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Exposições

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h13 - Publicado em 4 jan 2013, 18h18

ÚLTIMA SEMANA

ADRIANO DE AQUINO. Quatro anos depois de apresentar Formas Magnéticas Transitórias, na Caixa Cultural, o pintor mineiro volta ao Rio com a individual 00:00. Foram reunidas dezesseis pinturas feitas em 2012. Os trabalhos mostram, na concepção de seu autor, uma visão sobre a luz e seu percurso entre 6h e meia-noite. R$ 9500,00 a R$ 120000,00. Gustavo Rebello Arte. Avenida Atlântica, 1702, loja 8, Copacabana, ☎ 2548-6163. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 14h às 18h. Grátis. Até sábado (12). https://www.gustavorebelloarte.com.br.

AÍ VAI MUITO DA PESSOA. Organizada por Bernardo Mosqueira, a coletiva reúne obras de 27 artistas emergentes representados pela galeria Luciana Caravello Arte Contemporânea. São exibidas esculturas, pinturas, desenhos, objetos e fotografias de nomes como os cariocas Leonardo Ramadinha, Marcos Cardoso e Maria-Carmen Perlingeiro, o cearense Luiz Hermano, a potiguar Danielle Carcav e o catarinense Walmor Corrêa. R$ 4000,00 a R$ 30000,00. Luciana Caravello Arte Contemporânea. Rua Barão de Jaguaripe, 387, Ipanema, ☎ 2523-4696. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até sábado (12). https://www.lucianacaravello.com.br.

✪✪✪ ALUÍSIO CARVÃO. Leia em Veja Rio Recomenda. Caixa Cultural — Galeria 3. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. → Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até domingo (13). https://www.caixacultural.com.br. Reabre ao público na terça (8).

✪✪✪ ANANDA NAHU E IZOLAG ARMEIDAH. Inaugurada em 2011, a galeria Graphos: Brasil, no Shopping dos Antiquários, vem colecionando acertos. No mais recente, apresenta o jovem casal formado pela baiana de 27 anos e o carioca de 29. Colegas no curso de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, eles juntaram escovas de dentes, pincéis e tintas há sete anos. Praticaram sua arte urbana em muros de cidades do Nordeste e já venderam trabalhos na Europa, sobretudo na Holanda. No Rio desde o ano passado, os dois reúnem no espaço de Copacabana as 24 telas da mostra Firme Forte Records. Supercoloridas, as criações aglutinam estêncil, caso do díptico Carmen Mojica (2012), feito por Ananda a partir de uma fotografia de Ricky Flores, e pintura a diversas outras técnicas. A influência da pop art transparece no estilo das obras e nas figuras retratadas, entre elas o pintor Basquiat e o guitarrista Jimi Hendrix. A propósito: o nome dele é Rodrigo Almeida Galosi. O dela é Ananda Nahu mesmo. R$ 4000,00 a R$ 40000,00. Graphos: Brasil. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), sobreloja 1, Copacabana, ☎ 2256-3268 e 2255-8283. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até sábado (12).

CHINA REVELADA. Mais de 200 peças de arte chinesa, pertencentes à coleção particular do empresário Carlos Fernando de Carvalho, dono da construtora Carvalho Hosken, foram reunidas. Há objetos de porcelana (entre eles relíquias da dinastia Ming, que reinou no país asiático de 1368 a 1644), esculturas de marfim, madeira e bronze, mobiliário e estátuas de figuras humanas e de animais. Curadoria de Maurília Castello Branco. Espaço Cultural Península. Avenida Flamboyants, 500 (Península), Barra. Quinta a sábado, 14h às 21h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até domingo (13).

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A ESCOLHA DO ARTISTA. Radicado no Rio há 35 anos, o artista americano John Nicholson, egresso da Geração 80, marca presença em uma coletiva entre amigos selecionados por ele, que exibe sete pinturas a óleo sobre tela, nas quais retrata o espírito carioca em cenas corriqueiras das praias da cidade. Clarisse Tarran comparece com três bordados em materiais variados. Adriano de Aquino participa com duas pinturas em acrílico, parte da série Divisões Internas. Julia Debasse, a caçula do time, expõe três pinturas, Aquele da Mulher e do Alce, Mas e Se Cair? e Sobre Aquele Dia em que Rian Matou um Dragão, todas sobre fundo chapado, para dar uma ideia de colagem às figuras. Galeria Patricia Costa. Avenida Atlântica, 4240, loja 226 (Shopping Cassino Atlântico), Copacabana, ☎ 2227-6929. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até segunda (7). https://www.galeriapatriciacosta.com.br.

