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Treze espetáculos teatrais e dez exposições desembarcam no Rio neste fim de semana. Nos cinemas, uma pré-estreia e quatro estreias agitam as salas da cidade. Aproveite também para conferir outras duas peças e duas mostras que encerram suas temporadas. Programe-se!

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h23 - Publicado em 14 set 2012, 13h19

CINEMA

PRÉ-ESTREIA

✪ DE VOLTA PARA CASA, de Frédéric Vide au (À Moi Seule, França, 2012). Enquanto filmes como Intocáveis e Os Infiéis confirmam a versatilidade e a boa comunicação com o público do cinema francês, este drama rema contra a corrente. Em seu intimismo intelectualoide, a fita tenta explorar um tema interessante, mas não chega a lugar nenhum. Gaëlle (Agathe Bonitzer) foi raptada por Vicent (Reda Kateb) ainda menina e, mais de dez anos depois, continua presa na casa dele. Certo dia, ele a deixa ir embora. Gaëlle reencontra os pais, já separados, e passa por um tratamento psicológico com uma terapeuta. O roteiro, então, vai e volta no tempo para mostrar como era a relação da protagonista e seu algoz. Nada de muito original nem surpreendente desponta num enredo apenas curioso (91min). Estação Sesc Botafogo 3.

ESTREIAS

← E A VIDA CONTINUA…, de Paulo Figueiredo (Brasil, 2012). Para quem achava que o filão do drama espírita havia atingido o fundo poço em O Filme dos Espíritos, vale o alerta: o primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Paulo Figueiredo mostra-se ainda pior. Se a câmera tivesse sido dada a um estudante de cinema, provavelmente o resultado seria menos primário. Gravado em vídeo de alta definição, o filme tem o jeitão de uma telenovela de uma emissora bem pobre. Realização tosca à parte, a história possui um didatismo exagerado, como se quisesse doutrinar o espectador. Na trama, a jovem Evelina (Amanda Costa) conhece o gentil senhor Ernesto (Luiz Baccelli) num hotel-fazenda. Ambos estão lá para descansar e se preparar para uma delicada cirurgia. O convívio diário os aproxima. Depois da operação, Evelina acorda numa clínica no campo, onde reencontra Ernesto. Ambos ficam sabendo que morreram e estão no plano espiritual. Baseado no livro homônimo, escrito em 1968 pelo espírito André Luiz e psicografado por Chico Xavier, o roteiro insiste em coincidências forçadas que tendem a ser risíveis. Nada contra o tema, mas o espiritismo merece uma fita à altura de seus

seguidores. Com Lima Duarte, Ana Lúcia Torre e Ana Rosa (98min). 10 anos. Estreou em 14/9/2012. Bay Market 4, Cinemark Carioca 6, Cinemark Downtown 11, Cinemark Plaza Shopping 5, Cinesystem Bangu 4, Cine 10 Sulacap 2, Espaço Itaú de Cinema 5, Iguatemi 6, Kinoplex Grande Rio 3, Kinoplex Nova América 2, Kinoplex Tijuca 3, Kinoplex West Shopping 4, São Luiz 4, UCI New York City Center 7.

✪✪✪ MY WAY O MITO ALÉM DA MÚSICA, de Florent-Emilio Siri (Cloclo, França/Bélgica, 2012). Claude François, interpretado com garra por Jérémie Renier (A Criança), nasceu no Egito em 1939, mas nos anos 50 precisou sair do país com a família. Jovem e em busca de sucesso, François se interessou por música, para desgosto de seu pai. Embora tenha demorado um pouco até emplacar um sucesso, tornou-se um ídolo pop francês entre as décadas de 60 e 70. Fora da França, ficou conhecido por Comme d?Habitude (1967), que, posteriormente, foi gravada com estrondosa repercussão por Frank Sinatra com o título My Way — há inclusive uma cena em que François vê Sinatra num hotel mas, tímido, não se apresenta como o autor da canção. O drama biográfico segue uma cartilha didática e, em esmerada produção de época, mostra-se correto e convencional. O roteiro incide nos momentos de altos e baixos, enfoca seus diversos relacionamentos amorosos (e as traições), o gênio destemperado, o flerte com gêneros musicais distintos (do soul à disco music) até a dramática morte, aos 39 anos (148min). 12 anos. Estreou em 14/9/2012. Cine Joia, Estação Sesc Rio 1, Kinoplex Fashion Mall 4.

