a trama retoma o argumento de O Exterminador do Futuro e torna-se mais do mesmo. Com Paul Dano e Jeff Daniels (118min). 16 anos. Estreou em 28/9/2012. Legendado: Cinemark Botafogo 4 e 6, Cinemark Downtown 5 e 8, Cinépolis Lagoon 6, Cinesystem Ilha Plaza 1, Cinesystem Recreio 4, Espaço Itaú de Cinema 4, Iguatemi 5, Kinoplex Fashion Mall 4, Kinoplex Nova América 1, Kinoplex Tijuca 6, Leblon 2, Rio Sul 4, Roxy 1, São Luiz 2, Via Parque 4. Dublado: Cinemark Carioca 5, Cinesystem Bangu 3, Cinesystem Via Brasil 2, Cine 10 Sulacap 3, Iguatemi 4, Kinoplex Nova América 6, UCI Kinoplex Norte Shopping 5 e 7, UCI New York City Center 3 e 13.

TEATRO

ESTREIA

A TRÊS ATOS DO FIM DO MUNDO, de Caesar Moura. Atrizes de gerações e trajetórias diferentes, Querida (Tati Pasquali) e Gentil (Thaty Taranto) dividem o palco em uma montagem de Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Willams. A menos de uma hora do início do espetáculo, elas são surpreendidas por um evento cataclísmico: nada menos do que o fim do mundo. Confinadas no camarim, entram em confronto. Izabella Ribeiro completa o enxuto elenco do drama. Direção do autor (50min). 12 anos. Solar de Botafogo (180 lugares). Rua General Polidoro, 180, Botafogo, ☎ 2543-5411. → Quarta e quinta, 20h30. R$ 30,00. Bilheteria: 16h/21h (ter. a qui.). IC. Até 22 de novembro. Estreia prometida para quarta (26).

Continua após a publicidade

REESTREIA

FILHA, MÃE, AVÓ E P… — UMA ENTREVISTA, de Gabriela Leite. Socióloga e ex-prostituta, Gabriela tem sua biografia, Filha, Mãe, Avó e P…, lançada pela Editora Objetiva em 2009, adaptada ao palco por Márcia Zanelatto. Depois de uma temporada em 2011, o espetáculo volta ao circuito, trazendo novamente Alexia Dechamps, agora dividindo o palco com Louri Santos (no lugar de Pedro Osório). Eles são os únicos em cena neste drama sobre as experiências reais de uma mulher que enfrentou preconceitos e tornou-se ativista na luta pelos direitos das prostitutas. Direção de Guilherme Leme (60min). 14 anos. Teatro do Leblon — Sala Fernanda Montenegro (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Terça e quarta, 21h; quinta, 17h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (ter. a qui.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 15 de novembro. Estreia prometida para terça (25).

ÚNICAS APRESENTAÇÕES

DUAS PALHAÇAS, de Guillermo Angelleli, Karla Concá e Vera Ribeiro. O espetáculo de palhaços que celebra duas décadas de atividades da Cia. As Marias da Graça foi apresentado na cidade em 2001. Karla e Vera convidaram o palhaço argentino Angelleli a fazer essa adaptação para adultos, em linguagem de clown, do clássico O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. Em cena, duas palhaças de personalidades bem distintas conversam, a partir do livro em questão, sobre questões existenciais, como a amizade e os sentimentos de distância e aproximação. Direção de Guillermo Angelleli (50min). Livre. Galpão Gamboa (80 lugares). Rua da Gamboa, 279, Gamboa, ☎ 2516-5929. → Sábado (29), 21h; domingo (30), 20h. R$ 10,00. Bilheteria: 14h/19h (ter. a sex.); a partir das 14h (sáb. e dom.). Bilheteria na produtora Pequena Central (Rua Conde de Irajá, 98, Botafogo): 10h/16h (ter. a qui.).

