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Carioca Nota 10: Karen Terahata

A jornalista Karen Terahata criou um grupo de ajuda para tratar a síndrome do pânico

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 13h48 - Publicado em 7 mar 2014, 20h59

Definida como um transtorno de ansiedade, a síndrome do pânico é uma doença pouco compreendida. Trata-se da ativação súbita e desmedida de nosso sistema biológico de alerta, sem a existência de um perigo real que justifique seu funcionamento. O primeiro contato que a jornalista Karen Terahata, de 38 anos, teve com a doença foi em 1997 a caminho de um encontro com amigos. Na ocasião, seu coração disparou, os braços começaram a formigar e ela teve dificuldade para respirar. O mal súbito se repetiu nos dias seguintes, levando-a a uma série de consultas e exames médicos. O diagnóstico demorou mas foi taxativo: ela sofria do mal. “Durante as crises, o sentimento que prevalece é o medo da morte. É infernal e incontrolável. O problema é que os outros, por desinformação e preconceito, tratam a doença como se fosse frescura”, critica Karen.

“O problema é que os outros, por desinformação, acham que a doença é apenas exagero ou frescura”

O tratamento para a síndrome do pânico consiste em sessões de terapia nas quais o paciente é estimulado a traçar estratégias para superar as crises. Funcionou com Karen, o que lhe permite levar uma vida normal. A experiência desagradável, no entanto, a estimulou a montar um projeto para ajudar outros portadores da doença, com o auxílio de sua psicóloga, Rosanna Mannarino. Hoje, ela se dedica integralmente à tarefa de oferecer suporte emocional e informativo sobre os transtornos de ansiedade. Autora do blog Sem Transtorno, que reúne entrevistas com profissionais da área, ela criou o primeiro grupo de mútua ajuda relacionado a esse tipo de doença, com reuniões na Barra da Tijuca. Na primeira delas, quando começou a contar sua história, percebeu a emoção das pessoas que a ouviam, na maioria mulheres. Várias delas escondiam a doença da família, com receio de não ser levadas a sério. “Cheguei a ter vergonha de mim mesma e achava que nunca teria uma vida normal. Mas vi que isso é possível”, diz Karen, que prepara um livro e um documentário sobre o assunto.

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