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✪✪✪ TROPICÁLIA, de Marcelo Machado (Brasil, 2011). Riqueza de material de arquivo inédito, pesquisa apurada e depoimentos esclarecedores fazem a diferença neste documentário. Um dos movimentos culturais mais festejados da história brasileira, o tropicalismo durou pouco. Entre 1967 e 1968, Caetano Veloso e Gilberto Gil, dois dos maiores expoentes, lançaram canções de vanguarda que, diferentemente de outras músicas da época, criticavam o período militar de uma forma mais anárquica e pop. O auge se deu no disco Tropicália ou Panis et Circensis. Além de Gil e Caetano, a obra reuniu Gal Costa, Tom Zé, Os Mutantes, Nara Leão, a poesia de Torquato Neto e Capinam e os arranjos de Rogério Duprat. O movimento se estendeu ao cinema novo de Glauber Rocha e ao teatro de José Celso Martinez Corrêa. De uma forma envolvente e criativa, o documentarista Marcelo Machado (sócio nos anos 80 de Fernando Meirelles na produtora Olhar Eletrônico) relembra passo a passo o surgimento do tropicalismo: dos festivais da Record ao exílio de Caetano e Gil, em Londres, por meio de imagens tiradas do baú. Trata-se, portanto, de um amplo e rico painel musical e visual, tratado sem preguiça nem presunção (82min). 12 anos. Estreou em 14/9/2012. Cinemark Downtown 1, Cinépolis Lagoon 3, Cine Santa Teresa, Espaço Itaú de Cinema 1, Estação Vivo Gávea 2, Iguatemi 2, Kinoplex Fashion Mall 1, Odeon Petrobras, Roxy 1, São Luiz 2, UCI New York City Center 1.

✪ VIZINHOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU, de Akiva Schaffer (The Watch, EUA, 2012). Para quem foi considerado uma das promessas do novo humor americano, Seth Rogen (Superbad) anda pisando na bola. Depois de estrelar o desastroso O Besouro Verde, é um dos roteiristas desta comédia de início original, mas comprometida por um desenrolar chocho e sem muita graça. Visto quase sempre no mesmo papel, Ben Stiller (Uma Noite no Museu) interpreta Evan Troutwig, um gerente de hipermercado certinho e careta. Após a horripilante morte de um segurança da loja, Evan decide montar por conta própria uma equipe de vigilantes comunitários. O grupo, porém, consiste só de mais três vizinhos, o cervejeiro Bob (Vince Vaughn), o destemido Franklin (Jonah Hill) e o esquisito Jamarcus (Richard Ayoade). Em uma das rondas noturnas, o quarteto depara com algo estarrecedor: o inimigo, forte e violento, é um extraterrestre. Não há química entre os protagonistas, o roteiro força a barra na porção emocional e o que era humor vira uma ficção científica abilolada (102min). 12 anos. Estreou em 14/9/2012. Cinemark Botafogo 3, Rio Sul 1, Kinoplex Leblon.

