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O que elas têm na cabeça?

É o fascinator, acessório nada discreto que virou aposta das grifes cariocas

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 jun 2017, 14h58 - Publicado em 9 jun 2011, 18h08

Eles começaram a chamar atenção no casamento do príncipe William com Kate Middleton. Na cerimônia, transmitida para o mundo todo, diversas convidadas exibiam um arranjo de cabeça que causava exclamações, algumas vezes pela beleza, outras tantas pelo exagero. Que o diga Beatrice, prima do noivo, responsável pelo adorno mais ousado da festa. Tipicamente inglês, o adereço chama-se fascinator e pode ser confeccionado com penas, contas, flores e tules, sempre afixado no couro cabeludo por um prendedor ou uma armação. Pois é esse objeto excêntrico uma das apostas das grifes cariocas para as próximas estações, como revelaram as semanas de moda realizadas há pouco na cidade. Tanto no Fashion Business quanto no Fashion Rio, marcas como Acquastudio, Alessa, Melk Z-Da, Oestudio, Têca e My Philosophy se valeram da peça para compor o visual exibido na passarela.

Para a tendência vingar por aqui, no entanto, é necessário que a carioca flexibilize seu estilo, marcado pelo despojamento de roupas confortáveis e cabelos soltos. O primeiro passo parece que já está sendo dado, como afere o chapeleiro da alta-roda Denis Linhares, dono de uma loja em Copacabana. Ele atesta que a demanda pelo adereço aumentou de dois meses para cá. “Até as senhoras mais conservadoras estão procurando o fascinator“, afirma Linhares, apontando os objetos de palha, para o dia, e de penas, para a noite, como os preferidos. Lá fora, o acessório vem rompendo tabus. “Estava em Londres no casamento e vi meninas de shortinho na rua usando fascinators“, conta a consultora de moda Costanza Pascolato.

REUTERS / Toby Melville
REUTERS / Toby Melville ()

O enfeite que faz a cabeça das britânicas remete aos arranjos tropicais de Carmen Miranda. Ele ganhou notoriedade na segunda metade do século passado e, como é praxe na moda, viveu seus altos e baixos. Depois de certo ostracismo nos anos 80 e 90, o apetrecho voltou com força aos cocurutos na última década. Agora, atravessou o Atlântico e ganhou as coleções daqui. Na Alessa, por exemplo, a peça está à venda a partir de 290 reais. É preciso ter cuidado para evitar os excessos. Sendo assim, o acessório tem tudo para arrematar com requinte o visual. “A carioca começa a entender como ele pode ser usado”, diz a estilista Esther Bauman. Afinal, a cabeça não foi feita só para pensar e usar chapéu, lenço ou tiara.

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