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Cinema

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h47 - Publicado em 18 jan 2012, 21h00

PRÉ-ESTREIAS

✪✪✪ AS AVENTURAS DE TINTIM, de Steven Spielberg (The Adventures of Tintim, EUA/Nova Zelândia, 2011). Tintim é um personagem dos quadrinhos criado pelo belga Hergé (1907-1983) no fim da década de 20, muito mais famoso na Europa do que nos Estados Unidos. Por isso, Spielberg só foi conhecê-lo já adulto e, agora, numa parceria com o diretor neozelandês Peter Jackson (O Senhor dos Anéis), adaptou algumas histórias do protagonista para esta animação. O processo de filmagem foi o mesmo usado em fitas como Os Fantasmas de Scrooge. A performance capture, ou “captura de atuação”, grava as cenas com os atores e, em seguida, os animadores fazem seu trabalho. Com resultado técnico fabuloso, o desenho tira um pouco da fantasia do original para investir numa trama agitada, não à toa nos moldes da cinessérie Indiana Jones. Dotado de um senso investigativo, o rapazinho Tintim (Jamie Bell) trabalha como repórter e, ao comprar a réplica em miniatura de um antigo galeão, passa a ser perseguido por um misterioso sujeito também interessado na relíquia. A partir daí começa a aventura do protagonista, que, ao lado do esperto caõzinho Milu, embarca num navio rumo ao Marrocos, onde conhece o beberrão capitão Haddock (Andy Serkis). Embora o ritmo caia em alguns momentos, Spielberg imprime sua marca de ação, sobretudo em dois momentos: na sequência dentro de um avião e na espetacular fuga de Tintim num vilarejo marroquino (107min). Dublado, 3D: Bay Market 3, Box Cinemas São Gonçalo 1, Cine 10 Sulacap 1, Cinespaço Boulevard 3, Cinemark Botafogo 3, Cinemark Plaza Shopping 7, Cinépolis Lagoon 4, Cinesystem Bangu 2, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 5, Iguaçu Top 1, Iguatemi 1, Kinoplex Grande Rio 5, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 4, Kinoplex West Shopping 2, Rio Sul 2, Roxy 3, São Luiz 4, Unibanco Arteplex 4, UCI New York City Center 4, UCI Kinoplex NorteShopping 3, Via Parque 5. Legendado, 3D: Cinemark Downtown 10, Cinesystem Ilha Plaza 4.

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN, de Lynne Ramsay (We Need to Talk About Kevin, EUA/Inglaterra, 2011). Já separada do marido, Eva (papel de Tilda Swinton, indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz) tenta recomeçar a vida com um novo emprego e evitando contato com as pessoas. O motivo é sua relação conturbada com Kevin (Ezra Miller), seu primogênito, e o ato de barbaridade cometido por ele. O drama foi baseado no elogiado livro homônimo da americana Lionel Shriver. Com John C. Reilly (110min). Cinemark Botafogo 4, Cinemark Downtown 11.

ESTREIAS

✪✪ O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS, de Tomas Alfredson (Tinker Tailor Soldier Spy, França/Inglaterra/Alemanha, 2011). Suspense de espionagem. O diretor sueco de Deixa Ela Entrar comanda uma adaptação gélida e por vezes sonolenta do best-seller de John le Carré. Na trama, ambientada em 1973, o agente George Smiley (Gary Oldman) é designado para uma tarefa árdua: descobrir, entre seus colegas do Serviço de Inteligência Secreto, quem seria um espião a serviço dos soviéticos. Embora valha pelo empenho do soberbo elenco inglês, que ainda inclui o vencedor do Oscar Colin Firth (O Discurso do Rei), John Hurt, Mark Strong, Toby Jones e Tom Hardy, a complexa narrativa exige atenção redobrada da plateia (127min). 14 anos. Estreou em 13/1/2012. Cinemark Downtown 5, Cinépolis Lagoon 2, Estação Sesc Botafogo 1, Estação Vivo Gávea 2, Kinoplex Fashion Mall 4, UCI New York City Center 10.

✪✪ A HORA DA ESCURIDÃO, de Chris Gorak (The Darkest Hour, EUA/Rússia, 2011). Diretor do revigorante filme de ação O Procurado, o russo Timur Bekmambetov anda promovendo parcerias com Hollywood como produtor. Uma delas é esta aventura de terror, toda ambientada em Moscou ? daí seu diferencial e sua maior atração. Há ainda eficiência no suspense e bons efeitos visuais em uma trama americanizada e, pior, recheada de clichês. O elenco também não ajuda. Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem) e Max Minghella (Tudo pelo Poder) são amigos e sócios numa empresa especializada em criar sites nos Estados Unidos. Ao chegarem à capital russa para uma reunião de negócios, descobrem que foram passados para trás por um rival sueco (Joel Kinnaman). A dupla, contudo, decide se esbaldar na noite, quando conhece duas conterrâneas (papéis de Olivia Thirlby e Rachael Taylor, ambas constrangedoras como atrizes). O pior vem a seguir: do céu caem fachos de energia alienígena que, num piscar de olhos, transformam as pessoas em cinzas. Os protagonistas conseguem se trancar na despensa de um bar e, dias depois, encontram uma cidade vazia, na linha desoladora de Eu Sou a Lenda, com o qual este longa-metragem guarda parentesco (89min). 12 anos. Estreou em 13/1/2012. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 4, Cine 10 Sulacap 5, Cinespaço Boulevard 4, Cinemark Carioca Shopping 1, UCI Kinoplex NorteShopping 9. Dublado, 3D: Cinemark Downtown 10 e 12, Cinesystem Bangu 1, Cinesystem Via Brasil 4, UCI New York City Center 1. Legendado, 3D: Cinépolis Lagoon 6, Cinesystem Bangu 1, UCI New York City Center 12.

