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Exposições

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h41 - Publicado em 9 mar 2012, 20h36

ESTREIAS

PRÊMIO MARCANTONIO VILAÇA. Criado pelo sistema CNI-Sesi em 2004, o prêmio é voltado para artistas em ascensão. Na edição 2011-2012, o pernambucano Jonathas de Andrade, a mineira Laura Belém, o maranhense Marcone Moreira e os paulistas André Komatsu e Paulo Nenflidio ganharam, cada um, uma bolsa de R$ 30?000,00 e lugar na coletiva que reúne os vencedores ? o processo de seleção começou com 580 projetos inscritos. A exposição compreende diferentes técnicas e linguagens, passando por esculturas, obras sonoras, instalações, objetos, vídeos e desenhos. Casa França-Brasil. Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro, ☎ 2332-5120. → Terça a domingo, 10h às 20h. Grátis. Até 29 de abril. A partir de quarta (14). https://www.fcfb.rj.gov.br.

STELLA DA POIAN. A convite do crítico de arte Paulo Sergio Duarte, responsável pela curadoria da mostra, a artista gaúcha apresenta, em … e quem te escuta é o silêncio, quinze trabalhos a óleo. Sua técnica é curiosa: uma primeira tela é recortada em vários pedaços, que são aplicados em colagens a outra tela, antes de uma nova sessão de pintura. R$ 600,00 a R$ 4?000,00. Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida (Candido Mendes). Rua Joana Angélica, 63, Ipanema, ☎ 2523-4141 (ramal 206). Segunda a sexta, 14h às 20h; sábado, 16h às 20h. Grátis. Até 19 de abril. A partir de segunda (12).

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪ DIÁLOGOS – FAYGA OSTROWER E ALEX GAMA. Polonesa radicada no Brasil, Fayga Ostrower (1920-2001) se dedicou principalmente à gravura. Já o fluminense Alex Gama é especialista em xilogravura. Uma espécie de conversa silenciosa entre ambos é proposta na mostra, que tem como curadores o próprio Gama e Noni Ostrower, filha de Fayga. A posição dos trabalhos foi pensada de modo a ressaltar eventuais semelhanças no estilo de cada um. De Fayga, são 56 obras, entre elas uma série de desenhos. Há também dez belas padronagens em tecido que a autora desenvolveu para decoração. De Gama foram escolhidas trinta xilogravuras e nove matrizes. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. → Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (18). https://www.correios.com.br.

UNIVERSO FEMININO. A condição da mulher é abordada nas formas de produção estética presentes na coletiva de vinte trabalhos criados pela artista plástica Nelly Gutmacher e suas ex-alunas Ana Sarabanda e Marilene Tapias. Cada integrante do trio explora um suporte. Nelly apresenta fotomontagens digitalizadas, a exemplo de Espelho I, em que faz colagens com tecidos e papéis, recorta, remonta, fotografa e manipula a imagem final no computador. Marilene exibe mandalas em técnica mista, obtidas através do uso de colagem, tinta acrílica, pigmentos e materiais variados. Ana mostra monotipias sobre antigos tecidos, provenientes de vestidos que pertenceram à sua família e receberam bordados após a aplicação das camadas de tinta. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. → Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (18). https://www.correios.com.br.

✪✪✪ VIVENDO NO VERMELHO. O vermelho é o elemento comum a todos os trabalhos selecionados ? sessenta obras de dezenove criadores de nove países. De Anish Kapoor é exibida uma rara litografia. Até hoje, o artista indiano, naturalizado inglês, famoso pelas esculturas de grandes dimensões, só incursionou pelas artes gráficas em duas séries. Vik Muniz comparece com a cativante foto Lengiz! After Ródtchenko ? Gordian Puzzle, uma composição com peças de quebra-cabeça que homenageia o fotógrafo e artista gráfico russo Aleksandr Ródtchenko. A partir de R$ 2?500,00. Graphos: Brasil. Rua Siqueira Campos, 143, 2º piso, Copacabana, ☎ 2256-3268, ? Siqueira Campos. Segunda a sexta, 11h às 19h; sábado, 11h às 18h. Grátis. Até sábado (17).