✪✪✪✪✪ IMPRESSIONISMO — PARIS E A MODERNIDADE. Qualquer uma das 320 000 pessoas que visitaram a mostra em São Paulo, onde ela ficou entre julho e setembro, terá uma nova impressão no CCBB do Rio. Estão lá as mesmas 85 pinturas do acervo do Museu d?Orsay, incluindo obras-primas como O Lago das Ninfeias e Harmonia Verde (1899), de Claude Monet, além de outros expoentes do movimento, a exemplo de Edouard Manet, Edgar Degas, Renoir, Vincent van Gogh, Paul Gauguin e Paul Cézanne. Mas as dimensões do espaço expositivo, mais amplo do que o da capital paulista, dão à coletiva um ar mais arejado. A disposição das telas em salas contíguas, em vez de separadas, também favorece o fluxo. Obrigatório. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até domingo (13).

+ LUZ. A coletiva de Agostinho Moreira, Anamaria Reis, Anna Helena Cazzani, Fabio Naranno, Fátima Villarin, Gustavo Torres, Marcos Duarte, Marcos Lima e Mark Feddersen, alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, reúne dez obras, entre esculturas, objetos, instalações, desenhos e filmes. Curadoria de João Carlos Goldberg. Escola de Artes Visuais do Parque Lage — Galerias 1, 2 e EAV. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Segunda a quinta, 9h às 21h; sexta a domingo, 9h às 17h. Grátis. Até domingo (13). https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

✪✪✪ MÚLTIPLOS + MÚLTIPLOS. Na segunda edição, a coletiva reúne trinta obras — entre gravuras, desenhos, objetos e esculturas — de artistas nacionais e estrangeiros. Integram a lista de participantes nomes consagrados como o catalão Antoni Tàpies, de quem são exbidas duas gravuras em metal e seis litogravuras, o búlgaro Christo e o venezuelano Cruz-Diez, além dos brasileiros Daniel Senise, Cildo Meireles, Marcos Chaves e Waltercio Caldas. Deste último destaca-se o objeto de acrílico e aço TAO (2012). R$ 500,00 a R$ 27000,00. Mul.ti.plo Espaço Arte. Rua Dias Ferreira, 417, sala 206, Leblon, ☎ 2259-1952. Segunda a sexta, 10h às 18h30; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até sábado (12). https://www.multiploespacoarte.com.br.

✪✪✪ PEDRO MEYER. A individual A Menina e as Faces reúne doze obras, entre pinturas e desenhos feitos pelo artista nos últimos dois anos. Na série Amigos da Face, ele retrata curadores, críticos de arte, colegas de profissão e amigos a partir de imagens de perfis nas redes sociais, caso do óleo Patrizia D?Angello (2012). Esse conjunto inclui ainda uma instalação com mais de 100 pequenos desenhos e gravuras. A curadoria é de Guilherme Bueno, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Niterói. R$ 1500,00 a R$ 8300,00. Portas Vilaseca Galeria. Avenida Ataulfo de Paiva, 1079, loja 109, Leblon, ☎ 2274-5965. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até sábado (12). https://www.portasvilaseca.com.br.

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EM CARTAZ

ACERVO DA SÉRGIO GONÇALVES GALERIA. Inaugurada em abril, a galeria faz sua primeira coletiva. Nela estão reunidas vinte obras dos artistas Ana Durães, Anita Kaufmann, Bernard Pras, Bill Beckley, Carlos Araujo, Clarissa Campello, Cristina Sá, Eduardo Ventura, Laura Michelino, Rafael Vicente, Raimundo Rodriguez e Vânia Barbosa. R$ 2300,00 a R$ 42 000,00. Sérgio Gonçalves Galeria. Rua do Rosário, 38, Centro, ☎ 2263-7353 e 2253-0923. Terça a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até 2 de março.