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✪✪ SHERLOCK HOLMES ? O JOGO DE SOMBRAS, de Guy Ritchie (Sherlock Holmes: a Game of Shadows, EUA, 2011). Dois anos atrás, o diretor Guy Ritchie havia quase acertado a mão ao resgatar o detetive do escritor Arthur Conan Doyle (1859-1930) numa fita acelerada e com roupagem de ação, sem esquecer os mistérios, trunfos das histórias originais. Nesta segunda aventura, o ex-marido de Madonna regride ao dar ritmo alucinante a uma traminha sem consistência. Mais parece um genérico de uma fita de super-heróis, só que ambientada no fim do século XIX ? direção de arte, figurinos e cenários digitais são de tirar o chapéu. Em 1891, uma série de mortes e atentados, como uma explosão a bomba em Viena, intriga Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.). Ele quer investigar o caso, mas seu fiel amigo e parceiro, Dr. Watson (Jude Law), vai se casar. Holmes, porém, consegue raptar Watson na lua de mel e parte para cima do suspeito, o professor James Moriarty (Jared Harris). Estrela do primeiro filme, Rachel McAdams faz uma ponta e deixa o posto para a sueca Noomi Rapace, melhor aproveitada na versão original de Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Com Stephen Fry (129min). 14 anos. Estreou em 13/1/2012. Dublado: Bay Market 2, Box Cinemas São Gonçalo 5, Cine 10 Sulacap 2, Cinespaço Boulevard 5, Cinemark Carioca Shopping 8, Cinemark Plaza Shopping 2 e 3, Cinesystem Bangu 4, Cinesystem Via Brasil 6, Iguatemi 4, Kinoplex Grande Rio 6, Kinoplex Nova América 6, Kinoplex West Shopping 1, UCI New York City Center 16 e 18, UCI Kinoplex NorteShopping 5, Via Parque 3. Legendado: Cine Bauhaus 2, Cinemark Botafogo 5, Cinemark Downtown 4 e 8, Cinépolis Lagoon 1, Cinesystem Ilha Plaza 2, Cinesystem Recreio 1, Cinesystem Via Brasil 6, Espaço Rio Design Barra Vip, Estação Vivo Gávea 4, Kinoplex Fashion Mall 2, Kinoplex Nova América 4 e 6, Kinoplex Tijuca 3 e 6, Leblon 1, Rio Sul 1, Roxy 1, São Luiz 3, Unibanco Arteplex 6, UCI New York City Center 3, 8 e 17, UCI Kinoplex NorteShopping 2, Via Parque 1.

EM CARTAZ

✪ ADEUS, PRIMEIRO AMOR, de Mia Hansen-Love (Un Amour de Jeunesse, França/Alemanha, 2011). Embora a diretora seja badalada na França, seu insosso drama romântico é quase de cair no sono. A trama mostra o romance entre os jovens Camille (Lola Créton) e Sullivan (Sebastian Urzendowsky). Apaixonados, eles não se desgrudam, mas têm opiniões contrárias a respeito do relacionamento. Camille quer compromisso e Sullivan está de viagem marcada para uma temporada de um ano na América do Sul. Já separada de Sullivan, Camille conhece um professor mais velho (papel do ator norueguês Magne-Havard Brekke), com quem dá início a uma relação conjugal. Anos depois, seu primeiro amor reaparece. A realizadora pretende seguir a linha do cinema de Eric Rohmer, mas as interpretações naturalistas e o enredo nada original só tendem a tornar o programa enfadonho (110min). 14 anos. Estreou em 16/12/2011. Cine Glória.

✪ ALVIN E OS ESQUILOS 3, de Mike Mit­chell (Alvin and the Chipmunks: Chip-Wrecked, EUA, 2011). Ainda menos inspirada do que os dois episódios anteriores, a comédia infantil mira só na criançada e traz mais do mesmo na história dos esquilos falantes. Parece que os produtores querem apenas aprimorar a técnica de animação dos bichinhos, e, por isso, roteiro e direção de atores são apenas um apêndice da atração. Desta vez, os pequenos roedores Alvin, Theodore e Simon, mais as três esquiletes do filme anterior, tiram férias com seu protetor (papel de Jason Lee, de volta à cinessérie depois de se ausentar no longa-metragem anterior). A bordo de um luxuoso navio, Alvin acaba aprontando mais uma travessura, e, levado pelo vento, o sexteto de roedores vai parar numa ilha. Lá eles tentam sobreviver quando encontram uma exploradora (Jenny Slate), perdida no local há quase dez anos. Sem muito ânimo nem ação, a previsível aventurazinha deles só ganha alguma graça quando, mais uma vez, surgem covers de músicas de sucesso. Se antes era o hit Single Ladies, de Beyoncé, agora os esquilos atacam de Lady Gaga e Bad Romance ? pena que a cena seja bem curtinha (87min). Livre. Dublado: Bay Market 1, Box Cinemas São Gonçalo 7 e 8, Cine 10 Sulacap 4, Cinespaço Boulevard 1, Cinemark Botafogo 3 e 4, Cinemark Carioca Shopping 5, Cinemark Downtown 6, 9, 11 e 12, Cinemark Plaza Shopping 1 e 7, Cinépolis Lagoon 3, Cinesystem Bangu 3, Cinesystem Ilha Plaza 1, Cinesystem Recreio 2, Cinesystem Via Brasil 2, Estação Vivo Gávea 3, Iguaçu Top 2, Iguatemi 2 e 3, Kinoplex Fashion Mall 1, Kinoplex Grande Rio 3 e 4, Kinoplex Leblon 2, Kinoplex Nova América 1 e 2, Kinoplex Tijuca 2, Kinoplex West Shopping 3, Rio Sul 4, São Luiz 2, UCI New York City Center 5, 6, 9 e 11, UCI Kinoplex NorteShopping 6, UCI Kinoplex NorteShopping 10, Via Parque 2.

✪✪✪ AMANHECER ? PARTE 1, de Bill Condon (Breaking Dawn ? Part 1, EUA, 2011). No penúltimo capítulo da cinessérie, extraída dos best-sellers de Stephenie Meyer, o diretor Bill Condon (de Deuses e Monstros e Kinsey), pela primeira vez no posto, finalmente acertou a mão. Saíram de cena a cafonice, os efeitos visuais exagerados, as maquiagens de gosto duvidoso e as subtramas que, em geral, só enchiam linguiça. Este quarto episódio, que obteve a maior bilheteria no Brasil em 2011, com quase 7 milhões de espectadores, está quase todo focado no desenlace do romance entre o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) e a jovem de 18 anos Bella (Kristen Stewart, ainda com carinha de enjoo). Depois de uma bela cerimônia de casamento, eles vão passar a lua de mel no Rio de Janeiro. Numa ilha do litoral fluminense, têm a primeira noite de amor e, poucos dias depois, Bella engravida. Mas será que a humana vai suportar gerar um bebê-vampiro? Se a primeira parte libera um romantismo de folhetim, o restante se fixa na tensão e em bons momentos de horror. Desse jeito, parece que a série cresceu, apareceu e deixou um sabor de quero mais ? a segunda parte deve estrear só em novembro de 2012. Às fãs de Taylor Lautner: o ator que interpreta o lobisomem Jacob tem participação um pouco menor, porém significativa (117min). 14 anos. Estreou em 18/11/2011. UCI New York City Center 10 e 16, UCI Kinoplex NorteShopping 1.