EM CARTAZ

✪✪✪ ÁGUA RIO DE JANEIRO. Vista por mais de 200?000 visitantes na Oca, em São Paulo, a mostra sobre o universo da água é exibida em versão reduzida no Rio, dividida em quatro módulos. No primeiro, Desaguar, são apresentadas obras do inglês William Pye, além dos brasileiros Rejane Cantoni, Raquel Kogan e Leonardo Crescenti. No último módulo, Infiltração, o visitante assiste à simulação de uma enchente, acompanhada de dentro de um casebre cenográfico. Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 20,00 (seg. a sáb.); R$ 14,00 (dom.). Grátis para menores de 5 anos, pessoas com mais de 65 e no segundo domingo do mês. A bilheteria fecha meia hora antes. Até dia 22. https://www.museuhistoriconacional.com.br.

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✪✪✪ AMEDEO MODIGLIANI. Mostra sobre o mais importante artista italiano do início do século XX: Amedeo Modigliani (1884-1920). Em sua curta carreira, ele produziu 320 pinturas e 27 esculturas. Com curadoria de Christian Parisot, presidente do Instituto Modigliani, responsável pela catalogação e certificação das obras, o acervo de 230 itens reúne dez pinturas de diferentes fases, mais cinco esculturas e sessenta desenhos originais. Também são exibidos 24 trabalhos assinados por amigos com quem Modigliani conviveu em Paris, a exemplo de uma gravura de Pablo Picasso e uma pintura do japonês Léonard Foujita, além de fotografias e correspondência. Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 2219-8474, ? Cinelândia. Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. R$ 8,00. Grátis aos domingos. Até 15 de abril. https://www.mnba.gov.br.

ANTES DA DESPEDIDA. Obras de treze artistas de diversas gerações ilustram o livro Antes da Despedida, o primeiro de poesias do músico e filósofo José Luiz Rinaldi. Feitos em técnicas variadas, principalmente fotografia e desenho, os trabalhos estão expostos na mostra de mesmo nome. Entre as peças há a fotografia Meio Cheio Meio Vazio, de Felipe Barbosa, feita para o livro, e o desenho em nanquim Ao Vencedor, as Pipocas, de Milton Machado, criação dos anos 70. R$ 800,00 a R$ 10?000,00. CosmoCopa Arte Contemporânea. Rua Siqueira Campos, 143, sala 32, ☎ 2236-4670, ? Siqueira Campos. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até dia 27. https://www.cosmocopa.com.

✪✪✪✪ ANTICORPOS – FERNANDO E HUMBERTO CAMPANA – 1989-2009. Reconhecidos internacionalmente por seus trabalhos que fundem design e arte, os irmãos Humberto e Fernando Campana apresentam uma ampla retrospectiva, com 200 obras feitas entre 1989 e 2009. A seleção das peças é de Mathias Schwarz-Clauss, também curador do Vitra Design Museum, na Alemanha, onde o acervo foi exposto entre setembro de 2009 e fevereiro de 2010. São exibidos objetos de diversas coleções, entre sofás, poltronas, cadeiras, bancos, vasos, luminárias, biombos, mesas e até vestidos de diversos materiais, usados de maneira invariavelmente curiosa. Está lá, entre outros móveis, a cadeira Vermelha, a criação mais emblemática dos Campana. Produzida pela fábrica italiana Edra, é construída com 300 metros de corda vermelha enrolados sobre estrutura de aço inox. Há também obras feitas especialmente para Anticorpos, a exemplo de uma série de vinte colagens em papel. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até 6 de maio.

✪✪✪ ARTE DE SENTAR COM ARTE. Em cartaz com uma alentada retrospectiva no CCBB, os irmãos Fernando e Humberto Campana apresentam aqui onze cadeiras em edições limitadas. Com curadoria de Waldick Jatobá, a exposição poderia se tornar redundante, mas reserva boas supresas, a exemplo de uma cadeira feita com jacarés de couro, ausente na outra mostra. Chamam atenção uma versão preta da famosa cadeira Vermelha, feita com 300 metros de corda, e um protótipo da famosa poltrona Favela ? a original está no CCBB. Preços sob consulta. Luciana Caravello Arte Contemporânea. Rua Barão de Jaguaripe, 387, Ipanema, ☎ 2523-4696. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 14h. Grátis. Até dia 31. https://www.lucianacaravello.com.br.

