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Terror tipo exportação

O diretor Marco Dutra acerta em Quando Eu Era Vivo, que não fica a dever aos similares americanos

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 13h51 - Publicado em 5 fev 2014, 19h52

Avaliação ✪✪✪

Um dos gêneros menos constantes no cinema nacional é o terror. Por isso, chega a surpreender que Quando Eu Era Vivo tenha um resultado sem nada a dever aos similares americanos. Os méritos são vários. Vão da direção estudada de Marco Dutra, passam pelas atuações do trio de protagonistas (Marat Descartes, Antonio Fagundes e a cantora Sandy Leah) e terminam no acabamento técnico invejável para os padrões brasileiros ? fotografia e efeitos de áudio, por exemplo, mostram qualidade. Embora o enredo seja inferior ao de Trabalhar Cansa, filme anterior do cineasta, o novo longa-metragem, no conjunto, possui mais harmonia e deve agradar a plateias maiores. A história, adaptada do livro A Arte de Produzir Efeito sem Causa, de Lourenço Mutarelli, tem início quando Júnior (Descartes) regressa ao apartamento do pai (Fagundes), em São Paulo, após se separar da mulher. Eles mantêm um convívio difícil, sobretudo porque o patriarca reconstruiu a vida depois da morte da esposa. Alugou um quarto para uma estudante de música (Sandy), aderiu à malhação e fica algumas noites na casa da namorada (Tuna Dwek). Júnior, ao contrário, está tomado por amargas e sinistras lembranças do passado, envolvendo seu irmão caçula e a mãe. Assim, afastou-se das ruas e da realidade. O clima de horror proporciona à plateia desconforto, a tensão aumenta e o desfecho acena para um drama familiar capaz de ampliar a reflexão do que se viu até então. Direção: Marco Dutra (Brasil, 2013, 109min). 12 anos. Estreou em 31/1/2014. Cinemark Downtown 11, Espaço Itaú de Cinema 4, Estação Ipanema 1.

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