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Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h18 - Publicado em 13 nov 2012, 17h57

EXPOSIÇÕES

ROBERTO BURLE MARX . Apesar de ter se arriscado por diversas vezes nas artes plásticas, foi nos projetos paisagísticos que Roberto Burle Marx (1909-1994) fez de seu nome uma referência. Apelidado de Poeta dos Jardins pela pintora modernista Tarsila do Amaral, ele concebeu, por exemplo, as áreas verdes do Aterro do Flamengo e do Museu de Arte Moderna carioca, o Eixo Monumental, em Brasília, e o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Uma faceta menos conhecida de sua obra é apresentada em Roberto Burle Marx: a Figura Humana na Obra em Desenho, mostra com 138 trabalhos que tem início na quarta (14), no Centro Cultural Correios. O rico acervo de ilustrações, a maioria desconhecida do grande público, abrange a produção de Burle Marx desde 1919, quando ele tinha apenas 10 anos, até a década de 40. A ideia de reuni-las em uma exposição surgiu por acaso.

Há quatro anos, ao dar início a uma reforma no antigo ateliê do sítio do paisagista, em Barra de Guaratiba, a arquiteta do Iphan Yanara Costa Haas se surpreendeu ao ver em uma sala mais de 1 500 desenhos catalogados. Foi então que decidiu selecionar os que retratavam apenas pessoas para exibi-los em conjunto pela primeira vez. As obras, que perpassam diferentes fases do artista, estão divididas em dois grupos. O primeiro reúne retratos, algumas cenas familiares que evidenciam seus traços mais acadêmicos, desenhos em nanquim e pessoas nuas ? a exemplo das estilizadas que aparecem em Duas Figuras Humanas, feita com crayon. Já o segundo destaca exemplares

da série Cenas de Bar, em que Burle Marx descortina encontros boêmios em bairros como a Lapa.

Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎?2253-1580.

Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 6 de janeiro. A partir de quarta (14).

ALAN FONTES. Na individual Sweet Lands/La Foule, o mineiro de Ponte Nova apresenta sete óleos sobre tela da série A Cidade, que retrata o universo urbano. Ele também ocupa o anexo da galeria com a instalação La Foule, da série A Casa, que mistura pintura com móveis espalhados pelo ambiente e música. R$ 7 000,00 a R$ 30 000,00. Galeria Laura Marsiaj. Rua Teixeira de Melo, 31 C, Ipanema, ☎ 2513-2074. Terça a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até 22 de dezembro. A partir de quarta (14).

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AUGUSTO MALTA ? SUBVERSÕES POÉTICAS. Os fotógrafos Ana Dalloz, Camila Marchon, Guillermo Giansanti, Juliana Borzino, Leo Lima, Marcelo Carrera, Marrytsa Mello e Paula Monte foram convidados pelo curador Edu Monteiro a reinterpretar imagens de Copacabana clicadas por Augusto Malta (1864-1957) no início do século XX. São 35 obras expostas na galeria do Espaço Sesc. Paula Monte, por exemplo, exibe fotografias acompanhadas de um áudio com depoimentos de moradores do bairro e sons ouvidos nas ruas. Espaço Sesc ? Galeria. Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. Terça a domingo, 14h às 18h. Grátis. Até 3 de fevereiro. A partir de terça (13).

BRUNO PELLERIN. Fotógrafo de eventos importantes como o Festival de Cannes e queridinho de grifes como Yves Saint Laurent, Dior, Chanel e Paco Rabanne, Pellerin apresenta Os Bastidores da Moda, com 39 fotografias em preto e branco sobre o universo da alta-costura francesa. Curadoria de Bruno Stefani. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 6 de janeiro. A partir de terça (13).

CAPUT X KAPUT. Alexandre Aranha, Bernardo Varela, Pablo Ribeiro, Pedro Conforti e Sol Galvão, do coletivo Moleculagem, apresentam três estruturas em módulos ? com vídeos, projeções, luzes e som ? que, juntas, dão a impressão de uma única obra tecnológica. A ideia é evocar o antagonismo entre a construção e a destruição, expressos no nome da mostra: caput, do latim, cabeça; e kaput, gíria alemã que significa destruído. Os visitantes podem interagir com a instalação, fazendo suas próprias composições visuais com luzes e imagens, além de ser filmados, fotografados e projetados no próprio espaço. R$ 7 000,00 a R$ 21 000,00. Amarelonegro Arte Contemporânea. Rua Visconde de Pirajá, 111, lojas 1 e 2, Ipanema, ☎?2549-3950. Segunda a sexta, 14h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até 7 de dezembro. A partir de quarta (14).

