Cipriani

Resenha por Pedro Landim

O século XXI presenciou um cenário luminoso para os restaurantes de hotel, que evoluíram embalados por elevada qualidade por toda a cidade e ganharam um prêmio só para eles. Na estreia da categoria, a vitória vai para um salão que parece ter saído de um romance de época no centenário Copacabana Palace. As janelas de vidro descortinam a mítica piscina onde a princesa Diana nadou de madrugada e Janis Joplin mergulhou sem roupa — e a Veneza do século XVIII está lá em reprodução de quadro do inconfundível italiano Canaletto. O ambiente tem carpete vinho e dourado, poltronas vermelhas, vasos de Murano, lustre oriental de seda e imenso arranjo de flores.

Se a atmosfera já vale a visita, a obra se faz completa na cozinha do chef toscano Nello Cassesse, que acumulou ampla experiência com o estrelado chef inglês Gordon Ramsay e chegou ao Cipriani em 2016. São dois menus que transportam sabores italianos à alta gastronomia, em técnica afiada e apuro visual. O primeiro traz clássicos do chef (R$ 495,00, em dez etapas) e o segundo aborda regiões da Itália (R$ 595,00, em onze etapas).

Harmonizados com categoria pelo sommelier Ed Arruda (mais R$ 700,00, a premium; e R$ 1 200,00, a super-premium), há pratos como o bacalhau com canelone de abobrinha, caviar de mujol e molho de frutos do mar. Ou o cordeiro em três texturas, que leva cavaquinha, molho de cítricos e alcachofras. Na ala dos doces, atenção para o carrinho com gelato batido na hora à base de creme fresco e baunilha de Madagascar. Não se apaga da memória. Belmond Copacabana Palace.

Preços checados em outubro de 2023.

• comer e beber 2021