ÚLTIMA SEMANA

Continua após a publicidade
Continua após a publicidade

✪✪ O BELO INDIFERENTE, de Jean Cocteau. Originalmente, a cantora Edith Piaf (1915-1963) havia pedido a Cocteau (1889-1963) que lhe escrevesse uma música. Recebeu uma peça baseada na relação dela com o ator Paul Meurisse (1912-1979). No drama, uma mulher (Djin Sganzerla) sofre com a indiferença do seu amante silencioso (Dirceu de Carvalho) durante uma madrugada em um quarto. Apesar da presença de dois atores, trata-se quase de um monólogo, já que o personagem masculino não diz uma palavra. A encenação tem qualidades, mas arrasta o peso do texto um tanto monocórdio. A parte inicial, quando o homem ainda não está em cena, é promissora, mas o que se segue é uma verborragia repetitiva, com a mulher reclamando sem parar da ausência do companheiro, sem grandes reflexões. O desenlace tem um quê de surpreendente, mas não resiste ao miolo da peça. Djin se mostra uma atriz de recursos, porém o grande destaque é a ambientação. Sobre as paredes do quarto, muito bem iluminado por Marcelo Lazzaratto, incidem projeções criadas pelo diretor André Guerreiro Lopes. O desenho de som concebido por Gregory Slivar se espalha em efeito surround, incluindo a plateia na cena. Direção de André Guerreiro Lopes e Helena Ignez (55min). 12 anos. Reestreou em 14/9/2012. Teatro Dulcina (350 lugares). Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, ☎ 2240-4879, ? Cinelândia. → Sexta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (sex. a dom.). Até domingo (30).

✪✪✪ CARA DE CAVALO, de Pedro Kosovski. Em agosto de 1964, após matar um detetive da polícia carioca em uma troca de tiros, Manoel Moreira, até então um bandido menor, foi transformado em ?inimigo número um da Guanabara?. Perseguido por dois meses pelas autoridades, acabou encurralado e morto. A alcunha pela qual ficou conhecido, Cara de Cavalo, batiza o drama policial da Aquela Companhia de Teatro. Para retratar o folclórico marginal, a quem o artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980) chegou a dedicar uma obra, são entrelaçados habilmente dois planos. Um focaliza o próprio Cara de Cavalo (Remo Trajano) e os desdobramentos da investigação que culminaria em sua morte. O outro, nos dias de hoje, reúne uma repórter (Raquel Villar) e seu entrevistado (Ricardo Kosovski, destaque em cena), que, como se verá, tem ligação com aqueles acontecimentos do passado. A montagem propõe algumas reflexões a respeito da relação entre arte e violência e sobre como uma sociedade afeita ao espetáculo pode transmutar até um bandido em celebridade. A atmosfera de show, com uso de vídeos e música ao vivo, reflete metaforicamente esse debate. Direção de Marco André Nunes (90min). 16 anos. Estreou em 6/9/2012. Espaço Sesc Teatro de Arena (240 lugares). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2548-1088. Quinta a sábado, 21h; domingo, 19h30. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Até domingo (30).

✪✪✪✪ EM NOME DO JOGO, de Anthony Shaffer. Drama policial do autor inglês, estreou em 1970 com o título original de Sleuth. Dois anos depois, ganhou a primeira montagem brasileira, batizada como O Jogo do Crime, traduzida por João Bethencourt e encenada no Teatro Glória por Paulo Gracindo e Gracindo Jr. Na produção atual, com ótima tradução de Marcos Daud, Marcos Caruso e Erom Cordeiro dividem o palco nos papéis do escritor de romances policiais Andrew Wyke e do cabeleireiro sedutor Milo Tindolini, respectivamente. O romancista descobre que sua esposa, Marguerite, o trai com o italiano. Durante uma viagem da mulher, Wyke convida Tindolini para ir a sua casa e lhe propõe uma série de jogos, que incluem o roubo das joias de Marguerite e a venda a um receptador. O amante desconfia da tramoia do marido e contra-ataca, numa trama recheada de reviravoltas. Direção de Gustavo Paso e Fernando Philbert (90min). 14 anos. Estreou em 23/3/2012. Teatro Fashion Mall — Sala 1 (490 lugares). Estrada da Gávea, 899 (Fashion Mall), 2º piso, São Conrado, ☎ 3322-2495. → Sexta e sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 70,00 (sex.) e R$ 80,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 8,00 por duas horas). Até domingo (30).

