Por muitos anos, o carioca viveu de evocar as lembranças dos tempos de glória como um mecanismo de defesa para as dificuldades do presente. Isso não acontece mais. A recente safra de boas notícias ? queda nos índices de violência, retomada de favelas pelo poder público e preparativos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 ? levou os moradores do Rio a deixar o passado para trás e finalmente viver o aqui e agora. Essa é a conclusão que se tira do fato de 170 dos 200 eleitores consultados pela revista considerarem o ano de 2011 melhor para o Rio em comparação a 1991. Entre as razões para a escolha estão as más recordações da era Collor, a inflação galopante e a decadência vivida pela cidade. É um sinal de que começamos a sepultar os fantasmas que nos assombraram por décadas.