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Beltrame defende ações da polícia e diz que ela “nunca deu voto”

Secretário cobrou dos governos ações efetivas de assistência social, geração de empregos e política para a juventude

Por Agência Estado
Atualizado em 5 dez 2016, 11h59 - Publicado em 12 ago 2015, 17h05

No dia seguinte da prisão de seis traficantes do Comando Vermelho, no Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio de Janeiro, o secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que a polícia está “sobrecarregada” e cobrou ações sociais para evitar principalmente que os jovens sejam cooptados pelo crime.

“A polícia nunca deu voto para ninguém”, afirmou ele, em entrevista à TV Globo. Segundo Beltrame, “infelizmente, o Rio de Janeiro tem lugares onde há verdadeira guerra instalada.”

O secretário cobrou dos governos ações efetivas de assistência social, geração de empregos e política para a juventude, entre outras. “Há uma inversão total da sequência dos fatos. Recai tudo na polícia. O Estado brasileiro perdeu a capacidade de seduzir as pessoas a não irem para o mundo do crime”, criticou.

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Beltrame pediu transparência das instituições voltadas para ações sociais. “Agora todo mundo quer segurança, mas lá atrás não houve visão prospectiva. A nação tem que combater a violência. Nós abrimos nossos dados todos os dias para as pessoas verem o que fizemos de certo e de errado. No caso da assistência social, dizem que botou milhões de reais. E qual é o resultado disso? A polícia está sobrecarregada, mas fazendo seu trabalho”, afirmou.

Dirigindo-se a moradores de comunidades dominadas pelo crime e onde não há UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), como o Complexo do Chapadão, Beltrame afirmou que a política de segurança será ampliada.

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“Gostaria de dirigir minha palavra e as ações da policia para pessoas que não sabem se vão voltar para casa, se poderão levar o filho à escola. Não há milagre para resolvermos um abandono de 40 anos. Mas estamos caminhando”, disse.

Beltrame voltou a defender mudanças no Estatuto do Desarmamento, para aumentar as penas para porte de armas exclusivas das Forças Armadas e de grande poder de fogo, como as que foram apreendidas com os traficantes presos na terça-feira. O secretário também disse ser fundamental o policiamento da fronteira, para evitar a entrada de armas e drogas.

Na terça (11), o governador Luiz Fernando Pezão defendeu mudanças na lei que autoriza presos, inclusive de alta periculosidade, a deixarem a cadeia para visitarem a família. Dos seis presos do Comando Vermelho, dois, inclusive o líder, Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, fugiram quando visitavam a família, com autorização da Justiça. “Um bandido condenado a 90 anos, como o Fu da Mineira, não pode receber esse tipo de benefício. A lei precisa ser revista”, disse o governador.

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