TEATRO

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ESTREIAS

AUSÊNCIA, de André Curti e Artur Ribeiro. Radicados na França desde os anos 90, os autores e criadores da companhia de teatro gestual Dos à Deux voltaram ao Brasil no ano passado, instalando sua nova sede no bairro da Glória. Lá foi concebido este solo dramático, o primeiro espetáculo do grupo a estrear no Rio. Em sua primeira incursão pela técnica da trupe, Luís Melo estrela a montagem, passada em 2036, ano em que existe uma remota possibilidade de um asteroide se chocar com a Terra. Morando no topo de um arranha-céu em uma Nova York caótica, ele tem por companhia apenas um peixe vermelho. Direção dos autores (60min). 14 anos. Teatro Sesc Ginástico (513 lugares). Avenida Graça Aranha, 187, Centro, ☎ 2279-4027. → Quarta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 13h (qua. a dom.). Até 7 de outubro. Estreia prometida para sábado (15).

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BARCO DE PAPEL, de Maria Mariana. A autora, que nos anos 90 assinou o sucesso Confissões de Adolescente, atua e responde também por direção, cenário e figurino do monólogo confessional que marca a sua volta aos palcos depois de dez anos. Como ela mesma, a protagonista em cena é uma mulher prestes a completar 40 anos. No decorrer do espetáculo, ela se desdobra em quatro personagens, em um processo de busca do seu “eu” verdadeiro (50min). 12 anos. Casa de Cultura Laura Alvim — Espaço Rogério Cardoso (70 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2016. Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 16h (sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 28 de outubro. Estreia prometida para sexta (14).

EU ERA TUDO PRA ELA… E ELA ME DEIXOU, de Emilio Boechat. Comédia com Marcelo Médici. Ele vive nove personagens que passam pela vida de Samuel (Ricardo Rathsam), sujeito que é abandonado pela mulher. Expulso de casa e rechaçado até por sua mãe e por aquele que julgava seu melhor amigo, ele esbarra com várias figuras insólitas ao longo de uma noite, como um bêbado e uma prostituta com tendências suicidas. Direção de Mira Haar (75min). 14 anos. Teatro das Artes (457 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2540-6004. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h30. R$ 70,00 (sex. e dom.) e R$ 80,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 16 de dezembro. Estreia prometida para sexta (14).

FELICIDADE, de Cristina Fagundes. Comédia dramática sobre quatro pessoas um cantor de churrascaria, uma dona de casa, uma pequena órfã e um oportunista — que deveriam falecer no mesmo instante, mas recebem uma nova chance da Morte. Em troca, é dado a elas o desafio de descobrir a felicidade em 24 horas. No elenco estão Anna Paula Novellino, Bruno Bacelar, Jorge Neves, Luis Lobianco e José Auro Travassos. Direção da autora (60min). 12 anos. Sesc Casa da Gávea (80 lugares). Praça Santos Dumont, 116, Gávea, ☎ 2239-3511. Sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 17h30 (sáb. e dom.). Até dia 30. Estreia prometida para sábado (15).

O FUTURO POR METADE: VARIAÇÕES CÊNICAS SOBRE UMA MESMA CONFERÊNCIA, de Alexandre Mello, André Paes Leme, Oscar Saraiva e Vítor Lemos, a partir de texto de Mia Couto. O Futuro por Metade foi o nome dado à conferência proferida em 2007 pelo escritor moçambicano Mia Couto, cujo tema era a tolerância. A partir desse encontro, cada autor criou um segmento independente do espetáculo, definido por eles próprios como uma sucessão de variações cênicas. Helena Varvaki e Julia Morales estrelam as quatro partes, dirigidas, cada uma, por seu autor (75min). 14 anos. Espaço Sesc — Sala Multiuso (80 lugares). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. → Sexta e sábado, 20h; domingo, 18h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Até 5 de outubro. Estreia prometida para sexta (14).