JORGE MAYET. O artista cubano apresenta seis obras na individual Sobre Todas as Coisas. Trata-se de esculturas que retratam a natureza, com árvores e plantas feitas de tecido, fios de cobre, papel machê e linhas. R$ 43 000,00 a R$ 60 000,00. Galeria Inox. Avenida Atlântica, 4240 (Shopping Cassino Atlântico), subsolo, Copacabana, ☎ 2521-9940. Segunda a sexta, 10h às 20h; sábado, 11h às 19h. Grátis. Até 15 de dezembro. A partir de quarta (14).

LAURA LIMA. A mineira radicada no Rio repete na mostra Cinema Shadow/Segundo, na Fundação Eva Klabin, a ideia do trabalho apresentado no evento Rio Occupation London, na capital inglesa. A partir de um roteiro maleável, sujeito a mudanças repentinas, ela filma, durante três horas diárias, cenas em diferentes cômodos da casa. Tais imagens são transmitidas diretamente para o auditório, podendo ser assistidas por oitenta espectadores ao vivo. A intenção da artista é justamente brincar com os limites entre cinema e artes plásticas. A mostra faz parte da 16ª edição do projeto Respiração, que tem curadoria de Marcio Doctors. Fundação Eva Klabin. Avenida Epitácio Pessoa, 2480, Lagoa, ☎?3202-8550. Terça a domingo, 14h às 17h. Grátis. Até 20 de dezembro. A partir de quarta (14).

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MÁRIO DE ANDRADE ? CARTAS DO MODERNISMO. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reúne um acervo bem variado sobre um dos símbolos do movimento modernista, o escritor Mário de Andrade (1893-1945). São exibidas 22 cartas originais do artista para Portinari e quinze de nomes como Tarsila do Amaral e Brecheret para Mário, além de cerca de trinta obras de expoentes do modernismo brasileiro, como Di Cavalcanti, Cícero Dias, Ismael Nery, Lasar Segall e o próprio Portinari. Completa a exposição uma instalação interativa que permite ao visitante recompor as correspondências. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí , 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 6 de janeiro. A partir de quarta (14).

MARTA JOURDAN. Com uma câmera fotográfica de alta velocidade, que registra até 1 000 quadros por segundo, a artista desenvolveu as obras apresentadas em Súbita Matéria. Uma delas é uma enorme projeção de uma cena protagonizada pela performer Carol Cony. Para compor o filme, Marta usou mais de 20 000 litros de água que batem contra o corpo da atriz e provocou várias explosões ? imagens velozes, mas aqui captadas em detalhes que o olho humano não é capaz de perceber normalmente. Também serão apresentadas 21 fotografias, sendo duas sequências pinçadas de cenas do filme, três esculturas e seus cadernos de estudo, nos quais ela revela um pouco de seu processo criativo, com desenhos, storyboards e projetos. R$ 1 000,00 a R$ 15 000,00. Galeria Artur Fidalgo. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), lojas 147/150, Copacabana, ☎ 2549-6278. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 13h. Grátis. Até 5 de janeiro. A partir de quarta (14).

NUNO RAMOS. O Globo da Morte de Tudo é o nome da mostra em que uma das obras foi desenvolvida por Ramos em parceria com o amigo Eduardo Climachauska. Trata-se de uma instalação de 200 metros quadrados que, como o próprio nome sugere, é composta de dois globos da morte, daqueles em que motoqueiros se apresentam em arriscadas manobras. As estruturas estão conectadas a quatro prateleiras com seis metros de altura, contendo mais de 1 500 objetos. A exposição terá dois momentos. Quem for logo no início vai ver as prateleiras e os globos arrumados no ambiente. Depois de algumas semanas, no entanto, dois profissionais de circo farão uma performance (não aberta ao público) e, com a trepidação das motos, os objetos vão se espatifar. De Ramos, está ainda exposta uma escultura inédita da série Lâmina, feita de vidro. No 3º andar da galeria, ele mostra também cinco desenhos inéditos da série Schreber, com traços geométricos, feitos com tinta a óleo, folhas de ouro e prata, carvão e tecido sobre papel. A partir de R$ 59 000,00. Anita Schwartz Galeria de Arte. Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, ☎ 2274-3873 e 2540-6446. Segunda a sexta, 10h às 20h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 17 de fevereiro. A partir de quarta (14).

