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Carioca Nota 10: Cristiana Velasco

A economista Cristiana Velasco fundou um instituto que trata gratuitamente crianças com catarata

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 13h57 - Publicado em 19 dez 2013, 14h50

A primeira vez que olhou nos olhos da mãe, o pequeno Pedro, então com apenas 3 meses, a viu paramentada com batom forte, peruca e acessórios coloridos. O visual extravagante fazia parte de um esforço da economista Cristiana Velasco para que o filho recuperasse a visão, depois de se submeter a uma delicada cirurgia de catarata, uma manifestação pouco comum em crianças. Determinada a participar ativamente da recuperação do menino, ela optou por um caminho radical: abriu mão do doutorado que cursava na PUC-Rio e de sua carreira no mercado financeiro. Tudo isso para se dedicar integralmente ao tratamento que garantiria a Pedro uma recuperação completa. Hoje, com 10 anos de idade, o garoto leva uma vida completamente normal, pratica esportes e tem desempenho acima da média em sala de aula. Sua história, no entanto, é bem distinta da vivida pela maioria das crianças que nascem com a doença, principalmente as que dependem dos serviços públicos de saúde. “Percebi que o Pedro era um privilegiado”, afirma Cristiana. “Para muitos, o acesso ao tratamento ou é lento ou não acontece, e a rapidez é muito importante para que eles se recuperem.”

“Para muitas crianças, o acesso ao tratamento demora ou não acontece. Rapidez é fundamental no processo de recuperação”

Imbuída desse espírito, Cristiana resolveu fundar, ao lado da oftalmologista Andréa Zin, uma das diretoras do Instituto Brasileiro de Oftalmologia (Ibol), uma ONG voltada para o tratamento gratuito de crianças carentes com o mal. Graças à parceria com o próprio Ibol, que cede infraestrutura e médicos voluntários, e com fornecedores de equipamentos, o Instituto Catarata Infantil já realizou mais de 350 cirurgias desde sua criação, em 2004, uma média de quatro por mês. “No início, eu levantava recursos com parentes para cus­tear cirurgias, mas percebi quanto era importante me articular formalmente para atender mais famílias”, explica. Graças às doações que recebe, sua ONG arca com os custos de tratamentos que nos hospitais particulares chegam a 10 000 reais. “Minha maneira de enxergar a vida mudou. Larguei a economia para adotar essa causa.” Os pequenos agradecem.

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