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Após seis meses, Braseiro da Gávea vai reabrir as portas

Reforma visual e, principalmente, estrutural consumiu R$ 3 milhões e transformou a casa que não fará mudanças no cardápio

Por Rafael Cavalieri
Atualizado em 2 jun 2017, 12h31 - Publicado em 25 jul 2015, 01h00

Foi o maior baixo-astral. Terminada a inspeção, numa tarde de terça-fei­ra, em 27 de janeiro último, fiscais da Vigilância Sanitária determinaram a interdição do estabelecimento por tempo indeterminado — ou até que as condições precárias da cozinha e de outros ambientes fossem sanadas. Dois dias depois, as obras, que já estavam planejadas para fevereiro, quando chegasse o Carnaval, foram antecipadas pelos sócios. Passaram-se pouco mais de seis meses, e a história finalmente caminha para um final feliz. O tradicional Braseiro da Gávea, totalmente reformado, tem data de reabertura marcada: 3 de agosto. Para a alegria de quem já enfrentou as frequentes filas da casa, o chope na pressão e as carnes na brasa, a exemplo da picanha e da linguiça, seguirão firmes no cardápio. Todo o resto, porém, vai mudar.

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Logo na entrada, painéis coloridos dos grafiteiros Toz e Bruno BR revelam-se as mais vistosas novidades no salão. Azulejos de tons vivos agora dividem a parede com o revestimento de madeira. São detalhes que deixaram para trás a monotonia do branco-gelo do teto ao chão. Apesar do alto orçamento, que beirou os 3 milhões de reais, as principais mudanças não ficarão tão à vista, mas o freguês deve agradecer. Câmaras frias, fogões, fritadeiras, sistema de exaustão e até objetos menores, como frigideiras e facões, foram trocados. Os banheiros estão tinindo de novos. Durante a reforma, para evitar baixas na equipe, quarenta funcionários, entre eles garçons e cozinheiros que os habitués conhecem pelo nome, continuaram recebendo salário. Nesta volta aos trabalhos, o time ainda ganhou um reforço — Antônio Siqueira, responsável pela churrasqueira nas madrugadas do Galeto Sat’s, em Copacabana, passa a dar expediente na Praça Santos Dumont.

Infografico
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Fundado em 1995 pelos portugueses Antonio Aguiar e José Pereira, ao lado do maranhense Agenor Lopes, o Braseiro estava mesmo precisando de uma recauchutagem. As goteiras e as rachaduras nas paredes, citadas no relatório que levou à interdição, eram sinais visíveis da deterioração do imóvel. “Os problemas apontados na vistoria já haviam sido identificados por nós, tanto é que tínhamos o plano da reforma desenhado”, conta Marcos Aguiar, filho de Antonio e o principal responsável pelo dia a dia das obras. Seu pai e o cunhado, Agenor, de­di­ca­ram-se a um passatempo curioso durante os reparos. Sentados, em meio ao vaivém dos operários, os dois passavam horas fumando e trocando impressões enquanto assistiam aos trabalhos, como se estivessem no teatro. Repetido nos últimos meses, o programa deles tem data para acabar. A brasa vai ser acesa novamente — e, espera-se, a Vigilância Sanitária não terá mais razões para chamuscar o negócio.

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