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✪✪✪ AMOR A TODA PROVA, de Glenn Ficarra e John Requa (Crazy, Stupid, Love, EUA, 2011). Os diretores deram um molho bastante picante à comédia gay romântica O Golpista do Ano. Embora com alguns clichês, o roteiro do novo filme da dupla é redondo, tem surpresas e bons diálogos. Na trama, Cal (Steve Carell) e Emily (Julianne Moore) são casados há 25 anos, mas o passar das décadas só os deixou apáticos. Quando ela pede o divórcio, o caretinha Cal cai em depressão e passa a beber diariamente no mesmo bar. Lá, faz amizade com o playboy sarado Jacob (Ryan Gosling), que decide ajudar o novo amigo a conquistar a mulherada. Mas, enquanto Cal vira um garanhão, Jacob rende-se ao namoro com a fofa Hannah (Emma Stone). Com Kevin Bacon (118min). 12 anos. Estreou em 26/8/2011. Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪✪ AMORES IMAGINÁRIOS, de Xavier Dolan (Les Amours Imaginaires, Canadá, 2010). Canadense de Quebec, o diretor Xavier Dolan tinha apenas 20 anos quando lançou seu primeiro longa-metragem, o irregular Eu Matei Minha Mãe, de 2009. De volta à cena, teve essa comédia recompensada com um prêmio no Festival de Cannes. Dolan narra aqui a singela história do gay Francis (papel do próprio realizador) e da hétero Marie (Monia Chokri). Eles dividem um apartamento e se interessam pelo mesmo cara: o louro de cabelos cacheados Nicolas (Niels Schneider). O pretendente adora a companhia deles e não se intimida em dormir (e só dormir) juntinho dos novos amigos. Em visual pop vintage, Dolan traça um simpático painel das incertezas da juventude GLS e reforça sua habilidade para criar sequências como se fossem belos videoclipes (95min). 16 anos. Estreou em 18/11/2011. Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪✪ A ÁRVORE DO AMOR, de Zhang Yimou (Shan zha Shu Zhi Lian, China, 2010). O diretor chinês demonstra uma invejável capacidade de se reciclar. Depois dos robustos épicos de artes marciais Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada, ele retoma as raízes focando a paixão de dois jovens durante a Revolução Cultural na China de Mao Tsé-tung. Em meados dos anos 60, a estudante Jing (Zhou Dongyu) chega a um vilarejo no campo para uma “reeducação”. A garota torna-se a esperança da família ? seu pai está numa cadeia para presos políticos e a mãe sustenta a casa e outros dois filhos pequenos. Entre as duras lições a aprender, Jing encontra tempo para viver o primeiro amor. Sun (Shawn Dou) respeita cada limite da amada e, não raro, lhe dá presentes. Em impecável ambientação histórica, Yimou faz do melodrama a principal arma para criar uma metáfora da tristeza daquele pesado período (115min). 10 anos. Estreou em 4/11/2011. Estação Sesc Botafogo 2.

✪ AS AVENTURAS DE AGAMENON, O REPÓRTER, de Victor Lopes (Brasil, 2012). O trailer já dava uma ideia da ruindade da comédia, nascida de um projeto de Hubert e Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta. Ambos criaram o repórter fictício Agamenon Mendes Pedreira, que assina há mais de vinte anos uma coluna no jornal O Globo. Agora, para o longa-metragem, eles deram corpo ao personagem e fizeram uma trama chinfrim para contextualizá-lo. O resultado: um roteiro entupido de palavras e frases de duplo sentido (e gosto duvidoso), atuações caricatas e uma direção medonha cujo maior problema está na falta de ritmo e graça. Acompanha os créditos finais a canção que diz “sorria, meu bem, sorria”, mas, diante de pouco mais de uma hora de fita, será um pedido quase impossível. O prestígio da dupla de humoristas, no entanto, é imenso. Além do farto marketing da Rede Globo, celebridades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os escritores Nelson Motta, Ruy Castro e Paulo Coelho, o apresentador Jô Soares e o compositor Caetano Veloso aparecem para dar seu testemunho sobre Agamenon. Fernanda Montenegro narra a história. Nela, relembra-se como Agamenon virou um repórter de sucesso, apesar de sua má fama e do temperamento rebelde. Vivido na fase jovem por Marcelo Adnet e mais maduro por Hubert, o protagonista conseguiu se salvar do naufrágio do Titanic, entrevistou personalidades do porte de Gandhi e Albert Einstein e esteve presente em emblemáticos casos internacionais, como o assassinato de John Kennedy ? grande parte dessas sequências é fruto de uma montagem com imagens reais em efeito especial copiado toscamente de Zelig (1983) e Forrest Gump (1994). Em meio a piadas infames e surradas, há poucos momentos inspirados. Entre eles, a divertida entrevista com Osama bin Laden. Com Luana Piovani (74min). 14 anos. Estreou em 6/1/2012. Bay Market 4, Box Cinemas São Gonçalo 6, Cine Bauhaus 1, Cine 10 Sulacap 3, Cinespaço Boulevard 2, Cinemark Botafogo 2, Cinemark Carioca Shopping 3, Cinemark Downtown 7, Cinemark Plaza Shopping 6, Cinépolis Lagoon 5, Cinesystem Bangu 6, Cinesystem Ilha Plaza 3, Cinesystem Recreio 4, Cinesystem Via Brasil 3, Espaço Rio Design Barra 2, Estação Vivo Gávea 1, Iguaçu Top 3, Iguatemi 6, Kinoplex Grande Rio 1, Kinoplex Leblon 3, Kinoplex Nova América 3, Kinoplex Tijuca 5, Kinoplex West Shopping 4, Odeon Petrobras, Rio Sul 3, Roxy 2, São Luiz 1, UCI New York City Center 13, UCI Kinoplex NorteShopping 4, Unibanco Arteplex 5, Via Parque 4.

✪✪✪ AS CANÇÕES, de Eduardo Coutinho (Brasil, 2011). Documentário. O mais importante e influente documentarista brasileiro recorre a um tema simples em seu novo trabalho. Coutinho, de 78 anos, colhe depoimentos profundos e tocantes e usa o mesmo formato cênico do formidável Jogo de Cena (2007). Apenas uma poltrona sobre um palco serve de apoio para anônimos abrirem o coração e revelarem qual é a música marcante de sua vida. Em dois meses de pesquisa nas ruas do Rio de Janeiro, 42 pessoas falaram para a câmera (só dezoito permaneceram após a montagem final). Em geral, as canções mencionadas abordam perdas e separações ? não à toa, Roberto Carlos lidera a preferência com Olha e Não Se Esqueça de Mim. Mas as entrevistas vão além da tristeza e da melancolia (90min). Livre. Estreou em 9/12/2011. Estação Vivo Gávea 1, Unibanco Arteplex 5.

