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Carioca nota dez: Junior Perim

O produtor cultural Junior Perim criou um projeto de inclusão social e profissionalização de crianças e jovens nas artes circenses

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 dez 2016, 12h51 - Publicado em 9 jul 2014, 12h55

Apesar de não ter a menor habilidade para exercitar as modalidades dos picadeiros ? “costumo dizer que sou um acrobata mental” ?, Junior Perim tornou-se um dos principais responsáveis pela difusão das artes circenses no Rio. Há mais de uma década, dedica-se ao Circo Crescer e Viver, projeto social que tem entre seus objetivos o ensino das práticas executadas sob a lona e hoje reúne 300 alunos, divididos em duas turmas, sempre com aulas gratuitas. Um dos grupos é direcionado a crianças de baixa renda, de 7 a 14 anos, com acompanhamento constante de psicólogos e assistentes sociais. A outra turma, que visa à formação profissional, abrange a faixa etária dos 15 aos 24. “Ao trabalharmos com as crianças, percebemos a necessidade de desenvolver um conjunto de ações para todos os elos da cadeia produtiva. Assim surgiu o curso profissionalizante”, explica ele.

“Com o projeto, percebemos que o circo poderia influenciar no desenvolvimento cognitivo das crianças”

Fluminense de São Gonçalo, 41 anos, Perim se aproximou desse universo no Carnaval de 2001, quando era diretor da Porto da Pedra. Naquele ano, a escola de samba sagrou-se campeã do Grupo de Acesso ao homenagear o Estatuto da Criança e do Adolescente. No embalo do enredo, ele começou a desenvolver um projeto social dentro da agremiação que oferecia atividades como aula de cavaquinho e capoeira. Numa etapa adiante, ao conversar com o amigo e palhaço Vinícius Daumas, nasceu a ideia de ampliar a iniciativa. “Foi então que procurei entender como o circo poderia influenciar no desenvolvimento cognitivo das crianças, funcionando como uma ferramenta social”, recorda. Esse foi o embrião do projeto, criado oficialmente em 2003 e depois transferido para a capital, fincando base na Praça Onze. Entre as ações atuais destacam-se a produção de espetáculos, residências artísticas, palestras e a organização do Festival Internacional de Circo, que desta vez promoveu 200 apresentações gratuitas em sessenta pontos da cidade. Há ainda uma lona volante com capacidade para 500 pessoas que percorre o interior do estado. Trata-se de um extenso rol de atividades mantido por patrocinadores. “Nossa meta de recuperar a força do circo no imaginário popular brasileiro está sendo cumprida, e acredito que ninguém melhor do que nós desenvolve esse papel no Rio”, afirma Perim.

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