✪✪ ENFIM, NÓS, de Bruno Mazzeo e Cláudio Torres Gonzaga. Na comédia romântica, o humorista Marcius Melhem e Fernanda Rodrigues interpretam o casal Zeca e Fernanda. Prestes a passar o seu primeiro Dia dos Namorados juntos desde que foram dividir o mesmo teto, eles se preparam para transformar a data em um momento especial, com jantar em restaurante bacana e esticada para um programa a dois. A comemoração seria perfeita se um pequeno incidente doméstico não tivesse feito com que eles ficassem trancados no banheiro quando se arrumavam para sair. Direção de Cláudio Torres Gonzaga (90min). 14 anos. Estreou em 3/2/2011. Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2274-9895. → Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 60,00 (sex. e dom.) e R$ 70,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até domingo (30).

✪✪ FÃ-CLUBE, de Keli Freitas. Primeiro espetáculo da Cia. Físico de Teatro depois do sucesso Savana Glacial, de Jô Bilac, em 2010, trata da obsessão de dois amigos (Renato Livera, também diretor do espetáculo, e Igor Angelkorte) por uma atriz desconhecida (Camila Gama). Toda a ação se passa no cativeiro da moça, que acaba desenvolvendo uma ambígua relação com seus algozes — eles, por sua vez, parecem apenas querer mantê-la sob seu jugo, sem violentá-la. A montagem tem méritos, a começar pela correção do elenco, com destaque para Camila. Também é boa a luz de Renato Machado, ditando os climas com eficiência. A indecisão do texto, no entanto, por pouco não desmonta as qualidades da peça. Apesar de se classificar como um drama, há flertes com o suspense e, de forma ainda mais aberta, com a comédia (Livera arranca algumas gargalhadas do público). Isoladamente, as partes até funcionam e formam um todo perfeitamente compreensível, mas o conjunto sofre diante dos tons desiguais da encenação (70min). 16 anos. Estreou em 7/9/2012. Espaço Sesc — Mezanino (70 lugares). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. → Quinta a sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Até domingo (30).

Continua após a publicidade

FUNK BRASIL — 40 ANOS DE BAILE, de João Bernardo Caldeira e Pedro Monteiro. O livro Batidão — Uma História do Funk, do jornalista Silvio Essinger, inspira o musical. Um dos autores, Pedro Monteiro divide a cena com Alex Gomes, Cintia Rosa, Dérik Machado, Julia Gorman e Marcelo Cavalcanti para contar a trajetória do funk no país, desde os anos 70, quando imperava a soul music, até os dias de hoje. Figuras emblemáticas do estilo, como Gerson King Combo, DJ Marlboro, Latino, Tati Quebra-Barraco e a dupla Claudinho e Buchecha, aparecem ao longo do espetáculo. Direção de Joana Lebreiro e direção musical de Marcelo Rezende (75min). 12 anos. Estreou em 9/8/2012. Teatro Miguel Falabella (456 lugares). Avenida Dom Helder Câmara, 5332 (NorteShopping), 2º piso, Cachambi, ☎ 2597-4452. Quinta a domingo, 18h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). IC. Estac. R$ 4,50 (por quatro horas). Até domingo (30).

✪✪✪ GOZADOS, de Luiz Salem. Em 1990, Luiz Salem, Aloísio de Abreu e Marcia Cabrita estrearam o espetáculo Subversões. Sob direção de Stella Miranda, o trio entoava versões tão hilariantes quanto corrosivas de hits musicais. Sucesso imediato, o espetáculo ganhou várias montagens ao longo de 21 anos e deu origem a este filhote. Na comédia, sobem ao palco apenas Salem e Stella (também diretora). Entrosados por décadas de parceria, eles abraçam sem reservas o tom irreverente e muitas vezes cáustico da montagem. Paródias cantadas ainda são a atração principal. Músicas como Corrente (Chico Buarque), Rehab (Amy Winehouse) e Cabelo (Jorge Ben Jor e Arnaldo Antunes), esta pescada de Subversões, ganham letras quase sempre impublicáveis. Sobra para todo mundo, de políticos e celebridades a adaptações brasileiras de musicais da Broadway. Uma afronta ao politicamente correto, a peça provoca frouxos de riso em espíritos menos sensíveis (80min). 14 anos. Estreou em 8/8/2012. Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2274-9895. → Quarta e quinta, 21h; sexta e sábado, 23h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 15h (qua. a sáb.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até sábado (29).