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✪✪✪ CAVALO DE GUERRA, de Steven Spielberg (War Horse, EUA, 2011). Embora tenha produzido uma leva de filmes nos últimos anos, Spielberg não assinava a direção de um longa-metragem desde Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, de 2008. Além deste drama de guerra, o cineasta volta às telas com a animação As Aventuras de Tintim, que estreia no dia 20. São dois trabalhos totalmente distintos. Aqui, o realizador adapta livro homônimo do inglês Michael Morpurgo, lançado pela editora Martins Fontes. Em impecável recriação de época, leva a plateia para a Inglaterra de 1914, onde um casal de fazendeiros (papéis de Peter Mullan e Emily Watson) está atolado em dívidas e prestes a perder a propriedade. Ao arrematar Joey, um caro puro-sangue num leilão, o teimoso Ted Narracott pensa ter salvado a lavoura, literalmente. Porém, o cavalo, xodó de seu único filho, Albert (o estreante Jeremy Irvine), demora a engrenar no arado. Quando tudo parece entrar nos eixos, eclode a I Guerra. O animal é comprado por um tenente para servir nas frentes de batalha, deixando Albert desconsolado. Algum tempo depois, o rapaz se junta à cavalaria britânica com o propósito de reencontrar Joey. Embora tenha duração excessiva e algumas passagens arrastadas (sobretudo o período em que o cavalo encontra abrigo na fazenda de um senhor e sua neta), a fita traz a marca de seu criador: previsível e capaz de emocionar na hora certa. No Globo de Ouro, concorre a melhor filme/drama e trilha sonora (146min). 12 anos. Estreou em 6/1/2012. Cine 10 Sulacap 4, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Carioca Shopping 7, Cinemark Downtown 2, Cinépolis Lagoon 4, Cinesytem Via Brasil 1, Iguatemi 7, Kinoplex Fashion Mall 3, Leblon 2, UCI New York City Center 7, UCI Kinoplex NorteShopping 10.

✪✪✪ A CHAVE DE SARAH, de Gilles Paquet-Brenner (Elle s?Appelait Sarah, França, 2010). Drama. Em 1942, uma família de judeus é levada para um campo de deportados. No momento da chegada dos oficiais, a menina Sarah (papel da ótima Mélusine Mayance) tranca o irmão caçula num armário e acompanha os pais. Arrasada pela separação e por pensar ter causado uma tragédia, Sarah tenta escapar dos nazistas. Nos tempos atuais, a jornalista americana Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas), que vive em Paris, escreve um artigo sobre a deportação dos judeus da França na II Guerra. Em suas investigações, descobre que no apartamento onde morou o pai de seu marido quando criança habitou a família de Sarah. Em constante clima de aflição, a trama acompanha os desenlaces de uma história triste e surpreendente (111min). 10 anos. Estreou em 18/11/2011. Estação Sesc Laura Alvim 2.

✪✪✪ COMPRAMOS UM ZOOLÓGICO, de Cameron Crowe (We Bought a Zoo, EUA, 2011). Cameron Crowe já foi um diretor mais pop em títulos como Vida de Solteiro (1992) e Quase Famosos (2000). Seis anos depois de Tudo Acontece em Elizabethtown, retorna com uma adocicada comédia dramática inspirada em fatos reais. Na trama, Matt Damon interpreta o viúvo Benjamin, que, ainda abalado pela morte da mulher, se muda com os dois filhos ? uma fofa menina e um adolescente rebelde ? para o interior da Califórnia. Acontece que na propriedade existe um zoológico fechado e parcialmente mantido pelo governo. A solução: arregaçar as mangas e contar com a ajuda dos funcionários para reabrir o estabelecimento. Sem tino nem experiência no assunto, o protagonista vai atravessar uma fase ainda mais difícil. Na linha do lema “a união faz a força”, o roteiro tem o mérito de evitar um romance forçado entre os personagens de Damon e Scarlett Johansson, na pele de uma tratadora de animais. Eficiente em sua proposta e conservador no formato, o filme possui graça, encanto e pequenos dramas para conquistar plateias de várias idades. Com Elle Fanning (124min). Livre. Estreou em 23/12/2011. Dublado: Cinemark Downtown 5, Estação Sesc Laura Alvim 3, UCI New York City Center 7, Via Parque 6.

✪✪✪✪ UM CONTO CHINÊS, de Sebas­tián Borensztein (Un Cuento Chino, Argentina/Espanha, 2011). Comédia dramática. Praticamente com apenas dois atores, o diretor argentino Sebastián Borensztein fez um pequeno grande filme. Um ótimo roteiro, também de sua autoria, mistura drama e humor na trajetória de Roberto, interpretado pelo excelente Ricardo Darín, de O Filho da Noiva e Abutres. Esse tipo de poucas palavras e raros amigos é dono de uma loja de ferragens em Buenos Aires. Nunca se casou, não tem filhos e cultua a falecida mãe. Em seu trabalho, revela-se metódico e sem muita paciência com os fregueses, digamos, mais exigentes. Seu cotidiano, contudo, vira de pernas para o ar quando ele decide ajudar um imigrante chinês a reencontrar o tio pela cidade. Sem falar uma única palavra em espanhol e sem saber o paradeiro do parente, Jun (Ignacio Huang) mostra-se amigável e prestativo. O cineasta não apela para o sentimentalismo. Prefere comover a plateia na base da diversão e da delicadeza (93min). 14 anos. Estreou em 2/9/2011. Estação Sesc Botafogo 3, Estação Sesc Laura Alvim 2, Espaço Museu da República.

✪✪✪ UMA DOCE MENTIRA, de Pierre Salvadori (De Vrais Mensonges, França, 2010). Ambientada na charmosa cidade de Sète, no sul da França, a comédia flagra as confusões arquitetadas por uma cabeleireira. Sócia de um salão de beleza, Émilie (Audrey Tautou) só consegue voltar seus olhos negros para o trabalho e nem repara em Jean (Sami Bouajila), um funcionário apaixonado por ela. Por trás da timidez e da simplicidade, o discreto rapaz possui formação superior, é poliglota e escreve poemas. Confiante no seu taco, ele manda uma carta de amor anônima à patroa. Além de ignorá-la, Émilie aproveita o romântico conteúdo para enviar uma mensagem, igualmente sem assinatura, a sua mãe, Maddy (Nathalie Baye). Essa sessentona anda na fossa quatro anos depois de ter sido abandonada pelo marido. Após ler a declaração do suposto admirador secreto, Maddy remoça e tenta a qualquer custo descobrir a identidade dele (105min). 10 anos. Estreou em 9/9/2011. Cinemark Downtown 11.

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DOMINGOS, de Maria Ribeiro (Brasil, 2011). Em sua estreia como diretora, a atriz Maria Ribeiro (de Tropa de Elite) foi atrás de uma figura emblemática do cinema nacional: Domingos Oliveira. Realizador do clássico Todas as Mulheres do Mundo (1967), Oliveira tem uma carreira extensa composta de títulos como Amores (1998) e Feminices (2004). O documentário capta seu cotidiano e suas observações sobre relacionamentos, velhice e cinema (74min). 12 anos. Estreou em 25/11/2011. Cine Glória.

✪✪ ESSES AMORES, de Claude Lelouch (Ces Amours-là, França, 2010). Em seu novo drama, o experiente diretor de Um Homem, Uma Mulher (1966) pretende fazer uma homenagem ao cinema relembrando algumas passagens de sua trajetória. Embora tão ambiciosa quanto Retratos da Vida (1981), talvez seu filme mais famoso no Brasil, a fita tem cara de minissérie condensada. A história começa no início do século XX e centra-se na II Guerra e em alguns anos adiante. Durante a ocupação nazista na França, Ilva (Audrey Dana) pede a um oficial alemão que livre seu pai (Dominique Pinon), projecionista de um cinema, do fuzilamento. Pedido aceito, ela se torna amante dele. Tempos depois, fica dividida entre dois soldados americanos: um negro pobre e um branco rico (120min). 12 anos. Estreou em 26/8/2011. Cinemark Plaza Shopping 1.