✪✪✪✪ ANNA MARIA NIEMEYER UM CAMINHO. Tributo à galerista morta em junho de 2012, a mostra revela sua importância para as artes brasileiras através de um acervo rico e numeroso. Foram reunidas 300 peças, entre documentos, fotos e 180 obras de 58 artistas. Estão lá nomes lançados por ela, a exemplo de Jorge Guinle (1947-1987), autor de sete telas, inclusive a monumental Aquário (1983), Victor Arruda, Jorge Duarte e Beatriz Milhazes, presente com seis de suas hoje cobiçadas criações. De seu pai, o arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), há um singelo retrato da filha ainda bebê e móveis feitos pelos dois para construções de Brasília como o Palácio da Alvorada. Para que não pairem dúvidas sobre a relevância da homenageada, também são expostos comoventes depoimentos dos colecionadores João Sattamini e Gilberto Chateaubriand. Ao fim da mostra, o visitante pode conferir ainda a instalação composta de agulhas de aço inox e estopa vermelha intitulada Sete Irmãos (2012), de Fátima Villarin, que seria exibida no reduto de Anna Maria, na Gávea, em julho passado, mas o endereço acabou fechando as portas com a morte de sua fundadora. Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 17 de fevereiro. https://www.pacoimperial.com.br.

COLEÇÕES ENTRE COLEÇÕES. Um novo recorte do acervo do Museu Histórico Nacional vem a público. São objetos variados, como leques, esculturas de bronze e louças a exemplo da coleção de porcelanas da Companhia das Índias que pertenceu ao Barão de Massambará (1822-1898), poderoso dos tempos áureos do café. A lista de curiosidades inclui ainda móveis, brinquedos, oratórios, quadros e até cardápios, como o que foi usado no antigo Cassino da Urca. Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 8,00. Grátis para menores de 5 anos, maiores de 65 e aos domingos. A bilheteria fecha meia hora antes. Até 3 de março. https://www.museuhistoriconacional.com.br.

COLETIVA 12. Na mostra com artistas representados pela galeria aparecem criadores em técnicas diversas, de desenho e escultura a fotografia e instalação. Alice Shintani, Antonio Dias, Gisele Camargo, Luiza Baldan e Marta Jourdan são alguns dos nomes selecionados. Único convidado sem ligação comercial com o espaço, Eduardo Sued apresenta um óleo sem título de tintas acrílica e metálica. R$ 2000,00 a R$ 90000,00. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rua João Borges, 86, Gávea, ☎ 2294-4305. Segunda a sexta, 12h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 2 de fevereiro. https://www.mercedesviegas.com.br.

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✪✪✪ CLEMENTINA DUARTE. Depois de exibir joias da coleção de Bertha Krasilchik, mulher do marchand Isaac Krasilchik, o CCBB volta ao tema, desta vez apresentando criações de Clementina Duarte feitas desde os anos 60. Sob curadoria de Denise Mattar, foram selecionadas noventa peças confeccionadas em ouro e prata com diamantes, pérolas, ônix, águas-marinhas e topázios, entre outras pedras preciosas brasileiras. Algumas joias apresentam curvas inspiradas na arquitetura de Oscar Niemeyer (1907-2012). Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até 14 de abril.

ELISA CASTRO. Em Eu Quero Você, a artista plástica apresenta telas e bordados baseados em uma série de entrevistas feitas no segundo semestre de 2012 com usuários e frequentadores do Museu da República. Uma instalação sonora completa a individual, que tem curadoria de Martha Niklaus. Museu da República — Galeria do Lago. Rua do Catete, 153, Catete, ☎ 3235-3693. Terça a sexta, 10h às 12h e 13h às 17h; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. Até 26 de fevereiro. Reabre ao público na terça (8).

✪✪✪ EMMANUEL NASSAR. Cartão-postal de Belém, o mercado do Ver-o-Peso atrai visitantes com o colorido de seus produtos e a lógica insuspeita que se revela em meio à confusão de barcos e barracas. Nascido no Pará, o artista de 63 anos e mais de três décadas de carreira transporta um bocado dos encantos de sua terra natal para as 55 obras da individual Este Norte. No acervo há fotos, desenhos, bandeiras de tecido e pinturas sobre suportes diversos às vezes vários desses elementos em um mesmo trabalho, caso de Popcopiado (2012), reunião de chapa metálica, fotografia e tinta sobre madeira. Composição de imagens, FotoGambiarra, de 2011, escancara em 3,20 metros quadrados algumas aplicações práticas daquele jeitinho que move o país. Fonte de inspiração, o universo popular une-se à história da arte nas criações de Nassar. Essa fusão calculada levou à criação de imagens instigantes como Mãodrian (1995), homenagem ao pintor holandês Piet Mondrian (1872-1944). Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Centro, ☎ 2232-4213 e 2242-1012. Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até 3 de fevereiro.

