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Caos particular

Autor e estrela do ousado monólogo Talvez, Álamo Facó interpreta um recluso contemporâneo

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 dez 2016, 15h52 - Publicado em 9 dez 2011, 20h41

AVALIAÇÃO ✪✪✪

Nos papéis de Wilson, no seriado global A Mulher Invisível, de João Lorota, no filme O Palhaço, e do esquisitão Todd, na peça Pterodáctilos, Álamo Facó já deu boa mostra de seu talento versátil. À frente do monólogo Talvez, ele ousa em nova direção. É o autor do espetáculo e, sozinho em cena, interpreta Dário. No palco, depois de contar como conheceu Rita, explica que pretende ficar trancado em seu apartamento até a namorada voltar de uma expedição pelos Andes. Só vai se comunicar com o mundo exterior através da internet.

No cenário enxuto, o próprio ator cuida da trilha sonora e das projeções de vídeo que compõem a narrativa. O clima tenso rumo ao caos do personagem é reforçado pela iluminação de Maneco Quinderé. Com um desempenho naturalista para o texto de tintas contemporâneas, Facó desvenda aos poucos a loucura provocada pelo isolamento de Dário e leva o público a questionar limites entre realidade e ficção. Dirigida por César Augusto, a montagem é uma arriscada, e bem-sucedida, experiência cênica. Como inclui, em alguns momentos, uma apropriada troca de informação e emoções com o público, a encenação rende melhor em dias de casa cheia. Na sessão avaliada, apenas dez dos 192 lugares estavam ocupados. Uma injustiça.

Talvez (50min). 14 anos. Reestreou em 25/11/2011. Teatro do Espaço Cultural Eletrobras Furnas (192 lugares). Rua Real Grandeza, 219, Botafogo, ☎ 2528-2794. → Sexta e domingo, 19h30; sábado, 20h. Grátis. Bilheteria: a partir das 18h30 (sex. e dom.), a partir das 19h (sáb.). Distribuição de senhas uma hora antes. Até domingo (18).

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