Um presente do passado
Livro sobre as glórias do ano de 1958 inspira despretensioso mas caprichado musical na Casa de Cultura Laura Alvim
Em 1958, a seleção brasileira sagrou-se campeã mundial de futebol, ganhou as ruas o primeiro carro com 50% de suas peças produzidas no país e João Gilberto lançou Chega de Saudade, inaugurando a bossa nova. Esses e outros fatos daquele ano, marcado como um dos mais felizes da história do Brasil, foram compilados pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos em Feliz 1958! ? O Ano que Não Devia Terminar. Lançado em 1997, o livro serviu de inspiração para 1958 ? A Bossa do Mundo É Nossa!, simpático musical em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim. Com roteiro amarrado e direção esperta de André Paes Leme, a montagem não tem uma trama. Optou-se por apresentar vários personagens, a costurar uma exposição musicada de referências da época, do aparecimento da televisão ao jingle publicitário do Toddy, da estreia de Os Sete Gatinhos, de Nelson Rodrigues, à vitória do Brasil na final da Copa, contra a Suécia. Bem defendidas, canções como Só Louco, Meu Mundo Caiu e Sábado em Copacabana vão pontuando o espetáculo, cuja despretensão não se confunde com falta de capricho. No divertido elenco, formado por Andrea Veiga, Bianca Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Matheus Lima, todos têm seus momentos de brilho individual (80min). 12 anos. Estreou em 27/9/2013.
Casa de Cultura Laura Alvim ? Teatro (245 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2267-4307. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 16h (sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.) Até 22 de dezembro.