O HOMEM TRAVESSEIRO, de Martin Mc Donagh. Bruce Gomlevsky faz os papéis de produtor, diretor e ator da premiada comédia de humor negro, escrita pelo autor inglês e encenada em, entre outros países, Inglaterra, Portugal, Argentina, China e Estados Unidos. A trama apresenta os últimos momentos de vida de Katurian, um escritor que vive em um país fictício da Europa central onde vigora um regime totalitário. Certo dia, ele é detido para interrogatório devido à semelhança de seus contos com uma série de bizarros assassinatos na cidade. Completam o elenco Tonico Pereira, Ricardo Blat, Miguel Thiré, Ricardo Ventura e Glauce Guima (180min). 16 anos. Casa de Cultura Laura Alvim — Teatro (245 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2016. Quinta a domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 16h (qui. e sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 28 de outubro. Estreia prometida para sábado (15).

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JANTANDO COM ISABEL, de Furio Lonza. Na comédia do autor ítalo-brasileiro, um ex-pugilista e um ex-arquiteto moram há vinte anos juntos em um conjugado. No passado, cada um deles amou uma mulher chamada Isabel, mas agora paira a suspeita de que se trate de uma só pessoa. Mesmo assim, eles decidem publicar um anúncio no jornal chamando a amada para um jantar. Isaac Bernat e Xando Graça integram o elenco. Direção de Henrique Tavares (60min). 14 anos. Teatro Poeirinha (60 lugares). Rua São João Batista, 104, Botafogo, ☎ 2537-8053. Quinta a sábado, 21h30; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). IC. Até 4 de novembro. Estreia prometida para quinta (13).

MINHA NOSSA, de Carlos Alberto Soffredini. O texto do drama parte de uma pesquisa histórica sobre o episódio real de um atentado ocorrido contra a imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1978. A partir desse acontecimento, a montagem propõe uma narrativa fragmentada, sob diversos pontos de vista. Com Ana Beatriz Macedo, Anita Mafra, Carol Costa, Iuri Kruschewski, Luiz Paulo Barreto e Manoel Madeira. Direção de Laura Nielsen (60min). 12 anos. Teatro Maria Clara Machado — Planetário da Gávea (128 lugares). Rua Padre Leonel Franca, 240, Gávea, ☎ 2274-7722. Terça e quarta, 21h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (ter. e qua.). Até dia 19. Estreia prometida para terça (11).

NOVELA BRASIL, de José Alessandro e Wendell Bendelack. O título pega carona no sucesso de Avenida Brasil. Quatro atores do bem-sucedido espetáculo O Surto — Wendell Bendelack, Rodrigo Fagundes, Flávia Guedes e Renato Bavier e os convidados José Alessandro e Bia Guedes integram o elenco da comédia que brinca com o universo das telenovelas brasileiras. Além de personagens da história de João Emanuel Carneiro, a exemplo de Nina e Carminha, entram em cena figuras como a vilã Nazaré Tedesco (interpretada por Renata Sorrah em Senhora do Destino) e o vampiro Vlad (encarnado por Ney Latorraca em Vamp). Direção de Alina Lyra e Wendell Bendelack (90min). 14 anos. Theatro Net Rio — Sala Paulo Pontes (100 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2147-8060, ? Siqueira Campos. → Terça e quarta, 21h. R$ 50,00. Bilheteria: 10h/22h. Cc: D, M e V. Cd: todos. IR. Estac. (no shopping, Rua Figueiredo Magalhães, 598, R$ 10,00 a primeira hora, mais R$ 5,00 a fração). Até 31 de outubro. Estreia prometida para terça (11).

VALSA Nº 6, de Nelson Rodrigues (1912-1980). Pelas mãos da Companhia Teatro Portátil, o monólogo dramático ganha uma inusitada montagem com bonecos. Flávia Reis, Julia Schaeffer e Guilherme Miranda, que também assina a direção musical, manipulam a protagonista Sônia, uma menina assassinada aos 15 anos que luta para reconstituir suas memórias. Direção de Alexandre Boccanera (50min). 14 anos. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro I (175 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Quarta a domingo, 19h30. R$ 6,00. Bilheteria: a partir das 10h (qua. a dom.). Até 21 de outubro. Estreia prometida para quinta (13).