✪ MICHAEL E EU, de Marcelo Pedreira. Em junho de 2009, quando Michael Jackson morreu, prematuramente, aos 50 anos, o operador de áudio Leandro Lapagesse não teve dúvida: partiu para o velório do cantor em Los Angeles. Não era para menos: ele é dono de uma coleção de 10000 itens relacionados ao astro e ainda ostenta cinco tatuagens em homenagem ao ídolo. Esse personagem singular inspira a comédia dramática. No palco, Leo (Pedro Henrique Monteiro) é o alter ego de Lapagesse. Fã obcecado, ele surta quando o cantor morre. Desesperado, procura Doc (Bruno Garcia), um psicólogo iconoclasta. A boa premissa se esvai no texto raso de Pedreira, uma sucessão de cenas muito parecidas, com médico e paciente em confronto por causa dos hábitos esquisitos de Jackson. Nada parece encaminhá-los para o desfecho do espetáculo. A inserção de videoclipes do cantor ao longo da montagem emperra a dramaturgia, mas garante a empatia de quem conhece as músicas. É o que diverte a plateia, ao lado da boa atuação de Garcia. Direção de Ivan Sugahara (80min). 12 anos. Estreou em 17/8/2012. Teatro do Leblon Sala Marília Pêra (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00 (qui.), R$ 60,00 (sex. e dom.) e R$ 70,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até domingo (30).

OBSESSÃO, de Carla Faour. Comédia dramática que explora as sutilezas do universo feminino e tem como tema central a rivalidade entre duas mulheres. No palco, Carla e Ana Baird representam os papéis de Marina e Lívia, respectivamente. Íntimas na adolescência, elas rompem a amizade quando a primeira rouba o namorado da segunda, Marcelo (Antonio Fragoso), mas outras reviravoltas estão por vir. Completam o elenco Daniel Belmonte, como o adolescente Leo — filho de Marina e Marcelo –, e Celso Tadde, que representa Arthur, o namorado de Lívia, viciado em jogo. Direção de Henrique Tavares (80min). 14 anos. Reestreou em 3/8/2012. Teatro Fashion Mall — Sala 2 (296 lugares). Estrada da Gávea, 899 (Fashion Mall), 2º piso, São Conrado, ☎ 3322-2495. → Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 60,00 (sex. e dom.) e R$ 70,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 8,00 por duas horas). Até domingo (30).

✪✪✪ A PARTILHA, de Miguel Falabella. Um dos maiores êxitos teatrais da década de 90, a comédia dramática reuniu Susana Vieira, Arlete Salles, Thereza Piffer e Natália do Vale como quatro irmãs que se encontram no velório da mãe. A partir de uma discussão em torno da herança, elas passam sua vida a limpo. Três quartos do elenco estão na nova montagem, que tem novamente a direção de Falabella — escalada para a próxima novela de Glória Perez, Natália deu lugar a Patricya Travassos, que já a havia substituído por um curto período na temporada original. No papel de Selma, dona de casa conservadora que vive um casamento aborrecido com um militar, ela é a responsável por boa parte das risadas do público, assim como Susana, na pele da liberada Regina. Intérprete da jornalista Laura, a personagem mais centrada, Thereza se sai bem como um contraponto dramático. Mas é Arlete, encarnando a intempestiva Maria Lúcia, que rouba a cena em todas as aparições. Os bons figurinos de Sônia Soares refletem bem a personalidade de cada uma das irmãs e a cenografia eficiente de Belí Araújo traz o essencial para a ambientação. Valoriza-se, assim, a maior virtude da peça: a desenvoltura de quatro atrizes em torno de um texto ainda atual (90min). 12 anos. Estreou em 3/8/2012. Teatro Oi Casa Grande (926 lugares). Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, ☎ 2511-0800. Quinta, 21h; sexta e sábado, 21h30; domingo, 19h. R$ 40,00 a R$ 120,00. Bilheteria: 15h/20h (ter. e qua.); a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: todos. Cd: todos. IC. Estac. no Shopping Leblon (R$ 4,00 por duas horas). Até domingo (30).