✪ FAÇA-ME FELIZ!, de Emmanuel Moret (Fais-moi Plaisir, França, 2009). Exibida na Mostra Internacional de 2009, chega com atraso ao circuito essa desanimadora comédia francesa. O mote é machista. Para reacender a chama do casamento, Ariane (Frédérique Bel) decide que seu marido, o panaca e feioso Jean-Jacques (Emmanuel Mouret), deve ter uma amante. Sem que ele saiba, a escolhida é filha do presidente da França. Além de um ponto de partida nada convincente, o roteiro apela para situações de humor pastelão para extrair risos à força (90min). 12 anos. Estreou em 6/1/2012. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Laura Alvim 1, Estação Vivo Gávea 2, Estação Vivo Gávea 4, Estação Sesc Rio 3.

✪ A FERA, de Daniel Barnz (Beastly, EUA, 2011). Coitado do conto A Bela e a Fera, no qual, dizem, o drama romântico de fantasia foi livremente inspirado. Além de um casal de protagonistas sem graça (ainda mais insosso do que Robert Pattinson e Kristen Stewart, da cinessérie Crepúsculo), a história é muito previsível e coleciona clichês. A trama narra as desventuras de Kyle (Alex Pettyfer, o loirão atlético de Eu Sou o Número Quatro). Bonito, arrogante e filho de um rico apresentador de TV, o rapaz tornou-se um ídolo na escola. Em seu discurso habitual, a beleza está em primeiro plano. Tudo muda quando, ao humilhar uma colega tatuada (papel de Mary-Kate Olsen), recebe dela um feitiço. Sua aparência, então, se transforma e beira o excêntrico (e não o repugnante, o que seria mais provável). Careca e com o corpo e o rosto realçados por veias e marcas, Kyle terá um ano para conquistar o amor verdadeiro de uma mulher para voltar a ser o bonitão de antes. A escolhida é Lindy (Vanessa Hudgens, de High School Musical), moça romântica, tímida, humilde e filha de um drogado (86min). 12 anos. Estreou em 23/12/2011. UCI New York City Center 11.

✪✪✪ O GAROTO DA BICICLETA, de Jean-­Pierre e Luc Dardenne (Le Gamin au Vélo, Bélgica/França/Itália, 2011). Vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes, o drama, que está no páreo de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, mostra-se mais um acerto na carreira dos irmãos cineastas belgas de O Filho (2002) e A Criança (2005). O enredo, comum na carreira da dupla, é triste. Cyrill (Thomas Doret, uma excelente revelação), de 12 anos, foi abandonado pelo pai (Jérémie Renier) e encontrou na cabeleireira Samantha (Cécile De France) uma zelosa guardiã. Mas, ainda inconformado, o rebelde garoto começa uma amizade com um rapaz envolvido com o tráfico de drogas. Os realizadores deixam de lado o sentimentalismo barato e investem num realismo quase documental capaz de emocionar pela sinceridade dos personagens e de quem os interpreta (87min). 14 anos. Estreou em 18/11/2011. Cine Joia, Estação Sesc Barra Point 2, Unibanco Arteplex 2 e 3.

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✪✪✪ GATO DE BOTAS, de Chris Miller (Puss in Boots, EUA, 2011). Diretor de Shrek Terceiro, o mais fraco dos episódios da cinessérie, Chris Miller manda bem melhor na primeira animação estrelada pelo Gato de Botas ? o personagem surgiu no segundo longa-metragem do ogro verde. Cheio de charme e malícia, o protagonista (dublado por Antonio Banderas na versão em inglês) tem o auxílio de novos companheiros para amparar sua história. Assim como em Shrek, há uma saborosa mistura de contos de fada, que inclui o ovo falante Humpty Dumpty, extraído da obra de Lewis Carroll, e a fábula João e o Pé de Feijão. Na trama, Gato de Botas foi expulso do vilarejo San Ricardo depois de se envolver em roubos. Quem o colocou nessa jogada foi Humpty Dumpty, seu coleguinha desde os tempos de orfanato. Agora, ambos se unem para uma nova empreitada: furtar os feijões mágicos de um casal para chegar até uma gansa que bota ovos de ouro. A sensual gatinha Kitty Pata Leve se junta à dupla. Técnica impecável, humor espirituoso e ligeireza na ação completam o programa para adultos e crianças. Não à toa, a fita ganhou uma indicação ao Globo de Ouro de melhor animação (90min). Livre. Estreou em 9/12/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 2, Cine 10 Sulacap 6, Cinespaço Boulevard 6, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Carioca Shopping 7, Cinemark Plaza Shopping 5, Cinesystem Bangu 5, Cinesystem Recreio 3, Iguatemi 7, Kinoplex Tijuca 1, UCI New York City Center 1, UCI Kinoplex NorteShopping 8. Dublado, 3D: Cinépolis Lagoon 6, Cinesystem Bangu 1, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesytem Via Brasil 4, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex West Shopping 5, UCI New York City Center 14, UCI Kinoplex NorteShopping 3.

✪✪✪✪ A GUERRA ESTÁ DECLARADA!, de Valérie Donzelli (La Guerre Est Déclarée!, França, 2011). O que diferencia esse drama francês de tantos outros baseados em fatos reais é sua sincera concepção. Para exorcizar seu passado recente, a diretora Valérie Donzelli, em conjunto com o ex-companheiro, Jérémie Elkaïm, escreveu a trajetória deles. Ambos também são protagonistas de um trabalho bastante sensível, não à toa ovacionado no Festival de Cannes, sucesso de bilheteria na França, onde conquistou mais de 800 000 espectadores, e representante do país na corrida ao Oscar 2012 de melhor produção estrangeira. De uma vitalidade ímpar, a trama acompanha o amor de Roméo (Elkaïm) e Juliette (Valérie). Eles se conhecem numa festa e passam a formar um casal apaixonado, pelas encantadoras ruas de Paris. Adam (César Desseix) nasce pouco tempo depois e tumultua o cotidiano da dupla. O bebê chora sem trégua. Ao completar 18 meses, vem o diagnóstico de um raro tipo de tumor no cérebro da criança. A realizadora jamais se entrega ao melodrama e prefere deixar explícito: há esperança no futuro e pode-se dar leveza e, vá lá, alto-astral a um tema tão sério. Se não fosse extraído da própria experiência de Valérie e Elkäim, ocorrida cerca de dez anos atrás, o segundo longa-metragem da cineasta talvez caísse na vala comum de filmes pesadões sobre doenças e suas consequências. Autêntica e de baixo orçamento, a bela fita foi praticamente rodada com uma câmera fotográfica que filmava em alta definição. Além de um raro faro para retratar emoções sem pieguice, Valérie possui ouvidos antenados. Na formidável trilha sonora, cabem de Vivaldi a Georges Delerue, de Ennio Morricone a Laurie Anderson, além de uma tocante sequência na qual se ouve a versão instrumental de Manhã de Carnaval, de Luiz Bonfá e Antônio Maria (100min). 12 anos. Estreou em 6/1/2012. Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Ipanema 2, Estação Vivo Gávea 4, Estação Sesc Rio 2.

