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O baixo Cidade Nova

Com a chegada de novas empresas, a região no Centro ganha vida boêmia

Por Fábio Codeço
Atualizado em 5 jun 2017, 14h13 - Publicado em 15 jan 2013, 16h29
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De segunda a sexta, pontualmente às 18 horas, uma sirene soa nas redondezas da Rua Correia Vasques, no Centro. Está aberta a happy hour no Dom Barcelos Galeteria e Grill, que oferece uma carta de cervejas especiais com noventa rótulos, algo totalmente inédito por aquelas bandas. Aberto há dois meses a poucos metros dali, o Bar Manchete é outro endereço que também decidiu apostar suas fichas no público do pós-expediente. Com farto cardápio de petiscos, o pé-limpo ainda abre aos sábados, reforçando o projeto dos comerciantes locais de transformar a área, que até bem pouco tempo atrás estava abandonada, numa espécie de nova Lapa. Mesmo muito longe de oferecer o agito do bairro mais boêmio do Rio, o incipiente movimento entre 17 e 21 horas é um reflexo positivo da recente revitalização do local, que nos últimos oito meses recebeu ao menos uma dezena de novos restaurantes e filiais de lojas famosas, além de um spa.

Com imóveis a preços muito mais baixos que na Zona Sul ? o aluguel de uma casa com 100 metros quadrados, por exemplo, sai por 4?000 reais ?, a região conta com um atrativo incontestável. Em razão da recente chegada de empresas como a Cedae, o Centro de Convenções SulAmérica e a Universidade Petrobras, calcula-se que mais de 20?000 pessoas circulem por dia pela região. Até meados do ano abrem ainda as sedes da Operadora Nacional do Sistema Elétrico e da BR Distribuidora, que somarão cerca de 5?000 funcionários. De olho no novo mercado, a rede Gula Gula instalou, no início de dezembro, uma unidade de 180 lugares na galeria Boulevard Cidade Nova. Entre seus vizinhos estão a grife de chocolates Kopenhagen, lojas e salões de beleza.

Se durante anos o extinto Sabor e Recheio reinou como o único restaurante da rua, hoje os comensais encontram uma boa variedade de casas, que oferecem desde grelhados até pratos franceses e italianos com toques gourmets. “Quando vim trabalhar aqui, em 2005, era um lugar ermo. Dava medo. Tanto que só saíamos em bando na rua”, lembra Leo Ejzenberg, funcionário da Secretaria Municipal de Fazenda. Com as filas aumentando a cada dia, os investimentos nos arredores não cessam. Os proprietários do Dom Barcelos, donos também do Pimenta Carioca, que ocupa dois casarões adquiridos por 160?000 reais, acabam de arrematar mais um imóvel, no número 44, onde, em breve, planejam inaugurar uma lanchonete. Pelo visto, o nome dado àquela área degradada do Centro começa, enfim, a fazer algum sentido.

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