VEJA Rio Recomenda
Palácio do Fim. O título faz referência à câmara de tortura de Saddam Hussein (1937-2006), que funcionava no antigo Palácio Real, em Bagdá
EXPOSIÇÃO
Índia. Surpreenda-se com essa grandiosa mostra que celebra os 22 anos do Centro Cultural Banco do Brasil. O acervo reúne 380 peças de arte antiga, popular e contemporânea do país de Gandhi, distribuídas por dezoito salas em dois pavimentos. Para ambientar o visitante, há no térreo a reprodução de um altar com uma imagem do deus hindu Ganesh e um táxi-triciclo conhecido por lá como tuk-tuk. No 1º andar estão três segmentos temáticos que dão noções sobre a diversidade de uma nação cuja história remonta a 3?300 a.C. Uma sala com projeções de fotografias e vídeos exibe paisagens e flagrantes do cotidiano e proporciona uma imersão na cultura indiana. Na sequência, uma vitrine guarda a peça mais antiga à mostra: uma estatueta de pedra da deusa-mãe Mathura, de 200 a.C. Mais adiante, foram montados imensos painéis de tecido, além de esculturas de cerâmica e pinturas. No espaço dedicado aos deuses, os destaques são as estátuas de divindades, com datações que vão do século IX ao XIII. A partir de terça (25), o 2º andar estará ocupado por quarenta obras contemporâneas.
TEATRO
Palácio do Fim. Ambientado na recente Guerra do Iraque, esse tocante drama escrito pela canadense Judith Thompson ganhou uma montagem de qualidade no Teatro Poeira. De temática atual, alguns detalhes da trama, amplamente divulgados pela mídia, permanecem na memória do espectador, conferindo um interesse adicional à encenação. O título faz referência à câmara de tortura de Saddam Hussein (1937-2006), que funcionava no antigo Palácio Real, em Bagdá. Dirigido pelo tarimbado José Wilker, o espetáculo aborda três personagens reais. O mais conhecido deles é Lynndie England (Camila Morgado), oficial do Exército americano que aguarda julgamento por humilhar prisioneiros em Abu Ghraib. Antonio Petrin faz uma irônica e tocante interpretação do cientista inglês David Kelly, inspetor de armas que relatou à BBC a ausência de um arsenal de destruição no Iraque. E Vera Holtz tem um desempenho de tirar o fôlego ? e arrancar lágrimas ? com os relatos da ativista iraquiana Nehrjas Al Saffarh.