BRUNO VILELA. Natural do Recife, o artista apresenta quatro telas da série Ouroborus, que dá nome à exposição ? a palavra se refere ao conhecido símbolo que mostra uma cobra (às vezes, um dragão) devorando a própria cauda. São óleos de grandes dimensões, alguns com 3,5 metros de altura, como o quadro sem título que exibe um barco à deriva. Completam o acervo cinco criações em técnica mista, de desenho e colagem. Bastante coloridas, elas foram feitas com materiais inusitados, a exemplo de um rótulo de cachaça e uma embalagem de papel de seda. R$ 6?500,00 a R$ 26?000,00. Galeria Laura Marsiaj. Rua Teixeira de Melo, 31 C, Ipanema, ☎ 2513-2074. Terça a sexta, 10h às 19h; sábado, 11h às 16h. Grátis. Até 28 de abril.

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CHAPLIN E SUA IMAGEM. Um passeio por vida e obra do inglês Charles Chaplin (1889-1977), o maior nome da era muda do cinema. O curador é o francês Sam Stourdzé, especialista em fotografia e atual diretor do Musée de l?Elysée, em Lausanne, na Suíça ? e, não por acaso, também curador da mostra sobre o diretor italiano Federico Fellini (1920-1993) em cartaz no Instituto Moreira Salles. Foram selecionadas mais de 200 fotos de cenas de suas produções. Chaplin aparece encarnando o inesquecível papel do adorável vagabundo em imagens como a feita durante a realização do curta Carlitos Patinador (1916). Ao lado de outros momentos de bastidores, é flagrado atrás das câmeras no set de filmagem de Tempos Modernos (1936). Além de trechos de seus filmes, são exibidos vídeos documentais, como um registro em cores do astro já grisalho, cercado por seus filhos. Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. Rua Luís de Camões, 68, Centro, ☎ 2232-4213 e 2242-1012. Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até 29 de abril.

✪✪✪ ENTRE TRÓPICOS – 46º05?: CUBA/ BRASIL. Pares formados por uma obra de cada país são exibidos para definir afinidades e contrastes entre 22 artistas, metade de Cuba, metade do Brasil. Além de apontar caminhos da cena contemporânea, a mostra revela outro traço comum às duas seleções nacionais: a irreverência. Esse é o efeito da aproximação de Mapa da Série Assim É Se Lhe Parece, quadro do paulista Nelson Leirner, com Vermelho sobre Negro ? Suprematismo Genético ? 1960/2011, instalação de Fernando Rodríguez e Francisco de la Cal feita de doze bonecos de touro vermelhos montados em vacas pretas. Caixa Cultural ? Espaço Livraria. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 2544-7666, ? Carioca. → Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até dia 25. https://www.caixacultural.com.br.

FERNANDA GOMES. De volta ao Rio, após expor no México, a artista celebra vinte anos de carreira com sua maior individual no país. Integram a ocupação prosaicos objetos de madeira, vidro, papelão e utensílios domésticos, além de móveis comuns como um sofá, uma mesa de cozinha e um banco de ferro. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 8,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 4,00. Grátis para amigos do MAM e menores de 12 anos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 8,00 por grupo. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Até 22 de abril. https://www.mamrio.com.br.

GENTE. Ao escolher os trabalhos para a primeira atração do ano no Museu da Chácara do Céu, a curadora Anna Paola Baptista buscou representações de figuras humanas na rica coleção deixada pelo industrial Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968). A lista de artistas inclui Pablo Picasso, com a gravura de uma mulher em preto e branco, e Candido Portinari, com um desenho da série dedicada a Dom Quixote. No total de 160 criações de 100 autores estão ainda um torso grego do século V a.C. e pinturas da impressionista francesa Berthe Morisot, além de exemplares da arte popular de Mestre Vitalino. Museu da Chácara do Céu. Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa, ☎ 3970-1126. Quarta a domingo, 12h às 17h. R$ 2,00 (grátis às quartas). Menores de 12 anos e maiores de 65, professores e grupos escolares não pagam ingresso. Até 30 de julho.

