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Rio ganha primeiro distrito ecologicamente correto do país

Inspirado em iniciativa inglesa, projeto vai transformar ilha vizinha à UFRJ em um distrito verde, com centros de pesquisa especializados no uso de alta tecnologia e energias renováveis

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 14h44 - Publicado em 1 dez 2011, 14h35

O Rio de Janeiro vai ganhar o primeiro bairro ecologicamente correto do país. Trata-se do Distrito Verde, área com 240 000 metros quadrados localizada na Ilha de Bom Jesus, ao lado do Fundão. Projetado para ficar pronto até 2014, o bairro vai abrigar empresas especializadas em tecnologias sustentáveis, como a produção de energia renovável. As diferenças começam logo na construção do Distrito. No chão, o asfalto será produzido com o reaproveitamento de borracha. As ruas serão iluminadas com lâmpadas econômicas de LED e os edifícios vão aproveitar a energia solar e o biogás, gerado através da decomposição do lixo. No entorno, extensas áreas verdes vão manter a temperatura agradável.

Próximo a linhas expressas e ao aeroporto internacional, a área tem localização privilegiada. Fica ao lado do Parque Tecnológico da UFRJ, que vai abrigar centros de pesquisa de alta tecnologia. Reconhecida pela formação de engenheiros, médicos e outros profissionais altamente qualificados, a universidade também fornecerá mão de obra para as empresas que ali se instalarem. Além disso, pesa a favor a boa vontade governamental, com o envolvimento de forças municipais e estaduais. À frente do projeto está a professora Suzana Kahn, do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da universidade, a COPPE. Suzana conta que a inspiração veio de Londres, onde uma área semelhante está em operação. “Em uma visita à capital inglesa, vi que lá existe uma estrutura parecida com a que temos na Ilha do Fundão”, explica. “Ou seja, a presença do Estado, universidades e empresas privadas”.

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O projeto está em fase de estudo e a universidade realiza um levantamento das necessidades de empresas que já estão instaladas no Parque Tecnológico. Haverá ainda critérios para que as corporações interessadas possam ingressar na área dedicada à economia verde. “A ideia é termos o projeto pronto para a Rio + 20”, conta Susana, em referência a conferência do meio ambiente a ser realizada na cidade em junho de 2012. Conduzida pela ONU, contará com a participação de 190 delegações do mundo inteiro e acontece duas décadas após a Eco-92, marco na discussão de governos e sociedade sobre desenvolvimento e meio ambiente.

A instalação de empresas vai seguir cronograma plenejado pela COPPE e duas multinacionais já estão confirmadas. A multinacional americana General Eletric deve investir cerca de 450 milhões de reais na região e a francesa L’Oreal mais 200 milhões. Gigante do setor petroquímico, a Braskem é outra que está em negociação avançada e poderá injetar 100 milhões de reais. Somente com essas empresas são esperados a geração de 1000 empregos altamente qualificados no Rio. Bem aplicadas, as cifras multimilionárias poderão transformar a cidade que sempre foi conhecida por suas belezas naturais em polo da economia verde – fundamental para o desenvolvimento no século XXI.

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