FERNANDA GOMES. Com obras em importantes coleções — como as do Centro Georges Pompidou, da Tate Modern e do Miami Art Museum –, a carioca exibe seu trabalho, em geral criado a partir do espaço que vai ocupar, na Laura Alvim. O curador Fernando Cocchiarale adianta que a produção da artista recorre com frequência ao uso de objetos descartados. Galeria Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2017. Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até 17 de fevereiro.

✪✪✪ GETÚLIO DAMADO. Personagem conhecido de Santa Teresa, o artesão mineiro trabalha há 27 anos no bairro — na rua, dentro de um inconfundível quiosque amarelo em forma de bondinho. Munido de uma montanha de sucata, cria bonecos, quadros, automóveis, casas e outras obras de arte. Parte desse universo particular, 107 peças foram reunidas na individual SucArte. Restos de celulares, pedaços de madeira, embalagens plásticas, teclados de computador e toda sorte de lixo ganham vida nova pelas mãos de Damado. O primeiro bonde que criou e não vende de jeito nenhum está no acervo exposto, assim como um esfuziante banco colorido com tampinhas de garrafas PET. Ele só deixa a oficina, na Rua Leopoldo Fróes, para garimpar matéria-prima. Suas criações, no entanto, já rodaram o mundo: foram expostas em galerias de Nova York, Londres e Paris e, no ano passado, dividiram espaço com a produção dos irmãos Campana, bambas do design, na Oca, em São Paulo. Parque das Ruínas. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, ☎ 2215-0621. Terça a domingo, 10h às 18h. Grátis. Até dia 27.

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✪✪✪ HENRIQUE OLIVEIRA. Com curadoria de Vanda Klabin, o paulista de 39 anos, há pouco mais de uma década em atividade, apresenta a maior individual de sua carreira. Entre os trabalhos, criados a partir de 2008, são exibidas oito pinturas de cores vibrantes que se assemelham a colagens, a exemplo da acrílica sobre tela Abismo Azul (2010). Completam a mostra cinco esculturas produzidas com lascas de compensado flexível descartado de tapumes de obras urbanas, fixadas com parafusos e pintadas com tinta acrílica, como a monumental Xilempasto 2 (2010). Estas últimas são a parte mais interessante do acervo. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Centro, ☎ 2232-4213 e 2242-1012. Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até 3 de fevereiro.

O IMAGINÁRIO DO REI — VISÕES SOBRE O UNIVERSO DE LUIZ GONZAGA. Depois de passar por Recife, Salvador, Fortaleza, João Pessoa e Brasília, a coletiva traz ao Rio 160 obras de sessenta artistas brasileiros criadas em homenagem a Gonzagão (1912-1989). São esculturas, CDs, fotografias, livros e outros trabalhos, quase todos feitos especialmente para a mostra que celebra o centenário do músico. Estão na lista a sanfona recriada por Silvio Rabelo, um ensaio fotográfico de Gustavo Moura e o filme Viva São João!, de Andrucha Waddington. Curadoria de Bené Fonteles. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474, ? Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. Grátis. Até 24 de fevereiro. https://www.mnba.gov.br.

JOSÉ RUFINO. O artista recria em uma escultura o herói Ulisses, protagonista do clássico grego Odisseia, de Homero. A obra é feita a partir de materiais coletados no Rio, como madeira, pedra, ferro, concreto, conchas e cerâmica. As dimensões são monumentais: 23 metros de largura por 8 de altura. Outras duas obras completam o acervo de Ulysses: a interativa Cadáver Esquisito e Ulysses Memorabilia, que traz desenhos sobre livros antigos de anatomia e mapas da cidade. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 17 de fevereiro.