GESTO AMPLIFICADO. Sob curadoria de Alê Souto, também entre os expositores, a mostra reúne dez artistas contemporâneos do Brasil, do México e da Argentina. Os visitantes podem conferir uma variada gama de obras, que passam por técnica mista, fotografia, desenho, vídeo, pintura e até uma instalação criada pelo portenho Pablo Rosales. Caixa Cultural ? Galeria 1. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 2544-4080, ? Carioca. → Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 22 de abril. https://www.caixacultural.com.br.

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✪✪✪ HIGH TECH/LOW TECH – FORMAS DE PRODUÇÃO. Diretor do Instituto Goethe, Alfons Hug incumbiu-se da seleção de trabalhos de vinte artistas e coletivos do Brasil e de outros doze países ? Alemanha, Canadá, China, Colômbia, Curaçao, Estados Unidos, Índia, Nigéria, Suíça, Taiwan, Turquia e Vietnã. No acervo estão representações de objetos primitivos e sofisticadas invenções que, contrastadas, sugerem reflexões sobre avanços e retrocessos proporcionados pela tecnologia. Ilustra bem esse conceito o vídeo In Comparison, em que o alemão Harun Farocki estabelece paralelos entre a fabricação de tijolos na África e na Índia, por nativos, e o mesmo trabalho feito por robôs em indústrias da Suí­ça, da Áustria e da França. Entre os seis brasileiros selecionados, Mariana Manhães é autora da instalação Dentre (Lâmpadas). Oi Futuro Flamengo. Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ? Largo do Machado. → Terça a domingo, 11h às 20h. Grátis. Até 1º de abril. https://www.oifuturo.org.br.

JAPÃO: UM ANO DEPOIS DO TERREMOTO. Após o pior terremoto da história do Japão, que atingiu 8,9 graus na escala Richter e matou milhares de pessoas, a tragédia é relembrada em cerca de 100 painéis fotográficos cedidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país. As imagens mostram como ficaram as cidades devastadas, mas também detalhes da reconstrução. Arquitetura, culinária, artesanato e paisagens da região de Tohoku, diretamente atingida pelo cataclismo, também são retratadas. Completa a visita uma programação de filmes japoneses, exibida com entrada franca. Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. R$ 6,00. Grátis aos domingos e para menores de 5 anos e maiores de 65. A bilheteria fecha meia hora antes. Até 13 de maio. https://www.museuhistoriconacional.com.br.

✪✪✪✪ JOÃO MODÉ. Para o Silêncio das Plantas, mostra do artista fluminense, começa na entrada do Parque Lage. Ali, o visitante encontra um trecho de corda parcialmente dividido ao meio e cada parte atada no alto de uma palmeira. Mais adiante, a mesma corda, ainda inteira, atravessa as portas de entrada e dos fundos das Cavalariças do Parque Lage e vai dar na floresta atrás do imóvel, onde o outro extremo é amarrado a uma árvore fora do alcance de visão. No interior da mata há duas passarelas de madeira por onde o visitante caminha e ouve, por meio de alto-falantes, músicas e sonoridades variadas, de composições clássicas e populares a gravações de rituais indígenas, música eletrônica e sons de animais. No interior do espaço expositivo, há um desenho na parede, que Modé vem criando ao longo da mostra ? com sorte, dá para vê-lo ali, em ação. Escola de Artes Visuais do Parque Lage ? Cavalariças. Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, ☎ 3257-1800. Segunda a quinta, 12h às 20h; sexta a domingo e feriados, 9h às 17h. Grátis. Até 1º de abril. https://www.eavparquelage.rj.gov.br.

JOSÉ RUFINO. O artista paraibano inaugura a temporada 2012-2013 da Sala A Contemporânea, dedicada à arte brasileira emergente. Ele ocupa o espaço com a instalação Divortium Aquarum, expressão em latim que designa o limite entre águas ? a linha imaginária entre duas bacias fluviais, por exemplo. A obra conta com uma figura de resina reproduzindo a imagem de Rufino, tendo à sua frente uma série de barcos. Do lado oposto, uma estante guarda 100 garrafões de vidro com água dos rios que desembocam na Baía de Guanabara. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até 22 de abril.