✪✪ HUBBLE 3D, de Toni Myers (Canadá, 2010). O documentário curtinho foi feito para ser exibido na formidável sala Imax e, por isso, traz aqueles efeitos de três dimensões de deixar o público boquiaberto. Em foco está a missão de sete astronautas que, em 2009, foram enviados ao espaço pela Nasa para consertar o telescópio Hubble. Se as imagens em 3D absolutamente fantásticas de galáxias ganham o fascínio do espectador, o trabalho da equipe torna a fita (sobretudo para a criançada) bem menos interessante (44min). Livre. Estreou em 26/8/2011. UCI New York City Center 4.

✪ IMORTAIS, de Tarsem Singh Dhandwar (Immortals, EUA, 2011). Não se deixe levar pelo trailer, que reúne as melhores e mais impactantes cenas. Por se tratar de uma aventura épica, nos moldes visuais e dos mesmos produtores de 300, esperava-se algo semelhante. Mas a mão pesada e o gosto duvidoso do diretor do horrendo A Cela (2000) comprometem o andamento do longa-metragem, ainda pior do que seu “primo” mais próximo, Fúria de Titãs. A trama se passa em 1226 a.C. e envereda pela Grécia antiga a fim de retratar um pouco da mitologia. Para expandir seu império, o rei Hipérion (Mickey Rourke) dizima a aldeia onde mora o camponês Teseu (o bonitão Henry Cavill, o novo Superman) e mata a mãe dele. O rapaz, então, prepara um contra-ataque e tem uma ajudinha dos deuses, sobretudo de Zeus (Luke Evans), para combater o tirano. Se como “lição de história” a fita se mostra confusa e anêmica, a direção de arte cafonérrima e as atua­ções canastronas exibem os defeitos mais gritantes. A ação é rala e os enquadramentos fechados também evidenciam a falta de criatividade do realizador. Com John Hurt, Freida Pinto e Stephen Dorff (110min). 16 anos. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 3, Cinemark Carioca Shopping 6, Cinesystem Bangu 5, Iguatemi 2, Kinoplex Nova América 2, UCI Kinoplex NorteShopping 9. Legendado: Cinemark Downtown 9, Cinesystem Recreio 3, Espaço Rio Design Barra 1, UCI New York City Center 15. Dublado, 3D: Bay Market 3, Box Cinemas São Gonçalo 1, Cine 10 Sulacap 1, Cinespaço Boulevard 3, Cinemark Downtown 3, Cinemark Plaza Shopping 4, Cinesystem Bangu 2, Cinesystem Via Brasil 5, Iguaçu Top 1, Iguatemi 1, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex West Shopping 5, UCI New York City Center 2, UCI Kinoplex NorteShopping 1. Legendado, 3D: Cinespaço Boulevard 3, Cinemark Botafogo 6, Cinemark Plaza Shopping 4, Cinépolis Lagoon 5, Cinesystem Ilha Plaza 4, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex Tijuca 1, Rio Sul 2, Roxy 3, São Luiz 4, UCI New York City Center 14, Unibanco Arteplex 4, Via Parque 5.

✪✪✪ INQUIETOS, de Gus Van Sant (Rest­less, EUA, 2011). Com uma carreira marcada por trabalhos densos, como Garotos de Programa (1991), Elefante (2003) e Milk (2008), o diretor Van Sant não foge à regra em seu novo drama, aqui temperado pelo romantismo e pela fatalidade. Trata-se do encontro de duas pessoas afligidas por traumas do passado e do presente. Na trama, o jovem Enoch Brae (Henry Hopper, filho do também ator Dennis Hopper, morto em 2010) tem o mórbido prazer de visitar velórios e funerais de pessoas desconhecidas. Vestido todo de preto, passa incógnito até ser abordado pela esfuziante Annabel Cotton (Mia Wasikow­ska, a protagonista de Alice no País das Maravilhas). Ela insiste em tê-lo como amigo, mas, arredio, Enoch recua. Aos poucos, os dois tornam-se confidentes e, depois, namorados inseparáveis. Enquanto o rapaz abre seu coração para relembrar velhas feridas, Annabel confessa ser vítima de um câncer terminal e ter apenas três meses de vida. No mesmo clima melancólico do recente Não Me Abandone Jamais, esta triste crônica da juventude outsider americana, especialidade do cineasta, comove e desconcerta ainda mais por Van Sant minimizar as emoções. Ryo Kase interpreta o fantasma de um camicase, visto apenas pelo protagonista. Os belos figurinos são assinados por Danny Glic­ker, indicado ao Oscar por Milk (91min). 12 anos. Estação Sesc Botafogo 2, Estação Sesc Laura Alvim 3.

JARDIM DAS FOLHAS SAGRADAS, de Pola Ribeiro (Brasil, 2011). No primeiro longa-metragem do diretor baiano, o ator Antônio Godi interpreta o bancário Bonfim, um rapaz negro dividido entre o casamento com uma evangélica (Evelin Buchegger) e uma relação homossexual com Castro (João Miguel). O drama tem início após um trágico acontecimento, que leva o protagonista a cumprir uma missão: fundar um terreiro de candomblé (100min). 14 anos. Estreou em 25/11/2011. Cinemark Carioca Shopping 4.

✪✪✪ MARGIN CALL ? O DIA ANTES DO FIM, de J.C. Chandor (Margin Call, EUA, 2011). Para um profissional vindo da publicidade, surpreende a estreia no longa-metragem de ficção do diretor e roteirista J.C. Chandor. O tema não poderia ser mais atual: o abalo financeiro que afetou as bolsas de valores nos Estados Unidos em 2008. Em história muito bem escrita, os personagens se veem metaforicamente diante do abismo. O drama se desenrola praticamente em uma madrugada. Num banco de investimentos de Wall Street, os cortes começam, e entre os demitidos está Eric Dale (Stanley Tucci). Ao sair da empresa, ele deixa com seu subordinado, Peter Sullivan (Zachary Quinto), um pen drive carregado de informações confidenciais. Sullivan abre o arquivo, descobre que a companhia está à beira de um colapso e chama seu chefe (Paul Bettany) para pôr a situação em pratos limpos. A partir daí, os poderosos executivos começam a ser informados e, entre reuniões, o futuro de todos será decidido. Levada por uma narrativa tensa e envolvente, a trama tem o economês como inconveniente. Mas nada que impeça a desconfortável situação vivida de ser transposta para qualquer ambiente corporativo. Soberbo, o elenco ainda traz Jeremy Irons, Demi Moore, Kevin Spacey, Simon Baker e Penn Badgley (107min). 10 anos. Estreou em 9/12/2011. Estação Sesc Laura Alvim 2.

