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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h06 - Publicado em 10 jun 2014, 22h29

Nascido em Minas Gerais, o diretor Gabriel Villela já enfeitou com o requinte barroco de seu estado natal espetáculos tão distintos quanto uma montagem do Grupo Galpão para Romeu e Julieta (1992) e um show de Milton Nascimento (Tambores de Minas, de 1997). Na condução da peça em cartaz no Espaço Tom Jobim, também como cenógrafo e figurinista, ele leva esse arrebatador legado mineiro a detalhes como a maquiagem expressiva e as roupas repletas de brilhos e bordados. Baseada no livro de Adriana Falcão, a trama é protagonizada por Isabel (Luana Piovani), menina que define palavras de forma poética – “irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio do seu peito”, por exemplo. O elenco, formado ainda por Felipe Brum, Janaina Azevedo, Pablo Ascoli, Letícia Medella e Diogo Almeida, toca instrumentos e canta em cena, defendendo uma trilha sonora que surpreende ao incluir músicas de Raul Seixas. Adaptado pela autora e por Luiz Estellita Lins, o texto diverte e provoca, mas a sucessão de “verbetes” pode confundir os menores. À plateia, no entanto, basta curtir uma ou outra definição para se encantar pelo trabalho (60min). Rec. a partir de 2 anos. Estreou em 6/4/2014.

Espaço Tom Jobim (340 lugares). Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, ☎ 2274-7012. Sábado e domingo, 16h. R$ 70,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.). Até dia 29.

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Três anos depois de levar aos palcos Tatyana, balé inspirado na obra-prima Eugênio Oneguin, romance do russo Alexander Pushkin (1799-1837), a coreógrafa Deborah Colker apresenta um novo espetáculo fincado em uma história com início, meio e fim. Com apenas cinco apresentações, a partir de sexta (13), no Theatro Municipal, Belle é baseado em Belle de Jour, livro do franc­o-argentino Joseph Kessel lançado em 1928. Na história, já adaptada para o cinema em A Bela da Tarde (1967), de Luis Buñuel – estrelado por Catherine Deneuve -, uma mulher casada passa as tardes trabalhando em um bordel. A argentina Amalia Alzueta vive a protagonista que, agora, evolui em coreografias carregadas de sensualidade. Na trilha sonora, reúnem-se Miles Davis, a banda de rock Velvet Underground e música eletrônica criada por Berna Ceppas (80min). 14 anos.

Theatro Municipal (2?244 lugares). Praça Marechal Floriano, s/nº, Centro, ☎ 2332-9005, Cinelândia. Sexta (13), 21h; sábado (14), 17h e 21h; domingo (15), 17h. R$ 20,00 (galeria lateral) a R$ 100,00 (plateia e balcão nobre). Bilheteria: a partir das 10h. IC. Até o dia 16.

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Nas rubricas iniciais do texto de Cock, o autor, Mike Bartlett, indica como a peça deve ser montada: “Não há cenário, objetos, mobília nem mímica. Em vez disso, o foco é exclusivamente o conflito das cenas”. Encampada à risca, tal proposta de despojamento é o primeiro detalhe a chamar atenção na montagem em cartaz no Teatro Poeira. Também “nus”, de certa forma, estão os personagens. John (Felipe Lima) vive há sete anos com um homem (Márcio Machado), mas se vê dividido ao conhecer uma mulher (Débora Lamm). Esses últimos vértices do triângulo amoroso não são nomeados. Tudo parece girar em torno de John e sua inabilidade para escolher o que é melhor para si – e, em última análise, saber quem é (tema, ressalte-se, caro a Bartlett). Todas as inseguranças do trio virão à tona em um jantar promovido por John, ao qual comparece o pai de seu parceiro (papel de Helio Ribeiro). Na ocasião, espera-se, o protagonista optará por ele ou ela. A direção de Inez Viana investe na dinâmica entre os atores, cujas falas são valorizadas ante a crueza da cena. No elenco, Ribeiro empresta cinismo ao pai e Lima mantém linearidade apropriada à indecisão de John, mas deve-se destacar a performance de Machado, perfeito na falsa segurança de seu personagem, e de Débora, precisa em cada nuance emocional (80min). 14 anos. Estreou em 21/5/2014.

Teatro Poeira (96 lugares). Rua São João Batista, 104, Botafogo, ☎ 2537-8053. Terça a quinta, 21h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 15h (ter. a qui.). IC. Até 24 de julho.

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Gênero raro no cinema nacional, o suspense dramático ganha clima tenso, emoção crescente e desempenhos formidáveis neste longa-metragem de estreia do cineasta Fernando Coimbra. A trama já começa de forma impactante. Na delegacia, Sylvia (Fabíula Nascimento) está desesperada porque sua filha foi levada da escola por uma estranha. O encarregado do caso (papel de Juliano Cazarré) chama, então, o marido dela para depor. Depois de se esquivar de perguntas íntimas, Bernardo (Milhem Cortaz) confessa que tinha uma amante, Rosa (Leandra Leal), mas o relacionamento havia chegado ao fim. A principal suspeita é intimada a dar sua versão. No depoimento, a jovem diz ter sido obrigada por outra mulher a pegar a garota no colégio. Conforme o tempo passa, Rosa relembra como se envolveu com Bernardo e traz à tona traços de uma obsessão psicótica por trás da carinha meiga – a impecável atuação de Leandra, escolhida como melhor atriz no Festival do Rio, colabora para tornar a personagem mais crível. Direção: Fernando Coimbra (Brasil, 2013, 101min). 14 anos. Estreou em 5/6/2014.

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Antes de se notabilizar por suas esculturas de grande porte, o americano já se dedicava à ilustração. De certa forma, portanto, a individual Desenhos na Casa da Gávea, em cartaz no Instituto Moreira Salles, é uma volta às origens de um dos nomes mais destacados da arte contemporânea. Os 38 imponentes trabalhos distribuídos pelas paredes foram escolhidos pelo próprio artista, que esteve no imóvel antes de definir a seleção e voltou para acompanhar a montagem da mostra. Mesmo para quem é frequentador do lugar, uma nova visita se revelará uma surpresa: para instalar suas criações na mansão em que morou o embaixador Walther Moreira Salles (1912-2001), Serra solicitou a remoção das paredes falsas construídas sobre superfícies envidraçadas. A luz natural valoriza lindamente os desenhos abstratos, revelando o volume do material usado sobre o papel. Sulcos, reentrâncias e ranhuras, perceptíveis apenas in loco, traem a aparente simplicidade das obras – cuja disposição sugere um diálogo com a arquitetura local. Chama atenção a imponência de Double Rift #4 (2011) e de Double Rift #6 (2013), além da intrigante translucidez das doze peças da série Courtauld Transparency, sobre folhas de acetato. Esboços em cadernos de anotações, apresentados na antiga biblioteca da casa, completam o acervo.

Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 28 de setembro.

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