LEONARDO TEPEDINO. Em Tempovero, o artista uniu suas especialidades, a arquitetura e a escultura, para construir duas obras de grande porte feitas de madeira. Os trabalhos podem sofrer intervenções ao longo da mostra. Escola de Artes Visuais do Parque Lage — Cavalariças. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. 10h às 17h. Grátis. Até 24 de fevereiro. https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

✪✪✪ MARCELO MOSCHETA. Uma viagem de três semanas feita pelo artista plástico ao Ártico, em 2011, serviu como ponto de partida para a individual Norte. Foram selecionados dez trabalhos, oito deles inéditos. Alguns têm sensor de presença que faz luzes se acender, a exemplo de NY Alesund (2012), construído com cinco impressões e colagem de materiais diversos em papel fotográfico, alumínio, laser e acrílico, e Ilha Elephant 24 de Abril de 1916 (2010), que reúne dois projetores de slides. Chama atenção ainda a série Notes From the Cold (2012), com desenhos de grafite sobre PVC, alumínio e acrílico que, no ambiente escuro, parecem brilhar. O barulho do mar é reproduzido na videoinstalação Maré (2009), na qual três monitores mostram ondas e seu som. Curadoria de Daniela Name. Paço Imperial Sala Terreiro do Paço. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 17 de fevereiro. https://www.pacoimperial.com.br.

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✪✪✪ MARIA-CARMEN PERLINGEIRO. Depois de trinta anos sem expor no MAM, a escultora volta com a individual Luz de Pedra, que tem curadoria de Cristina Burlamaqui. Na mostra, apresenta oito obras, compostas de 81 esculturas, produzidas ao longo da última década. São mais de 850 quilos de pedras, entre as quais o alabastro da Toscana, base para grande parte dos trabalhos exibidos caso das translúcidas A Bela e a Fera (2009) e As Horas (2011). Completa ainda o acervo um vídeo sobre o trabalho da artista ao longo dos seus 37 anos de carreira. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 12,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e para todos na quarta, a partir das 15h. Aos domingos, há o ingresso-família: pagam-se R$ 12,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até dia 20. https://www.mamrio.com.br.

NEWTON CAVALCANTI. Gravurista pernambucano, Cavalcanti (1930-2006) ganha retrospectiva com quarenta trabalhos em papel. Personagens folclóricos, a exemplo do Negrinho do Pastoreio, de Iemanjá e do Saci-Pererê, dividem espaço nas obras com temas como Carnaval e futebol na mostra batizada como Newton Cavalcanti — Lendas Rústicas. Museu da Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa, ☎ 3970-1126. Quarta a segunda, 12h às 17h. R$ 2,00 (grátis às quartas). Menores de 12 anos e maiores de 65, professores e grupos escolares não pagam ingresso. Até 17 de fevereiro.

✪✪✪ NUNO RAMOS. O Globo da Morte de Tudo é o nome da mostra e de uma das obras, desenvolvida por Ramos em parceria com Eduardo Climachauska. Trata-se de uma instalação de 200 metros quadrados composta de dois globos da morte, daqueles típicos de circo, em que motoqueiros protagonizam arriscadas manobras. As estruturas estão conectadas a quatro estantes de 6 metros de altura, com onze prateleiras, contendo mais de 1500 objetos (que vão de papel higiênico a bomba de posto de gasolina), divididos em quatro categorias: cerâmica (coisas arcaicas e ancestrais), porcelana (produtos ligados ao luxo), nanquim (itens relacionados à morte) e cerveja (objetos do dia a dia). Quem foi à mostra logo no início viu as prateleiras e os globos arrumados no ambiente. No dia 18 de dezembro, no entanto, dois profissionais de circo fizeram uma performance (não aberta ao público) e, com a trepidação das motos, os objetos se espatifaram. O quebra-quebra estará disponível depois em vídeo na galeria. De Ramos, está ainda exposta uma escultura inédita da série Lâmina, feita de vidro. No 3º andar da galeria, ele mostra também cinco desenhos inéditos da série Schreber, com traços geométricos, feitos com tinta a óleo, folhas de ouro e prata, carvão e tecido sobre papel. R$ 72000,00 a R$ 200000,00. Anita Schwartz Galeria de Arte. Rua José Roberto Macedo Soares, 30, Gávea, ☎ 2274-3873 e 2540-6446. Segunda a sexta, 10h às 20h; sábado, 12h às 18h. Grátis. Até 17 de fevereiro.