REESTREIAS

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✪✪ O BELO INDIFERENTE, de Jean Cocteau. Originalmente, a cantora Edith Piaf (1915-1963) havia pedido a Cocteau (1889-1963) que lhe escrevesse uma música. Recebeu uma peça baseada na relação dela com o ator Paul Meurisse (1912-1979). No drama, uma mulher (Djin Sganzerla) sofre com a indiferença do seu amante silencioso (Dirceu de Carvalho) durante uma madrugada em um quarto. Apesar da presença de dois atores, trata-se quase de um monólogo, já que o personagem masculino não diz uma palavra. A encenação tem qualidades, mas arrasta o peso do texto um tanto monocórdio. A parte inicial, quando o homem ainda não está em cena, é promissora, mas o que se segue é uma verborragia repetitiva, com a mulher reclamando sem parar da ausência do companheiro, sem grandes reflexões. O desenlace tem um quê de surpreendente, mas não resiste ao miolo da peça. Djin se mostra uma atriz de recursos, porém o grande destaque é a ambientação. Sobre as paredes do quarto, muito bem iluminado por Marcelo Lazzaratto, incidem projeções criadas pelo diretor André Guerreiro Lopes. O desenho de som concebido por Gregory Slivar se espalha em efeito surround, incluindo a plateia na cena. Direção de André Guerreiro Lopes e Helena Ignez (55min). 12 anos. Teatro Dulcina (350 lugares). Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, ☎ 2240-4879, ? Cinelândia. → Sexta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (sex. a dom.). Até dia 30. Reestreia prometida para sexta (14).

A PEÇA DO CASAMENTO, de Edward Albee, com tradução de Marcos Ribas de Faria. Primeira montagem brasileira do texto do célebre autor americano, a comédia dramática retrata um casamento como um campo de guerra, em que não há vencedores, mas combatentes mutuamente esgotados. Guida Vianna e Dudu Sandroni representam Gillian e Jack. Após trinta anos de casados, o marido comunica à mulher que vai deixá-la. Como a reação dela não é a esperada — a esposa finge não ouvir, enquanto lê seu diário contendo as peripécias sexuais do casal –, começa um embate recheado de ironias. Direção de Pedro Bricio (70min). 12 anos. Espaço Cultural Eletrobras Furnas — Auditório (192 lugares). Rua Real Grandeza, 219, Botafogo, ☎ 2528-5166. Sábado, 20h; domingo, 19h. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes. Para o acesso, é necessário portar documento de identidade com foto. Até 7 de outubro. Reestreia prometida para sábado (15).

VALSA Nº 6, de Nelson Rodrigues (1912-1980). Monólogo dramático encenado originalmente em 1951, criado pelo autor para a estreia de sua irmã, Dulce, como atriz. Na remontagem, Beatrice Sayd vive Sônia, menina assassinada aos 15 anos que luta para reconstituir suas memórias. As apresentações, diárias, terminam no dia 17. Direção de Marcus Alvisi (50min). 14 anos. Teatro Serrador (350 lugares). Rua Senador Dantas, 13, Cinelândia, ☎ 2220-5033, ? Cinelândia. De terça (11) ao dia 17, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: 11h/19h. Reestreia prometida para terça (11).

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪✪ A ALMA IMORAL, adaptação do livro homônimo do rabino Nilton Bonder, por Clarice Niskier. já foi encenado em 23 cidades brasileiras. Clarice, vencedora do Prêmio Shell de 2007, faz o papel de si mesma enquanto conversa com o público citando parábolas judaicas e passagens da Bíblia. Nua a maior parte do tempo, ela manipula apenas um lençol preto, que pode se transformar ora em uma saia, ora em um vestido, entre outras peças de vestuário. Direção de Amir Haddad (80min). 18 anos. Reestreou em 10/8/2012. Centro Cultural Parque das Ruínas (75 lugares). Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, ☎ 2224-3922. Sexta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 18h (sex. a dom.). Até domingo (16).