LAERCIO RE­DON­DO. Pintor, escultor, arquiteto e mosaicista, Athos Bulcão (1918-2008), que colaborou com Oscar Niemeyer na construção da capital federal, inspira a mostra Lembrança de Brasília. São exibidas nove serigrafias sobre compensado de madeira, além de dois vídeos e uma pintura na parede. No vídeo Retoque, Redondo propõe a leitura de uma obra de Bulcão como partitura musical. Na pintura Restauro, ele utiliza pó de carvão nas paredes da galeria, numa referência ao processo pelo qual eram feitos os azulejos portugueses. R$ 8?000,00 a R$ 28?000,000. Galeria Silvia Cintra + Box 4. Rua das Acácias, 104, Gávea, ☎ 2521-0426. → Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 12h às 19h. Grátis. Até 5 de abril. https://www.silviacintra.com.br.

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MODERNISMOS – 90 ANOS DE 1922. Reunido com curadoria de Daniela Name e Marcus de Lontra Costa, o acervo presta homenagem às nove décadas da realização da Semana de 22, marco do modernismo no Brasil. Obras de artistas diretamente ligados ao evento, como Anita Malfatti e Di Cavalcanti, se juntam a trabalhos de outros modernistas, a exemplo de Tarsila do Amaral, Ismael Nery, Lasar Segall e Victor Brecheret. As transformações sofridas pela cidade do Rio na época são apresentadas por meio de reproduções fotográficas. Há ainda uma sala especial dedicada a Mário de Andrade, com as fotografias feitas pelo escritor em sua viagem ao norte do país e o longa Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade. Caixa Cultural ? Galerias 2 e 3. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 2544-4080, ? Carioca. → Terça a sábado, 10h às 22h; domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 29 de abril. https://www.caixacultural.com.br.

✪✪✪ NAN GOLDIN. Nas ousadas imagens de Heartbeat, a fotógrafa americana faz antropologia entre amigos e personagens do submundo. Crianças nuas, razão da polêmica levantada antes mesmo da abertura, aparecem em dois dos três slideshows exibidos, mas em situações prosaicas. Há mais provocação nos momentos afetivos dos cinco casais de Pulsação: eles passam do carinho ao sexo em narrativa embelezada pela música do inglês John Tavener, interpretada pela cantora Björk e pelo conjunto de cordas Brodsky Quartet. Balada da Dependência Sexual, a mais famosa produção da artista, embaralha fotos de festas, túmulos, consumo de drogas e pessoas machucadas, entre outras. Curiosamente, os retratos de drag queens em O Outro Lado são menos explícitos. Uma seleção mais leve completa a visita: são as quinze impressões da bela série Paisagens. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 8,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 4,00. Grátis para amigos do MAM e menores de 12 anos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 8,00 por grupo. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Até 8 de abril. https://www.mamrio.com.br.

PAULO PAES. Em Pneumática, o artista paraense radicado no Rio exibe o resultado de uma pesquisa sobre balões de papel, feita a partir do contato com essa prática nas zonas Norte e Oeste da cidade. São expostos nove esculturas de papel de seda, a menor com quase 3 metros e a maior com mais de 4 metros de altura, infladas por ventoinhas, além de um painel feito com o mesmo material. Palácio Gustavo Capanema ? Mezanino. Rua da Imprensa, 16, Centro, ☎ 2279-8089, ? Cinelândia. Segunda a sexta, 9h às 18h. Grátis. Até 4 de maio.

PEDRO VARELA. Fluminense de Niterói, 30 anos, Varela desenvolve desde 2005 a série Paisagens Flutuantes. Empregando materiais diversos, como canetas esferográficas, adesivos de vinil e papel, ele constrói imagens de cidades com formas lúdicas e coloridas. Em Tropical, apresenta três óleos sobre tela de grandes formatos, pintados com variadas tonalidades de tinta azul. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, ☎ 2240-4944. → Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 19h. R$ 8,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 4,00. Grátis para amigos do MAM e menores de 12 anos. Aos domingos vigora o ingresso-família: pagam-se R$ 8,00 por grupo. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Até 22 de abril. https://www.mamrio.com.br.

