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…Diogo Nogueira

Por Rafael Sento Sé
Atualizado em 5 dez 2016, 15h56 - Publicado em 4 nov 2011, 18h29

1 – Somando CDs e DVDs, você é o carioca que mais vendeu em 2011, com 170?000 cópias de Sou Eu. O disco é de samba ou pagode?

Pra mim é tudo a mesma coisa, inclusive usamos os mesmos instrumentos. No final das contas, é sempre uma festa que você faz no fundo do quintal com os amigos. O importante é fazer música boa.

2 – E o que aconteceu neste ano com o samba que você fez para a Portela?

Desta vez não passou. Mas já tive o prazer de emplacar quatro músicas na escola. Na primeira vez, quando entrei na avenida, não sabia se chorava, sorria ou corria. É como ver um filho nascer. Ainda mais quando sua família tem uma ligação antiga com a agremiação.

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3 – Que tipo de cobrança você ouve pelo fato de ser filho do João Nogueir?

Posso morrer com 120 anos, que sempre vão fazer comparações. Querem que minha voz seja igual à dele, por exemplo. Mas tenho uma personalidade diferente, pensamentos distintos, afinal, vivo em outra época. De qualquer forma, sempre tento reverenciar o legado que meu pai deixou. Ser comparado ao João Nogueira não é pouca coisa, não.

4 – Você também compõe?

Sou quase baiano nesse aspecto. Escrevo algumas letras, mas não sou um compositor como o Arlindo Cruz, que faz vinte sambas por dia. Reconheço, sou mais devagar mesmo. Para mim, depende da situação, da com­panhia dos amigos.

5 – Em seu primeiro disco, você fez uma gravação ao vivo, em vez de trabalhar no estúdio, que é o mais comum. Como foi esse caminho?

Jogava futebol profissionalmente no Cruzeiro de Porto Alegre quando tive uma lesão séria que me obrigou a parar. Enquanto não sabia se conseguiria voltar, comecei a frequentar rodas de samba. Dava uma canja aqui, outra ali. Até que a Beth Carvalho me convidou para participar do DVD de seus quarenta anos de carreira, no Theatro Municipal. Era como se eu estivesse no meio de uma partida com o Maracanã lotado. Quis repetir a dose.

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6 – Então você trocou a carreira de atleta pela artística?

Não, na verdade, não tive escolha. Meu sonho era ser jogador de futebol. Treinei no Vasco, no Fluminense e aí fui para o Rio Grande do Sul. Numa trombada em campo, rompi os ligamentos do joelho. Daria para continuar se eu operasse, mas não tinha plano de saúde nem dinheiro para bancar a operação. Era muito cara, e o clube não quis pagar.

7 – Como foi sua evolução como cantor desde o início da carreira?

Faço muitos shows, trabalho muito e a estrada me ensina muito. É minha principal escola. Procuro sempre ouvir coisas novas e incorporar as ideias que acho válidas. Depois que eu passei a frequentar estúdios, também ajudou muito esse lance do canto a dosar e saber colocar mais a voz e as palavras.

8 – Como está sua carreira internacional?

Ainda estou plantando a semente. Neste ano o CD foi lançado em Portugal, fiz show no Lincoln Center, em Nova York, e no Millennium Park, em Chicago, para 10?000 pessoas. Também fui a Los Angeles, onde 70% do público era local. Estou fazendo lá fora o que fiz aqui no início.

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9 – Antes de ir à festa de entrega do Grammy Latino, em que você está concorrendo mais uma vez na categoria melhor disco de samba, você vai gravar um documentário em Cuba. Qual será o tema?

Vamos fazer um show com músicos cubanos que terá a participação do Los Van Van, um grupo tradicional de lá. Depois volto ao Brasil para me apresentar em Santos e Aracaju. Fico aqui só três dias e voo para Las Vegas. Não tenho parado em casa.

10 – Quando o Ronaldinho Gaúcho morava em Milão, ele frequentava seus shows. Vocês continuam se falando agora que ele mora aqui?

Os jogadores brasileiros que moram no exterior sempre aparecem. Na Itália, Robinho, Tiago Silva e Felipe Melo também foram. Em Londres, foi o Ramires; em Portugal, o Luizão. Desde que o Ronaldinho veio para o Flamengo, só encontrei com ele duas vezes. A gente se fala mais por mensagem de celular.

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