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BILLDOG, de Joe Bone. A peça do autor inglês tornou-se cult em Londres, onde estreou em 2009 — com o próprio Bone como ator e diretor. Escoltado apenas pelo músico Márcio Tinoco, Gustavo Rodrigues interpreta os 38 personagens da comédia com atmosfera de filme noir. Na história, um mercenário ganha a vida cometendo crimes pelas ruas londrinas, enquanto tenta se livrar de um bandido misterioso. Direção de Joe Bone e Guilherme Leme (65min). 18 anos. Estreou em 1º/9/2012. Teatro Café Pequeno (100 lugares). Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon, ☎ 2294-4480. Sexta a domingo, 20h30. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 16h (sex. a dom.). TT. Até domingo (16).

EXPOSIÇÃO

ESTREIAS

BERNARD PRAS. O artista francês trabalha de maneira curiosa: usando todo tipo de cacarecos, ele faz uma grande instalação, construindo nela uma imagem que só pode ser compreendida quando observada de um ponto de vista específico. Em geral suas mostras apresentam apenas fotografias dessas instalações. Aqui, porém, ele ocupa o 1º andar da galeria com uma instalação que reproduz a tela Samba, de Di Cavalcanti, perdida no recente incêndio do apartamento do colecionador Jean Boghici. No 2º piso estão seis fotos. R$ 42 000,00. Sérgio Gonçalves Galeria. Rua do Rosário, 38, Centro, ☎ 2263-7353 e 2253-0923. Terça a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até 30 de novembro. A partir de sábado (15).

150 ANOS DO GÊNIO ITALIANO — INVENÇÕES QUE MUDARAM O MUNDO. Organizada pelo Consulado da Itália, a mostra exalta a inventividade do povo daquele país, apresentando objetos que impactaram a vida do homem no trabalho, no lazer e no cotidiano. O motor a combustão e o sinal telegráfico sem fio são algumas das invenções mostradas. Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 8,00. Grátis para menores de 5 anos, maiores de 65 e aos domingos. A bilheteria fecha meia hora antes. Até 14 de outubro. A partir de terça (11). https://www.museuhistoriconacional.com.br.

CRISTINA SALGADO. Ver para Olhar é o nome da mostra e também da única obra presente: uma instalação composta de 28 cadeiras, poltronas e bancos. Sobre cada uma delas repousam caixas com orifícios através dos quais passa uma imagem emitida por um projetor. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 25 de dezembro. A partir de sexta (14). https://www.pacoimperial.com.br.

ELIFAS ANDREATO. Criador da arte do álbum Vinicius e Toquinho, de 1975, o artista homenageia uma das estrelas daquele disco: o poeta Vinicius de Moraes (1913-1980). Toquinho, além de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Dominguinhos, Zeca Baleiro, Carlinhos Vergueiro, Renato Teixeira e Chico César, são alguns dos quinze músicos convidados por ele para O Haver — Pinturas e Músicas para Vinicius de Moraes. Eles criaram composições inéditas inspiradas no poema O Haver, de autoria do homenageado, e fizeram, junto com Andreato, pinturas que são exibidas na mostra. Vídeos que exibem a interação dos convidados com o artista plástico também são mostrados. Galeria BNDES. Avenida República do Chile, 100, Centro, ☎ 2172-7119. Segunda a sexta, 10h às 20h. Grátis. Até 11 de outubro. A partir de quarta (12).

ELISA BRACHER. Quatro desenhos e seis gravuras de grandes dimensões, feitas sobre papel de arroz entre 2008 e 2010, e duas esculturas inéditas de madeira e chumbo integram o acervo exposto. A partir de R$ 12000,00. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rua João Borges, 86, Gávea, ☎ 2294-4305. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 20 de outubro. A partir de segunda (10). https://www.mercedesviegas.com.br.