Continua após a publicidade

✪✪✪✪ A PEÇA DO CASAMENTO, de Edward Albee, com tradução de Marcos Ribas de Faria. Primeira montagem brasileira do texto, escrito em 1987, do célebre autor americano, a comédia dramática retrata um casamento como um campo de guerra, em que não há vencedores, mas combatentes mutuamente esgotados diante de uma situação-limite. Guida Vianna e Dudu Sandroni representam Gillian e Jack. Após trinta anos de casados, o marido comunica à mulher, de forma bastante direta, que vai deixá-la. Começa aí um intenso duelo verbal, magistralmente escrito pelo autor, no qual o casal revisa sua relação. Entre a amargura escancarada e a ironia fina, o embate vai evoluindo até as vias de fato — em uma cena impressionante, que provoca alguns risos nervosos na plateia. Atores tarimbados, Guida e Sandroni entregam excelentes performances, revelando entrosamento impecável. As atuações são valorizadas pela direção eficiente e, no melhor sentido, quase invisível de Pedro Bricio (70min). 12 anos. Reestreou em 15/9/2012. Espaço Cultural Eletrobras Furnas — Auditório (192 lugares). Rua Real Grandeza, 219, Botafogo, ☎ 2528-5166. Sexta e sábado, 20h; domingo, 19h. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes. Para o acesso, é necessário portar documento de identidade com foto. Até domingo (30).

SUSUNÉ, de Emanuel Aragão, a partir de contos de Amalia Lú Posso Figueroa. Monólogo dramático apresentado por Carolina Virguez, atriz colombiana radicada no Rio há três décadas. O livro de sua conterrânea, Vean Vé, Mis Nanas Negras, com histórias de babás negras, serve de base para o espetáculo. Direção de Antônio Karnewale (60min). 12 anos. Reestreou em 21/9/2012. Teatro Ziembinski (132 lugares). Rua Heitor Beltrão, s/nº, Tijuca, ☎ 2254-5399, ? São Francisco Xavier. → Sexta e sábado, 20h; domingo, 19h. R$ 8,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Até domingo (30).

EXPOSIÇÕES

ESTREIA

PATRIZIA D?ANGELLO. Em No Embalo das Minhas Paixões, a artista exibe oito pinturas de óleo e aquarela, três desenhos de pastel seco e caneta hidrocor, sete fotografias e quatro projeções. Curadoria de Ivair Reinaldim. Galeria de Arte Ibeu. Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 690, 2º andar, Copacabana, ☎ 3816-9400, ? Siqueira Campos. → Segunda a sexta, 13h às 19h. Grátis. Até 19 de outubro. A partir de quarta (26). https://www.ibeu.org.br.

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪ ANNA LETYCIA. Discípula de Iberê Camargo (1914-1994), com quem iniciou seu aprendizado de gravura em metal na década de 50, a artista, nascida em Teresópolis, é considerada hoje uma das mais importantes gravadoras brasileiras. Aos 82 anos, ela tem sua premiada trajetória celebrada nesta retrospectiva. Os 77 trabalhos reunidos perpassam toda a carreira de Anna — o que dá ao visitante a oportunidade de acompanhar diferentes rumos tomados ao longo do tempo. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474, ? Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Grátis. Até sexta (28). https://www.mnba.gov.br.

✪✪✪ BEATRIZ MILHAZES. Dez anos depois da última individual no Rio, a carioca volta a expor na cidade. Desta vez, suas célebres pinturas dão lugar a dezessete serigrafias em grandes dimensões, doadas pela autora à Pinacoteca do Estado de São Paulo há quatro anos. O conjunto completo é exibido pela primeira vez. Nele, Beatriz apresenta aquela que já virou uma marca de seu trabalho: a superposição de cores marcantes e de formas circulares, arabescos e flores, como se vê em Uva Selvagem (1996). Caixa Cultural Galeria 1. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 2544-4080, ? Carioca. → Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até domingo (30). https://www.caixacultural.com.br.

