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Oficina de geniozinhos

Colégio transforma estudantes fanáticos por tecnologia em jovens inventores

Por Renan França
Atualizado em 5 dez 2016, 15h42 - Publicado em 7 mar 2012, 21h26

Desde criança, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, teve a chance de materializar seu fascínio pela tecnologia nas aulas de informática da escola que frequentava. Com tal incentivo, inventou um sistema rudimentar de troca de mensagens e jogos para computador, antes de criar o mais popular site de relacionamento do mundo, quando tinha 19 anos. É uma história de sucesso que dificilmente aconteceria por aqui, pelo simples fato de que a imensa maioria de nossas instituições de ensino não está preparada para reconhecer nem para desenvolver o potencial empreendedor e científico dos alunos. Alguns colégios do Rio têm procurado sanar essa deficiência com oficinas de tecnologia, focadas em robótica, computação e eletrônica. Na maioria dos casos, isso rende poucos frutos concretos e se transforma em mais um passatempo, como as classes de judô ou balé. Em outros, vira coisa séria. Foi o que aconteceu na Escola Israelita A. Liessin. Ali, criou-se uma pequena usina de geniozinhos, feito comprovado por sucessivos prêmios. O último deles foi o Inovar para Crescer, da Associação Comercial do Rio, concedido a um grupo de adolescentes que inventou uma bengala eletrônica para deficientes visuais. Dotada de sensores e de um alarme, a engenhoca avisa quando detecta obstáculos localizados a até 2 metros de distância. ?Estamos um século atrasados no ensino de ciência e tecnologia. A situação só mudará quando as escolas conseguirem estimular a criatividade de seus alunos, como o Liessin tem feito?, afirma Edson Borba, coordenador do Inovar.

As invenções que saem das oficinas da escola israelita de Botafogo não brotam do nada. A ideia da bengala, por exemplo, nasceu de uma visita a um asilo de idosos. Ao ver vários dos internos com dificuldade de locomoção por problemas de visão, um grupo de seis jovens fanáticos por computadores, com idade entre 12 e 14 anos, decidiu fazer o artefato. ?Foi muito bom criar algo que pode ajudar os outros?, diz o estudante Fernando Fulkman, um dos inventores do equipamento. Da mesma linha de montagem já saíram traquitanas como um par de óculos de natação que mostram na própria lente a velocidade e a distância percorrida e uma placa eletromagnética que gera energia ao ser pisada – o objetivo é instalá-la no assoalho de áreas de grande circulação. ?Jovens que participam de projetos de iniciação científica têm maior capacidade para resolver problemas e desafios lógicos que aqueles que recebem educação convencional?, aponta Rafael Bronz, coordenador das oficinas do Liessin. ?É essa parcela de estudantes que, no futuro, canaliza sua criatividade para invenções que trazem o progresso.? Exatamente como aconteceu com Zuckerberg e tantos outros gênios da tecnologia.

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