FIO CONDUTOR. A coletiva reúne dezessete nomes, entre eles Anna Bella Geiger, Waltercio Caldas, Carlos Vergara, Gustavo Nóbrega, Walter Goldfarb, Vik Muniz e o franco-americano Mr. Brainwash. Produzidos em várias técnicas, os 25 trabalhos têm em comum a ideia de linha contínua — alguns, inclusive, foram feitos com fios de verdade. R$ 4000,00 a R$ 40000,00. Graphos: Brasil. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2256-3268, ? Siqueira Campos. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até 26 de outubro. A partir de quarta (12).

JORGE GUINLE. Cerca de cinquenta trabalhos em óleo sobre papel, feitos nos intervalos entre uma tela e outra, são exibidos na individual do artista. A produção apresentada é toda dos anos 80, período que engloba a parte mais significativa da obra de Guinle (1947-1987). R$ 4000,00 a R$ 60000,00. Gustavo Rebello Arte. Avenida Atlântica, 1702, loja 8, Copacabana, ☎ 2548-6163. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 14h às 18h. Grátis. Até 6 de outubro. A partir de quarta (12). https://www.gustavorebelloarte.com.br.

NELSON LEIRNER. Aos 80 anos, completados em janeiro, o artista apresenta uma única instalação em Quadro a Quatro: Cem Monas. São 100 imagens estilizadas da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, exibidas dentro de caixas de acrílico — há uma de brincos, outra de batom, outra com bigode, outra com uma máscara etc. R$ 25000,00 cada imagem. Galeria Silvia Cintra + Box 4. Rua das Acácias, 104, Gávea, ☎ 2521-0426. → Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 20 de outubro. A partir de terça (11). https://www.silviacintra.com.br.

RAUL MOURÃO. Para produzir as seis esculturas cinéticas da série Balanços, que vai exibir ao ar livre, na Praça Tiradentes, o artista recorreu a 7 toneladas de material. As peças são de grandes dimensões, algumas chegam a 9 metros de altura, e se movimentam quando tocadas pelo observador. Praça Tiradentes, Centro. Grátis. Até 7 de outubro. A partir de sábado (15).

SUZANA QUEIROGA. O inflável penetrável O Grande Azul é a única obra na exposição batizada com o mesmo nome. Com um volume de aproximadamente 68 metros cúbicos, que equivalem a uma área de 30 metros quadrados, o trabalho propõe uma relação da cidade do Rio com o mar. Curadoria de Fernando Cocchiarale. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 21 de outubro. A partir de domingo (16). https://www.fcfb.rj.gov.br.

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪✪✪ ALBERTO GIACOMETTI. A maior retrospectiva já dedicada ao artista suíço na América do Sul. Cerca de 280 obras ocupam mais de 2000 metros quadrados do MAM. O acervo selecionado pela curadora Véronique Wiesinger, diretora da Fundação Alberto e Annette Giacometti, compreende esculturas, pinturas e gravuras, além de fotografias e documentos cedidos pela instituição. As estrelas da coleção são esculturas de figuras humanas, uma obsessão na produção de Giacometti (1901-1966), a exemplo de Busto de Homem (Dito Nova York II), de 1965. Orgulho carioca, Quatro Mulheres sobre Base (1950) pertence ao MAM e é a única obra desse gênio da arte moderna guardada em um acervo público na América Latina. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 12,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e para todos na quarta, a partir das 15h. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 12,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até domingo (16). https://www.mamrio.com.br.

✪✪✪ DOCUMENTAL IMAGINÁRIO — FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA. O curador Eder Chiodetto apresenta uma seleção de 48 trabalhos de nove fotógrafos e um coletivo: João Castilho, Pedro Motta, Breno Rotatori, Guy Veloso, Gustavo Pellizzon, Fábio Messias, Pedro David, Pedro Motta, Fernanda Rappa e Cia de Foto (este comparece com um vídeo). Em todos, a pegada documental se mistura a uma proposta artística. Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ? Largo do Machado. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Até domingo (16). https://www.oifuturo.org.br.

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