PHOTO WEB 2011. Quarenta e sete registros dos três vencedores da segunda edição do prêmio Photo Web 2011, que teve como tema Viver na França, Viver no Brasil, estão na mostra. O mineiro Vinícius Leandro Terror apresenta Portão: uma Janela Resplandecente Aberta Sobre o Litoral do Nordeste, série clicada a partir do mesmo ângulo, ou seja, uma janela com um varal, na qual muda apenas a imagem ao fundo. Olivia Gay Larrayadieu, francesa, expõe O Corpo do Outro, no qual retrata o uso do véu por motivos religiosos ou culturais. Os Vaqueiros, de Luis Tadeu Vilani, reúne imagens em preto e branco sobre o universo dos criadores de gado do Rio Grande do Sul. Além deles, é exibido o trabalho coletivo dos fotógrafos do programa Imagens do Povo, ligado ao Observatório de Favelas, que clicaram o dia a dia nas favelas cariocas. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí , 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 6 de janeiro. A partir de terça (13).

VICTOR MATTINA. O carioca de 26 anos apresenta sua segunda individual, Delta, na qual exibe sete óleos. Um dos destaques é Ibn Al-Shaykh Al-Libi (2012), obra batizada com o nome do líbio cuja confissão levou à invasão de Bagdá pelos americanos em 2003. R$ 3 000,00 a R$ 6 000,00. Cosmocopa Arte Contemporânea. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), sobreloja 32, Copacabana, ☎ 2236-4670. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até 8 de dezembro. A partir de quarta (14).

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✪✪✪?FERNANDO LINDOTE. Na Sala A Contemporânea, dedicada à arte brasileira emergente, 1971 ? A Cisão da Superfície reúne dez pinturas, duas fotografias impressas em tela, dois desenhos e quatro esculturas ? uma destas, a que dá nome à exposição, é composta de 2 000 gibis que o visitante pode pegar e levar para casa. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. →?Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até domingo (18).

✪✪✪?OSWALDO GOELDI. Entre 1944 e 1953, Goeldi (1895-1961) dedicou-se a ilustrar quatro livros do russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881): Humilhados e Ofendidos, Memórias do Subsolo, O Idiota e Recordações da Casa dos Mortos. Um conjunto de 94 desses trabalhos integra a exposição. De tão expressivas, as peças foram incorporadas à iconografia do escritor, tendo aparecido, inclusive, em livros publicados na Rússia. A maioria das obras é de xilogravuras, predominantemente escuras, com finos traços brancos compondo desenhos econômicos, mas carregados de melancolia. As ilustrações feitas para O Idiota, por outro lado, foram produzidas com bico de pena. Curadoria de Lani Goeldi. Caixa Cultural ? Galeria 2. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. → Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até domingo (18). https://www.caixacultural.com.br.

✪✪✪?ALICE SHINTANI. Proibidos durante séculos no Japão por ser considerados jogos de azar, os baralhos inspiram Hanafuda, individual da paulista que é neta de japoneses. O acervo reúne 32 pinturas inéditas, em tons pastel e formato de 50 x 30 centímetros, feitas com resina acrílica sobre linho. R$ 3 500,00. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rua João Borges, 86, Gávea, ☎ 2294-4305. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 1º de dezembro. https://www.mercedesviegas.com.br.

✪✪✪?ARTISTAS BRASILEIROS NA ITÁLIA. Fundada por dom João VI em 1826, a Academia Imperial de Belas Artes travou um proveitoso diálogo com a produção artística da Itália. Herdeiro do acervo da instituição, o Museu Nacional de Belas Artes joga luz sobre essa parceria abrigando a mostra com 95 pinturas, esculturas, desenhos e gravuras concebidos por 38 criadores. Sobressaem no acervo alguns dos artistas da Academia Imperial que estiveram naquele país durante a segunda metade do século XIX, como os irmãos Félix (1866-1905), Rodolfo (1852-1931) e Henrique Bernardelli (1857-1936) ? é deste o belo óleo Maternidade ?, além de Victor Meirelles (1832-1903). Entre as criações desse grupo, no entanto, a atração mais importante é o imponente óleo Turbínio, de Antônio Parreiras (1860-1937). Restaurada, a tela volta a ser exibida após mais de cinquenta anos. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎?2219-8474, ? Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Grátis. Até dia 25. https://www.mnba.gov.br.