OSVALDO CARVALHO. Em Plastic World, o artista carioca expõe doze telas coloridas de produção recente, em pequenos e grandes formatos. R$ 1 200,00 a R$ 16 000,00. CosmoCopa Arte Contemporânea. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping Cidade Copacabana), sala 32, ☎ 2236-4670, ? Siqueira Campos. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até dia 19. https://www.cosmocopa.com.

PATRICIA GOUVÊA. Fundadora e diretora do Ateliê da Imagem, espaço de cursos, seminários e exposições dedicado ao audiovisual, a fotógrafa lança o livro Imagens Posteriores e exibe no endereço dez de seus trabalhos realizados ao longo da última década. Na seleção entraram fotos de ambientes não identificados que se assemelham, em alguns casos, a obras abstratas. Um vídeo com as cinco intervenções urbanas feitas por Patrícia em lugares do Rio, como a Praça da Bandeira, completa o acervo. Curadoria de Claudia Buzzetti. Galeria do Ateliê. Avenida Pasteur, 453 (Ateliê da Imagem Espaço Cultural), Urca, ☎ 2541-3314. Segunda a sexta, 10h às 21h; sábado, 10h às 17h. Grátis. Até 28 de fevereiro. https://www.ateliedaimagem.com.br. Reabre ao público na segunda (7).

VIEIRA DA SILVA AGORA E DIÁLOGOS COM VIEIRA DA SILVA. Em plena II Guerra Mundial, um casal de pintores radicado na França, ele judeu húngaro e ela portuguesa, decidiu mudar de ares quando o país foi invadido por tropas nazistas. Instalados em Santa Teresa, os dois viveram no Rio de 1940 a 1947. Arpad Szenes (1897-1985) expôs no Museu Nacional de Belas-Artes e comandou concorridos cursos, que chegaram a reunir 200 alunos. Entre a saudade da Europa e o contato com colegas brasileiros, Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) também deixou marcas. A obra da pintora e sua influência durante a estada carioca inspiram duas mostras que ocupam o MAM como parte da programação do Ano de Portugal no Brasil. Vieira da Silva Agora traz sessenta trabalhos, entre pinturas e desenhos, datados de 1934 a 1986. O acervo selecionado por Luiz Camillo Osorio, ao lado de Marina Bairrão Ruivo, da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, de Lisboa, evidencia um consistente processo de desconstrução da figuração bem representado pelo supercolorido óleo sobre tela Le Jeu de Cartes (1937). Diálogos com Vieira da Silva, sob curadoria de Osorio e Marta Mestre, exibe 28 criações de 21 artistas pinçadas da coleção de Gilberto Chateubriand, cedida ao MAM em comodato. A lista inclui Guignard, Volpi, Carlos Scliar e Maria Martins, autora da escultura O Impossível (1945). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado e domingo, 12h às 19h. R$ 12,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para menores de 12 anos e para todos na quarta, a partir das 15h. Ingresso-família no domingo: R$ 12,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até 17 de fevereiro. https://www.mamrio.com.br.

✪✪✪✪ WILLIAM KENTRIDGE. Apesar do nome pouco conhecido pelo grande público, o sul-africano é um dos mais consagrados artistas em atividade, com individuais já apresentadas em museus como o Louvre, em Paris, e o MoMA, em Nova York. Sua notoriedade se deve em grande parte a um conjunto de vídeos dez até o momento, produzidos desde 1989 batizado de Drawing for Projection, que é exibido pela primeira vez completo na alentada mostra William Kentridge: Fortuna. A técnica é meticulosa: quadro por quadro, ele vai filmando sutis alterações feitas em um desenho. Vinte e três deles estão no acervo, que inclui outros dezessete vídeos, além de esculturas e gravuras. Entre essas últimas, chamam atenção três criações da série Manual de Geometria, que o visitante pode observar por meio de um visor especial que empresta um efeito tridimensional às imagens. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas de terça a sexta, às 17h. Até 17 de fevereiro. https://www.ims.com.br.