✪✪✪ DANIEL LANNES. Ao longo da vida, Leonardo da Vinci dedicou-se a escrever sobre os fundamentos da pintura, para ele a mais nobre das artes. Vários desses textos seriam compilados postumamente no famoso Tratado de Pintura. Um capítulo do livro, no qual o gênio renascentista explica com riqueza de detalhes como retratar um dilúvio, inspira a mostra do niteroiense de 31 anos. Nome em ascensão na cena artística brasileira, já com uma individual no MAM no currículo, Lannes exibe, em Dilúvio, sete telas que, de algum modo, evocam a ideia de temporal. Por vezes, ela se manifesta mais literalmente, na forma de enchentes. Ainda mais impactantes, no entanto, são aquelas obras em que o conceito se reflete na forma de pintar, transmitindo uma sensação de caos, com água transbordando da imagem, como em Water Planet (2012). R$ 15000,00. Luciana Caravello Arte Contemporânea. Rua Barão de Jaguaribe, 387, Ipanema, ☎ 2523-4696. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até sábado (29). https://www.lucianacaravello.com.br.

DENISE ARARIPE. Em Ele Não Está Aqui, a artista exibe dez telas nas quais subverte obras clássicas, por vezes incorporando a elas figuras pop — caso de uma releitura de Olympia, de Manet, em que uma das mulheres é substituída por Rosie, a empregada-robô do desenho Os Jetsons. R$ 4900,00 a R$ 32400,00. Galeria Coleção de Arte. Praia do Flamengo, 278, térreo, Flamengo, ☎ 2551-0641. → Segunda a sábado, 10h às 18h. Grátis. Até quinta (27). https://www.colecaodearte.com.br.

✪✪✪ GAIS. Carioca egresso da arte de rua, o artista apresenta a mostra As Poucas Modificações Feitas Não Desfiguraram o Diretório: Fotomontagem Originalcopia. São dez fotomontagens nas quais ele se vale de colagens e intervenções variadas. Na maioria dos trabalhos, pessoas aparecem parcialmente escondidas, como em Cabeça na Lua (2012), em que a frente de um carro faz as vezes de um par de óculos no rosto de um homem. Além dos trabalhos originais, Gais exibe uma cópia de cada um. Curadoria de Vanda Klabin. Huma Art Projects. Rua Alfredo Chaves, 56, Humaitá, ☎ 2535-3395. Terça a sábado, 11h às 18h. Grátis. Até sábado (29). https://www.huma.art.br.

MAURÍCIO DIAS E WALTER RIEDWEG. Juntos desde 1993, o carioca Dias e o suíço Riedweg propõem aqui uma homenagem à obra de João do Rio (1881-1921), autor de A Alma Encantadora das Ruas, jornalista e um dos maiores cronistas dos personagens e paisagens cariocas. Em Até que a Rua Nos Separe, a dupla exibe obras em suportes variados, de videoinstalações a trabalhos que misturam vídeo, fotografias, desenho e música. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Centro, ☎ 2232-4213 e 2242-1012. Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até domingo (30).

✪✪✪ VIVA ELIS. Idealizada por João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina (1945-1982), a exposição presta homenagem à cantora. Cerca de 200 fotos pessoais e profissionais compõem o acervo, além de vídeos de apresentações, nos quais Elis entoa clássicos do porte de Águas de Março e O Bêbado e a Equilibrista. Há registros de sua participação em eventos como o I Festival de Música Popular Brasileira, em 1965, quando interpretou Arrastão. Alguns dos vídeos são dedicados a entrevistas em que a cantora expõe suas ideias e conta passagens de sua vida. Uma das salas tem cinco peças de figurinos usados por ela em shows. No último ambiente foram montadas mesas de áudio nas quais é possível ouvir qualquer uma das músicas de 29 discos de Elis. Curadoria de Allen Guimarães. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até sexta (28).

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.