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Carioca nota dez: Juliana Teixeira

A atriz e produtora coordena oficinas profissionalizantes para o teatro e um projeto que exibe curtas-metragens em escolas

Por Felipe Carneiro
Atualizado em 5 dez 2016, 13h40 - Publicado em 14 Maio 2014, 20h11

A atriz Juliana Teixeira costuma dizer que tudo o que tem na vida deve ao teatro ? a profissão, as amizades e a própria identidade. Há treze anos, inconformada com a baixa penetração das artes cênicas nas áreas distantes da Zona Sul carioca, decidiu fazer alguma coisa a respeito. Foi quando nasceu o programa Passageiro do Futuro, em Bangu, iniciativa que capacita jovens entre 14 e 21 anos para trabalhar no ramo. Ao todo, o projeto colocou no mercado 13?000 atores, técnicos de sonorização, de iluminação, figurinistas, caracterizadores, preparadores corporais e vocais e cenografistas oriundos da rede estadual de ensino. Além da frente original estabelecida no bairro da Zona Oeste, espalhou-se ainda pelas favelas de Água Santa, Del Castilho, Andaraí e Engenho de Dentro. A última parada foi em Copacabana, na Ladeira dos Tabajaras. “A cultura não pode ficar restrita a uma parcela pequena da população, é preciso mostrar às pessoas que elas podem ? e devem ? produzir e consumir arte”, diz Juliana.

“É preciso mostrar às pessoas que elas podem ? e devem ? produzir e consumir arte”

Em paralelo ao Passageiro do Futuro, ela seguiu com sua carreira de atriz e também enveredou pela produção, primeiro de peças, depois de curtas-m­etragens. Ao produzir seus três primeiros filmes, e vê-los trilhar bom desempenho em festivais mundo afora, não se conformou com a inexistência de um circuito para exibi-los. Aproveitou a expertise adquirida no Passageiro e criou mais um projeto: o Curta na Praça. De 2008 a 2012, exibiu filmes de até vinte minutos de duração em espaços públicos durante os fins de semana. Não demorou para que pais e professores sugerissem um desdobramento do projeto, dessa vez dentro das escolas. E assim nasceu o Circuito Cine Curta. Muito mais ambicioso que seu antecessor, o CCC usa o cinema como uma ferramenta pedagógica, com diversos exercícios relacionados em sala de aula, como a produção de redações, peças de teatro, jogos, música e desenhos. A escola com os trabalhos mais criativos e mais bem integrados à proposta educacional é premiada com uma festa, com bufê e DJ incluídos. “Fico encantada e orgulhosíssima de ver um projeto em que a educação ajuda a arte, e outro em que a arte ajuda a educação. E quem sai ganhando, nos dois casos, são os jovens e suas comunidades”, diz.

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