✪✪✪?DIONÍSIO DEL SANTO. Capixaba que se radicou no Rio a partir da década de 40, ficou conhecido pelo temperamento introvertido, traço de sua personalidade que se refletia também no modo como conduzia sua carreira. Apelidado pelo crítico Mário Pedrosa de ?o solitário engajado?, ele flertou abertamente com os princípios do neoconcretismo e com a geometria abstrata, mas nunca se filiou a nenhum movimento nem assinou manifestos. Cinquenta e quatro obras dessa trajetória singular são exibidas na mostra. Há trinta guaches (todos sem título) de 1987, nos quais combinações de formas geométricas ganham cores vivas, como laranja, verde, amarelo e vermelho. Uma parte do acervo é dedicada à especialidade que lhe deu fama, a serigrafia: são nove exemplares, também sem nome, em que as linhas paralelas têm lugar de destaque e a paleta cromática é mais fechada, transitando entre o cinza, o azul-escuro e o marrom. Por fim, são exibidas quinze obras de colecionadores particulares, que, portanto, não estão à venda, incluindo xilogravuras. R$ 2 000,00 a R$ 4 400,00. Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417, sala 206, Leblon, ☎?2259-1952. Segunda a sexta, 10h às 18h30; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até dia 24. https://www.multiploespacoarte.com.br.

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✪✪✪✪✪?IMPRESSIONISMO ? PARIS E A MODERNIDADE. Qualquer uma das 320 000 pessoas que visitaram a mostra em São Paulo, onde ela ficou entre julho e setembro, terá uma nova impressão no CCBB do Rio. Estão lá as mesmas 85 pinturas do acervo do Museu d?Orsay, incluindo obras-primas como O Lago das Ninfeias, Harmonia Verde (1899), de Claude Monet, além de outros expoentes do movimento, como Edouard Manet, Edgar Degas, Renoir, Vincent Van Gogh, Paul Gauguin e Paul Cézanne. Mas as dimensões do espaço expositivo, mais amplo que o da capital paulista, dão à coletiva um ar mais arejado. A disposição das telas em salas contíguas, em vez de separadas, também favorece o fluxo. Obrigatório. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. →?Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até 13 de janeiro.

ISABELA FRANCISCO. O corpo é a principal inspiração da individual da artista plástica, que ocupa o 2º andar do Centro Cultural Justiça Federal. Des&encontros reúne dezenove telas de tamanhos variados e 24 desenhos em caixas de acrílico. As obras dialogam com as de Jackson Pollock e incorporam propostas estéticas de artistas como Yves Klein e Ana Mendieta. Curadoria de Marcus Lontra. Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, Centro, ☎?3261-2550, ??Cinelândia. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 16 de dezembro.

JAILDO MARINHO. Apresentada no início de 2012 em Paris, cidade onde o artista pernambucano se radicou, a mostra Jaildo Marinho ? Le Vide Oblique traz 39 obras produzidas na última década. Há esculturas em mármore branco, que dialogam com o construtivismo, e pinturas em tinta acrílica. Pinakotheke Cultural. Rua São Clemente, 300, Botafogo, ☎ 2537-7566. Segunda a sexta, 10h às 18h; sábado, 10h às 16h. Grátis. Até 8 de dezembro.

✪✪✪?LUIZ AQUILA. Na mostra Quase Tudo, a Never Ending Tour, ele assina cerca de 200 criações produzidas nos últimos cinquenta anos. Coube ao curador Lauro Cavalcanti, diretor do Paço Imperial, apresentar o trabalho de um artista difícil de rotular. O material junta gravuras, desenhos, colagens e pinturas ? algumas abstratas e de colorido abundante, a exemplo da acrílica Pintura com Alguns Riscos (2009). A imponente Canteiro de Obras (2002), uma das muitas telas de grandes dimensões presentes, com 1,5 metro de altura por 36 metros de comprimento, assemelha-se a um gigantesco papiro desenrolado. Chama atenção a maneira como os trabalhos foram distribuídos: não agrupados por época, como seria de esperar em uma retrospectiva, mas por afinidade estética. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até dia 25. https://www.pacoimperial.com.br.