✪✪✪✪ MEDIANERAS ? BUENOS AIRES NA ERA DO AMOR VIRTUAL, de Gustavo Taretto (Medianeras, Argentina/Espanha/Alemanha, 2011). Comédia dramática. Ao longo de enxuta uma hora e meia, o roteiro vai explorar, entre a comédia e o drama, o cotidiano de duas pessoas quase iguais, quase complementares. Ambas moram na mesma Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, e, apesar de vizinhas, nunca se encontraram. Martín (Javier Drolas) vive numa quitinete, especializou-se na criação de sites, toma ansiolíticos e, cheio de manias, só anda a pé. Formada em arquitetura, Mariana (papel da espanhola Pilar López de Ayala, de Lope) ganhou outra ocupação: tornou-se vitrinista de lojas. Abandonada pelo namorado, a moça não usa elevador e gosta de procurar o personagem Wally no livro infantil. Lapidada com humor afiado, a fita saiu da recente competição de Gramado com os prêmios de melhor filme estrangeiro, melhor diretor e júri popular. Seus adoráveis neuróticos anônimos têm inspiração em Woody Allen ? não à toa há uma cena de Manhattan (1979), do cineasta americano, numa referência explícita. Em resumo: trata-se de um criativo painel do mundo de hoje, movido por relações virtuais, porém com uma pontinha de esperança na sensibilidade do calor humano (95min). 12 anos. Estreou em 2/9/2011. Cine Joia, Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪✪ MISSÃO: IMPOSSÍVEL ? PROTOCOLO FANTASMA, de Brad Bird (Mission: Impossible: Ghost Protocol, EUA, 2011). Sai J.J. Abrams (agora apenas produtor) e entra Brad Bird na direção do quarto capítulo da cinessérie de ação. Responsável pelas animações Os Incríveis e Ratatouille, Bird traz humor (coisa raríssima nos filmes anteriores) e agitação na linha dos desenhos animados. O resultado surpreende menos pela história e mais pelas eletrizantes sequências de tensão e suspense. Para se ter uma ideia, no ponto alto da trama, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) escala o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, em Dubai. Há também cenas em Moscou e na Índia, igualmente formidáveis e filmadas com uma precisão técnica de deixar a plateia boquiaberta. No começo do longa-metragem, Hunt está preso na Rússia e, logo em seguida, numa missão na capital, é acusado de bombardear o Kremlin. Sua agência secreta, então, sai de cena e Hunt passa a ser um homem comum. Mas não por muito tempo. Disposto a limpar o seu nome, vai atrás do verdadeiro culpado pelo ato terrorista, montando uma equipe particular. O enredo traz ainda sua colega (papel de Paula Patton) tentando encontrar o assassino de seu namorado. Com Jeremy Renner e Simon Pegg (133min). 12 anos. Estreou em 21/12/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 2, Cine 10 Sulacap 6, Cinespaço Boulevard 6, Cinemark Carioca Shopping 2, Cinesystem Bangu 5, Cinesytem Via Brasil 1, Iguatemi 5, Kinoplex Grande Rio 5, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex West Shopping 2, UCI New York City Center 1, UCI Kinoplex NorteShopping 7. Legendado: Cinemark Botafogo 4, Cinemark Downtown 1, Cinemark Plaza Shopping 5, Cinépolis Lagoon 3, Cinesystem Recreio 3, Cinesytem Via Brasil 1, Espaço Rio Design Barra 1, Kinoplex Leblon 1, Kinoplex Tijuca 4, Unibanco Arteplex 1, UCI New York City Center 1 e 4, UCI Kinoplex NorteShopping 7, Via Parque 6.

✪✪✪ OS MUPPETS, de James Bobin (The Muppets, EUA, 2011). Criados por Jim Henson (1936-1990), os Muppets voltam ao cinema numa iniciativa do ator Jason Segel (Eu Te Amo, Cara). Produtor e roteirista da comédia, além de fã do programa Muppet Show, levado ao ar entre 1976 e 1981, Segel também faz o protagonista. Ele interpreta Gary, que, com sua namorada (Amy Adams), mora na fictícia Smalltown. Acompanhados de Walter, um boneco irmão de Gary, eles deixam a cidadezinha para ir até Los Angeles conhecer os estúdios dos Muppets. Mas o teatro onde eles se apresentavam está à beira da demolição e, pior, os bonecos debandaram. Inconformado, o trio sai à procura de Kermit, o sapo antes conhecido como Caco, Miss Piggy e companhia. Exceto pela pavorosa dublagem em português (até as canções são vertidas para a nossa língua), a fita funciona a contento tanto para crianças (que desconhecem os personagens) quanto para marmanjos nostálgicos da década de 80 (93min). Livre. Estreou em 2/12/2011. Dublado: UCI New York City Center 15.

✪✪✪ OS NOMES DO AMOR, de Michel Leclerc (Les Nom des Gens, França, 2010). Bahia Benmahmoud, interpretada por Sara Forestier, tem orgulho de suas raízes: é filha de uma ex-hippie francesa e de um imigrante argelino. Ativista de esquerda, a jovem possui atributos físicos e, para convencer um homem de direita a mudar de lado, não pensa duas vezes em levá-lo para a cama. Na sua mira está Arthur Martin (Jacques Gamblin), um quarentão que parece conservador, mas se revela partidário do socialista Lionel Jospin. O painel montado pelo diretor e roteirista Michel Leclerc (com base em experiências pessoais ao lado da mulher, Baya Kasmi) enfoca a pluralidade, não só política, da França. No César 2001, o Oscar francês, o filme ganhou os prêmios de melhor roteiro e melhor atriz ? uma luminosa atuação de sua protagonista (104min). 14 anos. Estreou em 2/12/2011. Estação Sesc Laura Alvim 2.

✪✪✪✪ O PALHAÇO, de Selton Mello (Brasil, 2011). Comédia dramática. Grande ator do cinema e da TV, Selton Mello estreou como diretor em 2008 com o denso Feliz Natal. Para seu segundo trabalho, aparou arestas, maneirismos e as tentações típicas dos principiantes. Conseguiu, assim, um feito: realizar um dos mais belos filmes do ano, tanto por seu visual arrebatador quanto pelo roteiro emotivo, uma mistura de drama melancólico e humor singular, raramente presente no cinema nacional. Felizmente, o público anda correspondendo às expectativas e, até agora, a fita já arrebatou mais de 1,4 milhão de espectadores. Trata-se aqui da transformação do conformista Benjamin (papel de Selton). Filho do dono de um circo, ele divide o picadeiro com o pai (Paulo José) em andanças pelo interior do Brasil, provavelmente na década de 70 (não há uma data específica na história). A dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue é a sensação de crianças e adultos. Mas, embora divirta as plateias, Benjamim, lá no fundo, não se sente confortável nem feliz. Triste e solitário, quer mudar de profissão, ter uma namorada, ser outra pessoa. Para isso, precisa cortar os laços. Referências aos diretores Jacques Tati e Fellini são evidentes e a direção de arte de Claudio Amaral Peixoto é de arrepiar, assim como a trilha sonora de Plínio Profeta. No elenco afiado, composto de novatos (como Larissa Manoela) e experientes (Teuda Bara e Jorge Loredo), Moa­cyr Franco rouba a cena numa aparição curtíssima que lhe valeu um surpreendente prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Paulínia. Selton também saiu de lá com os troféus de melhor diretor e melhor roteiro (90min). 10 anos. Estreou em 28/10/2011. Estação Sesc Botafogo 2, Unibanco Arteplex 3.