ZANINI DE ZANINE. O designer carioca de 34 anos, que já expôs seu trabalho na ArtRio e participou de bienais em países como Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Estados Unidos, exibe suas criações na individual Zanini — 10 Anos. Mobiliário de madeira de demolição e materiais mais inusitados, a exemplo de placas de moedas e pranchas de skate coloridas, compõem a coleção. Além do trabalho como designer, Zanini expõe serigrafias e um múltiplo feito em parceria com Walton Hoffmann, um dos curadores da mostra, ao lado de Sergio Zobaran. Preços sob consulta. MEMO. Rua do Lavradio, 130, Lapa, ☎ 2508-6083. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 15h. Grátis. Até dia 25.

FOTOGRAFIA

✪✪✪ AUGUSTO MALTA — SUBVERSÕES POÉTICAS. Os fotógrafos Ana Dalloz, Camila Marchon, Guillermo Giansanti, Juliana Borzino, Leo Lima, Marcelo Carrera, Marrytsa Mello e Paula Monte foram convidados pelo curador Edu Monteiro a reinterpretar imagens de Copacabana clicadas por Augusto Malta (1864-1957) no início do século XX. São 35 obras expostas na galeria do Espaço Sesc. Paula Monte, por exemplo, exibe fotografias acompanhadas de um áudio com depoimentos de moradores do bairro e sons ouvidos nas ruas. Espaço Sesc — Galeria. Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. Terça a domingo, 14h às 18h. Grátis. Até 3 de fevereiro.

EVANDRO TEIXEIRA. O tarimbado fotojornalista apresenta dezesseis obras em preto e branco, algumas inéditas, na individual Tempos de Chumbo, Tempo de Bossa — Os Anos 60 pelas Lentes de Evandro Teixeira. Leila Diniz está entre os personagens da época retratados. Em vídeo, o autor mostra cerca de 100 imagens registradas nos primeiros momentos da ditadura militar. R$ 6000,00 a R$ 8000,00. Galeria Tempo. Avenida Atlântica, 1782, loja E, Copacabana, ☎ 2255-4586. Terça a sábado, 11h às 19h. Grátis. Até 9 de fevereiro. Reabre ao público na terça (8).

✪✪✪ FLÁVIO DAMM. Aos 19 anos, em 1947, o fotógrafo gaúcho se notabilizou ao retratar Getúlio Vargas recolhido em sua fazenda, na cidade de São Borja. Entre muitos outros cliques históricos, Damm, que trabalhou por mais de dez anos na revista O Cruzeiro, costumava passar o tempo… fotografando. Esse rico material das horas vagas está reunido na mostra Flávio Damm Passageiro do Preto & Branco Fotografias 1946-2012. Montada sob curadoria do designer Felipe Taborda, a individual reúne 85 obras. Sempre em preto e branco, ele fixou em negativos de 35 milímetros o que o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004), seu ídolo assumido, chamava de ?momento decisivo?, aquele que não se repetirá. Sob luz ambiente, em andanças pelo Brasil e 74 viagens ao exterior, foram feitas imagens singelas como a de crianças observando um pavão em Lisboa (2009). Pessoas e cenas do cotidiano dominam a seleção, pinçada de uma coleção de mais de 60000 negativos, que inclui ainda sua primeira fotografia, de 1922, retrato de um vaqueiro no Rio Grande do Sul. Estão expostas também câmeras e credenciais, como a do carnaval de 1974 e a da 1ª Bienal do MAM de São Paulo. Caixa Cultural — Galeria 2. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até dia 27. https://www.caixacultural.com.br. Reabre ao público na terça (8).

✪✪✪ HUGO DENIZART. Fotógrafo, psicanalista, documentarista e escritor, Denizart apresenta 38 painéis em Estado de Concentração A Violência Muda. Os trabalhos exibem fotos de composições feitas com bonecos usados em alegorias de escolas de samba guardados na área do Cais do Porto. Abstratas, as imagens fixadas em paredes pretas no MAM têm algo de soturno, como se as figuras retratadas fossem corpos humanos. Completa a mostra um vídeo com imagens dos bonecos no galpão. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 12,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 6,00. Grátis para amigos do MAM, menores de 12 anos e para todos na quarta, a partir das 15h. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 12,00 por grupo de até cinco pessoas. Estac. (R$ 5,00 para visitantes do museu). Até 20 de janeiro. https://www.mamrio.com.br.

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