LUIZ ERNESTO. Após cinco anos sem uma mostra individual, período no qual participou da coletiva Europalia, em Bruxelas, o artista apresenta Pintura Muda. As dez obras nada convencionais do professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage são criadas a partir de fotografias de objetos do dia a dia, como botões e copos. As imagens são trabalhadas com resina e pigmentos sobre placas de fibra de vidro. R$ 17 000,00 a R$ 30 000,00. Galeria Silvia Cintra + Box 4. Rua das Acácias, 104, Gávea, ☎?2521-0426. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 8 de dezembro. https://www.silviacintra.com.br.

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✪✪✪ PARECE MAS NÃO É. Leia em Veja Rio Recomenda (pág. 8). Luciana Caravello Arte Contemporânea. Rua Barão de Jaguaripe, 387, Ipanema, ☎ 2523-4696. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até dia 22. https://www.lucianacaravello.com.br.

RAUL MOURÃO. O artista carioca anda com a agenda movimentada. Após encerrar a exposição Toque Devagar, com esculturas cinéticas na Praça Tiradentes, ele agora está no MAM com a individual ✪✪✪?Tração Animal, que tem curadoria de Luiz Camillo Osorio. Mais uma vez, as obras cinéticas têm destaque ? oito grandes peças em movimento aparentemente eterno são apresentadas em uma sala. Em outra, sob penumbra, há um conjunto de esculturas menores sobre as quais incide uma iluminação direta, provocando um belo efeito de sombras na parede. Um vídeo completa o acervo. Em paralelo, Mourão prossegue com a mostra ✪✪✪?Homenagem ao Cubo, na Lurixs, que, mais modesta, destaca outros sete objetos do gênero. Produzidas em 2012, as peças apresentam cubos que, ao serem levemente tocados, se movem por até 25 minutos. O título da exposição remete à célebre série do artista alemão Josef Albers, Homenagem ao Quadrado. R$ 25 000,00 a R$ 75 000,00. Lurixs: Arte Contemporânea. Rua Paulo Barreto, 77, Botafogo, ☎?2541-4935. Segunda a sexta, 14h às 19h; sábado, apenas agendando por telefone. Grátis. Até dia 23.

✪✪✪ REGINA DE PAULA. Em Tratado Elementar de Arquitetura, que tem curadoria de Marcelo Campos, a artista apresenta dezessete obras que evocam conexões com a arquitetura e a paisagem urbana. A seleção de trabalhos inclui vídeos, objetos e fotografias. Chama atenção uma instalação que sugere planta baixa, feita com areia. R$ 2 500,00 a R$ 15 000,00. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rua João Borges, 86, Gávea, ☎?2294-4305. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 1º de dezembro. https://www.mercedesviegas.com.br.

✪✪✪?ROBERTO MAGALHÃES. No último meio século, Magalhães construiu a carreira privilegiando o desenho. Essa trajetória consagrada é celebrada na retrospectiva Quem Sou, de Onde Vim, para Onde Vou, reunião de 168 trabalhos. O nome da mostra repete o de um quadro criado em 1992, que traz o retrato de um homem com duas cabeças. Um tom surrealista aparece nessa e na maioria das obras. O visitante é surpreendido a todo momento por pessoas fundidas a animais, rostos desconstruídos, torções corporais impossíveis e imagens abstratas com textos às vezes ininteligíveis, como em Mandala Enigmática (2012). Curadoria de Lauro Cavalcanti. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até dia 25. https://www.pacoimperial.com.br.

TIAGO RIVALDO. Na primeira individual do gaúcho no Rio, batizada como Eu e Outros Nós, ele exibe um conjunto de vídeos e fotografias de suas performances ao longo dos últimos dez anos. Galeria de Arte Ibeu. Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 690, 2º andar, Copacabana, ☎?3816-9473. Segunda a sexta, 13h às 19h. Grátis. Até dia 30.

