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O clone se deu bem

O Colégio Santo Agostinho da Barra supera a matriz, do Leblon, no Enem

Por Felipe Carneiro
Atualizado em 5 jun 2017, 14h50 - Publicado em 16 set 2011, 16h52

Usado para aferir a qualidade da educação no país e a de cada colégio em particular, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sempre traz surpresas. No ranking divulgado na segunda passada, em meio a constatações já esperadas, como a decadência das instituições públicas e o excelente desempenho do São Bento, um dado saltou aos olhos. Pela primeira vez desde o início da avaliação, em 1998, o Colégio Santo Agostinho (CSA) da Barra superou a unidade do Leblon. Ele avançou três posições e ficou com a terceira colocação no Rio, duas à frente da matriz. Ou seja: o clone saiu-se melhor que o original.

Fundado em 1979, mas com turmas de ensino médio somente a partir de 1994, o CSA da Barra é 33 anos mais novo que a escola da Zona Sul, responsável pela fama que as instituições agostinianas ganharam no Rio e no Brasil. Ligadas à mesma ordem religiosa e com o mesmo método de ensino, as duas unidades, no entanto, têm diretores distintos. ?Cerca de 70% dos nossos professores dão aula também lá, e o planejamento pedagógico é igual?, compara Agostinho Dias Carmido, coordenador do colégio do Leblon. ?Desta vez, eles ficaram na frente.?

Embora não apresente tantas alterações no topo da tabela, o Enem deste ano trouxe outras novidades. Uma delas é a recuperação de colégios como o Andrews e o Franco-Brasileiro, que deram um salto significativo. Também chama atenção a presença da Escola Sesc de Ensino Médio entre as dez melhores. Gratuita e com apenas três anos de existência, ela obteve a décima colocação. ?Ninguém esperava um desempenho tão bom logo de cara?, reconhece a gerente pedagógica Inês Senra. Por estabelecer cotas na admissão, a Escola Sesc conta com alunos de 26 estados e todos moram na escola, que tem atividades entre 7h30 e 20h30.

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Devido à performance desses colégios, o Rio foi a cidade com mais representantes entre os vinte primeiros no ranking nacional: nada menos que oito escolas, contra quatro de Belo Horizonte, a segunda melhor. ?Graças ao fato de o Rio ter sido capital do Império, nasceu na cidade uma cultura de valorização do ensino que não se restringe aos estabelecimentos, mas se estende às famílias, que criam o clima propício ao desenvolvimento dos jovens?, afirma o economista Claudio de Moura Castro, especialista em educação e colunista de VEJA. Que essa mentalidade continue a trazer bons resultados e a formar cidadãos instruídos.

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