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Carioca Nota 10: Zé Lobo

O programador visual Zé Lobo criou uma ONG para estimular o uso da bicicleta como meio de locomoção

Por Caio Barretto Briso
Atualizado em 5 dez 2016, 14h16 - Publicado em 9 ago 2013, 20h48

Quando algum amigo desembarca no Aeroporto Santos Dumont, o programador visual Zé Lobo, de 52 anos, não pensa duas vezes antes de escolher o meio de transporte para recebê-lo: a bicicleta. Ele vai pedalando em um triciclo parecido com os usados por entregadores de supermercado, com uma caçamba que, na ida, serve para carregar uma bicicleta dobrável. Na volta, no lugar da magrela, vai a bagagem do recém-chegado. “A reação das pessoas é maravilhosa. Primeiro pela forma sui generis como elas são recebidas. E também porque poucas coisas combinam mais com o Rio do que pedalar”, diz ele. Morador de Copacabana desde a infância, Zé Lobo transformou as duas rodas em seu meio de transporte principal há treze anos, logo depois de vender o último carro. De lá para cá, fundou a ONG Transporte Ativo e se tornou uma das vozes mais respeitadas quando o assunto é a defesa das bicicletas como forma de locomoção na cidade.

“É preciso uma mudança de consciência com relação à bicicleta. Já avançamos muito, mas continuamos atrasados”

A Transporte Ativo promove diversas iniciativas para cumprir seu propósito. Uma delas são aplicativos de celular específicos para ciclistas. Outra é o uso de pesquisas para conhecer a fundo o perfil do meio de transporte na cidade. A bicicleta, por exemplo, é muito utilizada para entregas 38% dos deslocamentos são feitos com essa finalidade, um dado surpreendente. A ONG descobriu também que as mulheres são apenas 8% dos que pedalam no Rio. Em Copenhague, o paraíso dos ciclistas, elas são 54%. Números como esses, explica Lobo, são essenciais para saber se estamos ou não em sintonia com o futuro. Para ele, aumentar a infraestrutura cicloviária não é o bastante. “É preciso haver uma mudança de consciência”, afirma. “Temos de saber a importância da bicicleta para melhorar não apenas a vida de uma pessoa, como também o trânsito. Já avançamos bastante, mas, se nos compararmos a Copenhague ou Amsterdã, há um atraso de pelo menos vinte anos.”

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