✪✪✪✪?WILLIAM KENTRIDGE. Não se deixe enganar: apesar do nome pouco conhecido pelo grande público, o sul-africano é um dos mais consagrados artistas em atividade, com individuais em museus como o Louvre, em Paris, e o MoMA, em Nova York. Sua notoriedade se deve em grande parte a um conjunto de vídeos ? dez até o momento, produzidos desde 1989 ? batizado de Drawing for Projection, que é exibido pela primeira vez completo na alentada mostra William Kentridge: Fortuna. A técnica é meticulosa: quadro por quadro, ele vai filmando sutis alterações feitas em um desenho. Vinte e três deles estão no acervo, que inclui outros dezessete vídeos, além de esculturas e gravuras. Entre essas últimas, chamam atenção três da série Manual de Geometria, que o visitante pode observar por meio de um visor especial que empresta um efeito tridimensional às imagens. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 17 de fevereiro. https://www.ims.com.br.

CRIANÇAS

CCBB EDUCATIVO .Longas filas de espera têm sido recorrentes na porta do Centro Cultural Banco do Brasil, graças à mostra Impressionismo ? Paris e a Modernidade, com 85 obras-primas do Museu d?Orsay. Programa imperdível para todas as idades, a exposição também reserva uma bem-vinda opção recreativa para o público infantil. Elaborada pelo CCBB Educativo, uma série de atividades gratuitas acontece em paralelo à visitação.

O aprendizado lúdico se dá no Laboratório de Ações Criativas, um espaço de experimentação em que os pequenos contam com a orientação de monitores. Ali, o público mirim entra em contato com as diferentes manifestações e sutilezas do impressionismo a partir de trabalhos práticos e divertidos. Bom exemplo é uma oficina que aborda a vertente pontilhista do movimento ? aquela em que as pinceladas se resumem a pontos, que vão se acumulando na tela até formar uma imagem complexa, a exemplo de Casal na Rua (1887), de Charles Angrand, e Jovem Camponesa Fazendo Fogo (1888), de Camille Pissarro, duas das atrações presentes. As crianças se valem ainda de rolhas de cortiça recheadas de giz de cera colorido, que fazem as vezes de carimbo. Outra atividade explora a justaposição de camadas de tinta para a criação de textura e volume, na qual a garotada usa massa de modelar. Rec. a partir de 5 anos. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, 1º andar, Centro, ☎ 3808-2070. Terça a domingo, 14h, 16h e 18h. Grátis. Distribuição de senhas trinta minutos antes das atividades.

TEATRO

CAFÉ COM TORRADAS, de Gero Camilo. Apresentado inicialmente em 2006, em São Paulo, o monólogo cômico põe o ator Marcello Airoldi como um homem perdido em seu próprio individualismo. Enquanto espera a vez em uma fila, o personagem relata seu drama. Esta é uma das peças que o ator apresenta no mesmo palco ? a outra é Um Segundo e Meio. Direção do próprio Marcello Airoldi (45min). 14 anos. Estreou em 8/11/2012. Caixa Cultural ? Teatro de Arena (226 lugares). Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. → Quinta, 20h. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes do espetáculo. Até quinta (15).

UM SEGUNDO E MEIO, de Marcello Airoldi. O próprio autor estrela o monólogo dramático, que estreou em 2008. No enredo, um homem caminha 3 000 quilômetros para assassinar outro. Durante o trajeto, ele relembra acontecimentos importantes da sua vida e tenta entender a questão da morte. Trata-se de um dos espetáculos que o ator apresenta no mesmo teatro ? o outro é Café com Torradas. Direção de Antonio Januzelli (50min). 14 anos. Estreou em 9/11/2012. Caixa Cultural ? Teatro de Arena (226 lugares). Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. → Sexta e sábado, 20h; domingo, 19h. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes do espetáculo. Até domingo (18).

SHOWS

PAULINHO DA VIOLA ? 70 ANOS DE SAMBA. O cantor e compositor, que completou 70 anos no dia 12 de novembro, comemora seu aniversário com show gratuito no Parque Madureira, com participação da Velha Guarda da Portela. O cantor faz um passeio por sua obra, interpretando clássicos de sua autoria, como Sinal fechado, Argumento, Dança da solidão, Foi um rio que passou em minha vida – seu maior sucesso -, além de Timoneiro, composta com um de seus grandes parceiros, Hermínio Bello de Carvalho. Parque Madureira (10 000 lugares). Rua Soares Caldeira, 115, Madureira. → Sábado (17), 20h. Grátis.

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