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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h06 - Publicado em 4 jun 2014, 20h14

Recém-admitida em uma empresa, a jovem Emma (Débora Falabella) é chamada ao escritório de sua gerente (Yara de Novaes). O objetivo da reunião é alertar a funcionária para uma cláusula presente em seu contrato de trabalho, segundo a qual todo relacionamento de caráter sentimental ou sexual com um empregado da firma deve ser avisado aos superiores. O que soa como uma ressalva de praxe logo se revela a deixa para um jogo de manipulação crescente, com a gerente subjugando Emma de maneira cada vez mais absurda. Escrito pelo britânico Mike Bartlett, o brilhante texto, aqui montado pelo Grupo 3 de Teatro, vai muito além de uma simples denúncia da alardeada opressão exercida pelas grandes corporações: é um estudo angustiante sobre a autoanulação a que está sujeito o ser humano. Débil para tomar decisões próprias em favor do que parece ser o melhor para os outros, Emma vai se animalizando. A direção de Grace Passô sublinha esse processo. Ao longo da peça, Débora extrai sons tribais de uma bateria, suja-se de lama e, cena a cena, vai encurvando a coluna. Integrante do grupo mineiro Espanca!, conhecido pelo arrojo cênico, a diretora imprime a sua marca – em detalhes, a exemplo da presença da equipe técnica no palco, como se fossem funcionários do escritório. Inteligentemente, porém, ela não sobrepuja o que interessa aqui: a estupenda dinâmica entre duas atrizes em estado de graça. Imperdível (80min). 14 anos. Estreou em 14/5/2014.

Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro III (86 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Quarta a domingo, 19h30. R$ 10,00. Bilheteria: a partir das 9h (qua. a dom.). Até 13 de julho.

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Nome de destaque na nova geração de artistas em seu país, o italiano Fidia Falaschetti, 36 anos, tem sólida carreira, com a presença na Bienal de Veneza de 2011 no currículo. Na ocasião, seu trabalho foi descoberto por Ricardo Duarte, dono da galeria Graphos: Brasil. No ano seguinte, o marchand viria a adquirir duas obras de Falaschetti pertencentes à mesma série: pinturas retratando os ícones da pop art Jean-Michel Basquiat e Keith Haring como bebês. Inspirado por essa ideia, Duarte propôs ao italiano uma mostra em sua galeria, com outros retratos na mesma linha daqueles dois – desta vez, exibidos lado a lado com obras dos respectivos artistas. Mais de um ano de trabalho depois, o resultado pode ser conferido. Além de Basquiat e Haring, outros dez bebês foram incluídos: o próprio Falaschetti, além de Yayoi Kusama, Michelangelo Pistoletto, Jeff Koons, Jasper Johns, Mimmo Rotella, Robert Rauschenberg, Vik Muniz, Andy Warhol e Banksy (apenas Basquiat e Bansky não têm trabalhos próprios em exposição). Em suas bem-humoradas criações, Falaschetti busca capturar o estilo e também a técnica do retratado. Assim, Warhol é estampado em caixas de fraldas, como os caixotes de sabão que transformou em arte nos anos 60, e Rauschenberg surge em meio a materiais variados, incluindo tecidos e couro. Os trabalhos que acompanham os retratos transitam por diversas técnicas, a exemplo de uma típica fotografia de Vik Muniz e um múltiplo de Yayoi em forma de cubo, que miniaturiza as suas famosas salas de espelhos. Outras duas obras, de fora dessa série, completam a mostra.

Graphos: Brasil. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), sobreloja 11, Copacabana, ☎ 2256-3268 e 2255-8283. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até 21 de junho.

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Destaque na temporada de 2011, O Homem que Amava Caixas, montagem da Artesanal Cia. de Teatro, volta a reforçar o circuito de peças infantis. Com reestreia marcada para sábado (7), e seis sessões previstas no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, a montagem ganhou dois prêmios Zilka Sallaberry – nas categorias cenário e iluminação -, além de atrair 16?000 espectadores pelo país. O espetáculo é uma adaptação do best-seller homônimo do autor australiano Stephen Michael King. Em cena, Bruno Oliveira, Márcio Nascimento e Marise Nogueira (que se reveza com Virgínia Martins) apresentam o delicado relacionamento entre um pai introvertido (Nascimento), apaixonado por caixas, e seu filho (representado por um boneco). Chave para a aproximação entre os dois, os objetos de madeira preenchem o palco, combinando-se para se transformar em casa, montanha, castelo e até avião a partir da manipulação dos atores. Máscaras e trilha sonora especialmente composta para a peça, cantada ao vivo pelo elenco, contribuem para que ninguém na plateia lamente a ausência de diálogos. Direção de Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves (45min). Rec. a partir de 5 anos. Reestreia prevista para sábado (7).

Teatro Glaucio Gill (102 lugares). Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana, ☎ 2332-7970, Cardeal Arcoverde. Sábado e domingo, 17h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 16h (sáb. e dom.). Até dia 22.

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Filho de músicos, o artista francês teve seu talento incentivado em casa, onde foi apresentado a diversos instrumentos. Estudava violino clássico no Conservatório de Paris quando, convidado a se apresentar em um grupo de jazz formado por universitários, assumiu por um momento a clarineta e apaixonou-se pelo novo repertório. Jean-­Luc Ponty acabou construindo uma carreira sem fronteiras, reconhecido como pioneiro do jazz fusion – em 1969, antes mesmo da difusão do gênero, integrou uma animada sessão de jazz-rock no disco The Jean-Luc Ponty Experience with The George Duke Trio. Em mais de cinquenta anos de trajetória, gravou com colegas de estilos variados, a exemplo de Frank Zappa, Elton John, Al Di Meola e Stanley Clarke. De volta ao Rio, o violinista leva seus instrumentos elétricos de cinco e seis cordas ao palco do Miranda na sexta (6). Aos 71 anos, Ponty divide o show com Wil­liam Lecomte (teclados), Baron Browne (baixo) e Rayford Griffin (bateria). Composições próprias, como Mirage e New Country, estão garantidas no repertório. 16 anos.

Miranda (225 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Sexta (6), 20h. R$ 140,00 a R$ 200,00. Bilheteria: 12h/18h (seg.); 12h/21h (ter. a qui.); a partir das 12h (sex.). IC. https://www.mirandabrasil.com.br.

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Aos 39 anos, Fernanda (Mônica Martelli) está separada e anda à procura da cara-metade. Ela é dona de uma empresa especializada em casamentos e arranja uns momentinhos para paquerar durante as festas dos clientes. Seu primeiro pretendente, o galanteador e romântico Juarez (Eduardo Moscovis), revela-se o homem ideal, mas tem um “pequeno defeito”. Outros vão conhecer Fernanda e se apaixonar por ela ao longo da história. Dirigida com elegância por Marcus Baldini (de Bruna Surfistinha), a comédia tem uma produção bastante caprichada e atores coadjuvantes que dão suporte para a protagonista brilhar. Além do sempre divertido Paulo Gustavo (Minha Mãe É uma Peça), Irene Ravache, Humberto Martins e Daniele Valente encontram o tom certo do humor. As melhores sequências, contudo, são com o alemão Peter Ketnath (Cinema, Aspirinas e Urubus), no papel de um estrangeiro na Bahia. Direção: Marcus Baldini (Brasil, 2014, 106min). 14 anos. Estreou em 29/5/2014.

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