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O Lobo sem Chapéu

Espetáculo infantil em cartaz no Teatro do Jockey é bem-sucedido ao mexer na estrutura do clássico Chapeuzinho Vermelho

Por Lais Botelho
Atualizado em 5 dez 2016, 14h01 - Publicado em 22 nov 2013, 18h26

AVALIAÇÃO ✪✪✪✪

Lançado em 2006, o longa de animação Deu a Louca na Chapeuzinho conquistou público, crítica e o direito a uma continuação (menos inspirada) ao subverter a fábula descoberta por Charles Perrault, no século XVII, e imortalizada pelos irmãos Grimm 200 anos depois. A seu modo, o espetáculo dirigido por Beto Brown, em cartaz no Teatro do Jockey, também ousa mexer na estrutura da clássica narrativa e é bem-sucedido. Em cena, crescida e inconformada com a ingenuidade de sua história, Chapéu (Marta Paret) resolve reescrevê-la e desaparece de casa. Deixa apenas um bilhete no qual se lê: “Fui”. A partir daí, o palco recebe a visita de outros oito personagens, interpretados com desenvoltura pela atriz e por Rogério Barros. Inquietações contemporâneas recheiam a velha trama: o Lobo quer se desfazer da fama de mau, Vovó está mais preocupada com o sumiço de seus brioches e a mãe de Chapeuzinho vive apressada, entre a manicure e a ginástica. Um toque divertido fica por conta dos dois músicos que, empunhando clarinete e violão, executam efeitos sonoros, emprestando à montagem ritmo de desenho animado. Na lista de acertos também entram a proximidade entre o público e os atores, que passeiam pela plateia e dispensam as coxias para trocar de figurino, e a cenografia sóbria de Teca Fichinski ? a opção por poucos elementos dá às crianças bem-vinda liberdade para imaginar ambientes variados (55min). Rec. a partir de 5 anos. Reestreou em 9/11/2013.

Centro Municipal de Referência do Teatro Infantil ? Teatro do Jockey (84 lugares). Avenida Bartolomeu Mitre, 1110, Gávea, ☎ 3114-1286. Sábado e domingo, 16h30. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 15 de dezembro.

Vida de artista: antes desta produção infantil, os dois atores, parceiros no teatro há dez anos, interpretaram a prostituta Neusa Sueli e o cafetão Vado em Navalha na Carne, peça de Plínio Marcos

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