✪✪✪ TARSILA DO AMARAL. Relíquia de família, um diário de viagens inspira a individual, a primeira dedicada à artista paulista realizada no Rio desde 1969. No caderno, Tarsila do Amaral (1886-1973) guardou ingressos, cartões, fotos e outros registros das muitas andanças que fez nos anos 20, quase sempre ao lado do modernista Oswald de Andrade (1890-1954), com quem foi casada. Impressões colhidas mundo afora (França, Grécia, Egito e Síria foram alguns dos seus destinos) refletem-se no acervo. Foram reunidas 72 obras, além de objetos pessoais, entre os quais o diário. Na lista das telas, a nata da coleção, estão Chapéu Azul (1922), criação do início de carreira, e Antropofagia (1929), marco de sua fase mais importante, além das pouco conhecidas O Lago (1928) e Crianças (Orfanato), de 1935. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até 29 de abril.

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TUTTO FELLINI. O diretor italiano Federico Fellini (1920-1993) é o objeto desta grande exposição, que conta com curadoria do francês Sam Stourdzé ? o mesmo da mostra sobre Charles Chaplin (1889-1977), no Centro de Arte Hélio Oiticica. Quatrocentos itens, incluindo cartazes de longas e fotografias, estão expostos. Do trabalho para a realização de um dos seus muitos clássicos, A Doce Vida (1960), há retratos do cineasta tirando um cochilo e ensaiando na praia, ao lado do ator Marcello Mastroianni (1924-1996). O visitante também pode ver caricaturas feitas pelo homenageado para jornais satíricos no fim dos anos 30. Completa o programa uma mostra de filmes. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, ☎ 3284-7400. → Terça a sexta, 13h às 20h; sábado, domingo e feriados, 11h às 20h. Grátis. Estac. grátis. Visitas guiadas terça a sexta, às 17h. Até 17 de junho. https://www.ims.com.br.

FOTOGRAFIA

✪✪ IRINA IONESCO. A fotógrafa francesa de origem romena expõe dezenove imagens de mulheres, em preto e branco, em Invenções do Feminino. Em meio a véus, plumas, sedas, bordados, arranjos florais e maquiagens carregadas, as personagens evocam ao mesmo tempo sensua­lidade e morbidez, como se vê nas fotografias Litanies pour une Amante Funèbre, de 1970, e Icône Byzantine, de 1978. A controversa série que ela fez da filha, Eva, dos 4 aos 12 anos, está representada por dois trabalhos. O impacto das belas obras, porém, é diluído por conta da montagem da exposição. Oito das imagens foram colocadas em duas salas onde, na verdade, acontecem aulas. A ausência dos nomes das obras, bem como dos anos em que foram clicadas, também pesa contra. Casa do Saber. Avenida Epitácio Pessoa, 1164, Lagoa, ☎ 2227-2237. Segunda a sexta, 11h às 20h. Grátis. Até 31 de maio. https://www.casadosaber.com.br.

ROBERT DOISNEAU. Nascido em Gentilly, cidade ao sul de Paris, Robert Doisneau (1912-1994) viveu nos subúrbios e, acompanhando o crescimento da capital, imortalizou cenários e personagens em fotos. A mostra Simplesmente Doisneau celebra o centenário deste grande nome da fotografia. Uma de suas imagens mais famosas, O Beijo do Hotel de Ville (1950), está entre as 152 obras exibidas. Outra criação inesquecível, além do célebre retrato do casal de namorados se beijando em frente à prefeitura parisiense, é Os Pães de Picasso, que mostra o pintor sentado à mesa com pães estrategicamente posicionados como se fossem seus dedos. Centro Cultural Justiça Federal. Avenida Rio Branco, 241, ☎ 3261-2550, ? Cinelândia. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 17 de junho.

✪✪✪ SEBASTIÃO BARBOSA. Leia em Veja Rio Recomenda. Oi Futuro Ipanema. Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, ☎ 3201-3000, ? General Osório. Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até dia 25. https://www.oifuturo.org.br.

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