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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h04 - Publicado em 16 jul 2014, 13h53

Levada aos palcos em 1972, Nossa Vida em Família tornou-se um exemplar eloquente da dramaturgia de Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), marcada pela abordagem da realidade brasileira através da figura do homem simples. No título desta nova montagem, encenada e rebatizada pelo diretor Aderbal Freire-Filho, há uma referência a célebres peças do Teatro de Arena (a exemplo de Arena Conta Zumbi) e reforça-se o heroísmo do sujeito comum – no caso, o aposentado Souza (Cândido Damm). Marido de Lu (Vera Novello), ele convoca os filhos (Isio Ghelman, Paulo Giardini, Ana Velloso e Beth Lamas) para avisar que, por questões financeiras, o casal terá de deixar a casa onde vive há décadas, no interior do Rio. A solução (temporária, ao menos) é mandar a mãe morar com um filho na capital fluminense e o pai para a casa de uma filha em São Paulo, circunstâncias habilmente mostradas em paralelo no texto. A direção instigante investe aqui em mecanismos que evidenciam a teatralidade – na permanência dos atores no palco mesmo quando não estão em cena, na coreografia do elenco em torno da mesa do belo cenário de Fernando Mello da Costa e na presença de um palhaço (Kadu Garcia) como uma espécie de mestre de cerimônias. Afinado, o elenco engrandece o espetáculo (110min). 14 anos. Estreou em 20/6/2014.

Teatro Sesc Ginástico (513 lugares). Avenida Graça Aranha, 187, Centro, ☎ 2279-4027. Quarta a domingo, 19h. R$ 20,00 (qua. e qui.) e R$ 30,00 (sex. a dom.). Bilheteria: a partir das 13h (qua. a dom.). Até o dia 27.

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Em Américas, sua primeira individual no MAM, Argentino Mauro Martins Manoel – ou apenas Arjan Martins, como assina seus trabalhos – explora um universo imagético que alude, em última instância, à questão da identidade, especialmente étnica. Com curadoria de Paulo Sérgio Duarte, a mostra reúne 32 peças do artista carioca (dezesseis acrílicas sobre tela e duas em madeira, além de catorze obras em papel) produzidas nos últimos quatro anos. Parte das expressivas criações em grande formato remete à cartografia, com referências aos fluxos migratórios do período colonial, notadamente os do tráfico de escravos africanos, além da presença de caravelas e plantas de navios negreiros. Em outro conjunto de obras, carregadas de austeridade, sobressaem intrigantes mulheres negras com a face obscurecida.

Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 3883-5600. Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 18h. R$ 14,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e, na quarta, a partir das 15h, para todos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 14,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até 24 de agosto.

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Sucesso na temporada de 2011, a peça conquistou sete indicações no Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil e venceu em quatro categorias: ator (Paulo Mathias Jr.), texto, direção e espetáculo do ano. Chegou a vez daquela turminha que, há três anos, não tinha idade para assistir a Leonardo – O Pequeno Gênio da Vinci. De volta ao circuito, a montagem ganha quatro sessões gratuitas, com o mesmo premiado protagonista, no Espaço Cultural Eletrobras Furnas. Em cena, um inspirado Mathias Jr. interpreta Leonardo da Vinci (1452-1519) na infância. Na trama do autor e diretor Ivan Fernandes, o gênio renascentista era um garoto cheio de energia e inseguranças, como muitos outros, apaixonado por pássaros e sonhava em construir uma máquina de voar. Máscaras, bonecos, projeções de imagens e trilha sonora exclusiva valorizam o roteiro. Claudio Amado interpreta dom Pietro, o pai do pequeno gênio, e Lola Borges encarna Mona Lisa, modelo daquela que viria a se tornar sua obra-prima. Também estão no elenco Flávia Lopes, Marcelo Dias, Fábio Felix e Thiago Magalhães. Direção do autor (60min). Rec. a partir de 5 anos. Reestreia prevista para sábado (19).

Espaço Cultural Eletrobras Furnas – Auditório (170 lugares). Rua Real Grandeza, 219, Botafogo, ☎ 2528-5166. Sábado e domingo, 18h. Grátis. Distribuição de senhas a partir das 14h. Até dia 27.

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Ele gravou o primeiro disco em 1951, logo depois de estrear no circuito de programas de auditório e boates – e não parou mais. Hoje, aos 83 anos, Cauby Peixoto é uma instituição da MPB, intérprete de voz marcante com inconfundíveis cabelos cacheados, ternos chamativos e maquiagem pesada. Em 2011, seus 80 anos de vida e sessenta de carreira foram festejados com diversos lançamentos fonográficos. Um deles, o CD A Voz do Violão, inspira o repertório da apresentação que acontece no sábado (19), no Teatro Rival, como parte de outra comemoração: dos oitenta anos da casa de espetáculos na Cinelândia. Cauby sobe ao palco acompanhado do violonista Ronaldo Rayol – irmão de outro astro das antigas, Agnaldo Rayol -, também arranjador, produtor e diretor musical do espetáculo. Ao vivo, os dois vão enfileirar canções conhecidas do grande público, compostas por nomes como Caetano Veloso, Edu Lobo, Gonzaguinha e Taiguara. Apesar de revelar os autores, Cauby não divulga o repertório, que diz montar apenas na véspera do show. Marketing? Sem dúvida. “É uma ferramenta essencial para quem não tem talento, mas também é importante para quem tem”, diz.

Teatro Rival (400 lugares). Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, ☎ 2240-4469, Cinelândia. Sábado (19), 19h30. R$ 80,00. Bilheteria: 15h/21h (seg. a sex.); a partir das 16h (sáb.). IC. https://www.rivalpetrobras.com.br.

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Depois de A Grande Beleza, em que interpretou o memorável Jep Gambardella, o ator Toni Servillo dá mais uma prova de talento – desta vez, em papel duplo. O início da comédia Viva a Liberdade enfoca Servillo na pele de Enrico Oliveri, deputado e secretário do partido de oposição italiano. Como a esquerda está em crise, Oliveri sente o peso da rejeição e, deprimido, abandona tudo e some do mapa. Viaja para Paris em busca de uma ex-namorada (vivida por Valeria Bruni Tedeschi), que está casada com um cultuado cineasta chinês. Enquanto isso, em Roma, Andrea Bottini (Valerio Mastandrea), o principal assessor do político, tem uma saída para o impasse: colocar no lugar de Oliveri o gêmeo dele, Giovanni Ernani, um professor de filosofia recém-saído de uma instituição psiquiátrica. Ele será, inacreditavelmente, uma opção muito favorável. Sem travas na língua, o irmão fala o que lhe dá na telha e, assim, conquista o povo. Plugado na ironia, o roteiro encontra nos personagens opostos de Servillo um reflexo da situação política – seja pela triste melancolia de Oliveri, seja pelo pulsante sarcasmo de Ernani. Direção: Roberto Andò (Viva la Libertà, 2013, 94min). 12 anos. Estreou em 10/7/2014.

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