✪✪✪ A PELE QUE HABITO, de Pedro Almodóvar (La Piel que Habito, Espanha, 2011). Pode ser clichê, mas um filme mais fraco de Almodóvar sempre se mostra melhor do que a média em cartaz. Em seu 18º longa-metragem, o grande e inspirado diretor espanhol tira o humor de cena e investe num drama de suspense com toques macabros. Na fita, indicada ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, o cirurgião plástico Robert Ledgard (Antonio Banderas) possui uma clínica particular em Toledo e, lá, vive às voltas com a revolucionária invenção de uma pele humana sintética. Motivações não lhe faltam: anos atrás, sua esposa teve o corpo queimado num acidente de carro e se suicidou tempos depois. A cobaia da experiência é uma bela jovem (papel de Elena Anaya), que fica trancada num quarto e não pode se comunicar com ninguém pessoalmente. Só o doutor tem acesso a ela. Quem seria essa moça? Qual o motivo de ela viver como uma presidiária? Por que a empregada de Ledgard (papel de Marisa Paredes) quer que o patrão a mate? As respostas, nos roteiros de Almodóvar, costumam chegar rechea­das de surpresas ? e aqui não é diferente (110min). 16 anos. Estreou em 4/11/2011. Estação Sesc Laura Alvim 1, Estação Sesc Rio 1, UCI New York City Center 9.

✪✪✪ ROMÂNTICOS ANÔNIMOS, de Jean-Pierre Améris (Les Émotifs Anonymes, França/Bélgica, 2010). Tanto Jean-René (papel do ótimo Benoît Poelvoorde, de Coco Antes de Chanel) quanto Angélique (Isabelle Carré) são um poço de insegurança e sofrem de timidez crônica. Chocolatière de mão-cheia, Angélique frequenta um grupo de apoio para melhorar sua relação com o mundo. Desempregada, essa quarentona se candidata a uma vaga numa centenária (e quase falida) fábrica de chocolates, cujo dono, Jean-René, igualmente bate ponto no terapeuta. O objetivo dele: dar fim ao medo de tudo e de todos, inclusive seu pavor de se envolver com as mulheres. A comédia romântica pode indicar um dramalhão psicológico, mas o diretor e roteirista Jean-Pierre Améris, inspirado em experiências pessoais, prefere extrair graça dos distúrbios de seus personagens. Em levada de fábula romântica, puxada por breves números cantados (na linha do clássico Os Guarda-Chuvas do Amor), a enxuta história conquista por sua despretensão e simplicidade. Típico longa-metragem francês de apelo popular, traz começo, meio e fim para a plateia sair da sessão feliz da vida (80min). 10 anos. Estreou em 23/12/2011. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Botafogo 3, Estação Sesc Ipanema 1, Estação Sesc Rio 2, Unibanco Arteplex 2.

✪✪✪ TRIÂNGULO AMOROSO, de Tom Tykwer (3, Alemanha, 2010). Para acompanhar o comportamento racional dos personagens, o drama alemão investe em uma narração fria e exibe uma técnica fabulosa, muitas vezes com enquadramentos de tirar o fôlego. A trama segue os quarentões Hanna (Sophie Rois) e Simon (Sebastian Schipper), juntos há duas décadas e sem filhos. Ela apresenta um programa na TV e ele trabalha com arte. São modernos, antenados e têm uma agenda de compromissos diários em Berlim. Pouco tempo depois de Hanna conhecer o cientista especializado em genética Adam (Devid Striesow), a infidelidade se impõe. Enquanto isso, o marido dela passa por uma cirurgia de emergência: a retirada de um testículo sob suspeita de câncer. O relacionamento com Hanna esfria. Por outro lado, Simon recebe uma cantada de um homem no vestiário da academia onde pratica natação. Vale parar por aqui e apenas dizer: a tal relação a três demora a se consumar e se constrói de forma inusitada e original. Após o sucesso de Corra, Lola, Corra, o diretor Tom Tykwer jamais acertou o passo como antes, em fitas como Paraíso (2002) e Trama Internacional (2009). Também roteirista, ele prefere aqui manter distância das convenções sociais e vai fundo em seu questionamento sobre a sexualidade. Héteros, gays e bissexuais, para o cineasta, são papéis definidos por regras. Importam mais em sua reflexão a quebra dos tabus e a amplitude do prazer para o homem ou para a mulher, venha ele de onde vier (119min). 16 anos. Estreou em 30/12/2011. Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪✪ TUDO PELO PODER, de George Clooney (The Ides of March, EUA, 2011). Depois de receber quatro indicações ao Globo de Ouro (melhor filme/drama, roteiro, direção e ator, para Ryan Gosling), este quarto (e melhor) filme comandado por George Clooney deve entrar na corrida do Oscar. Inspirado numa peça teatral, o drama político tem o galã como corroteirista e em um dos papéis principais. A trama trata dos bastidores de uma campanha eleitoral americana e traz Clooney na pele de Mike Morris, governador do estado da Pensilvânia às voltas com as primárias em Ohio. Ele disputa com um senador uma vaga entre os democratas para concorrer à Presidência. Em excelente atuação, Gosling (de Namorados para Sempre) faz o protagonista Stephen Meyers. Secretário de Morris, ele vive diariamente numa corda bamba tentando driblar a superioridade do coordenador da campanha (interpretado por Philip Seymour Hoffman) e o assédio do assessor do outro candidado (Paul Giamatti) para que ele mude de lado. O único momento de prazer é quando está na cama com a estagiária vivida por Evan Rachel Wood. Por mais que seu enredo seja muito afeito aos americanos, a fita consegue entreter pela narrativa bastante fluente e por reviravoltas sedutoras (101min). 14 anos. Estreou em 23/12/2011. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Ipanema 1, Estação Vivo Gávea 4, Estação Sesc Rio 1, Kinoplex Leblon 1, Unibanco Arteplex 1.

✪✪✪ O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO, de Bruce Beresford (Mao?s Last Dancer, Austrália, 2009). O drama inspirado na autobiografia do bailarino Li Cunxin tem início em 1980. Em Houston, Texas, o diretor de uma companhia de balé (Bruce Greenwood) hospeda em casa um rapaz vindo de Pequim. Li Cunxin (Chi Cao) vai fazer um estágio de três meses nos Estados Unidos. A história, então, retrocede para mostrar sua ascensão. Nascido numa aldeia chinesa, o frágil Li (Wen Bin Huang) foi tirado da família ainda menino por agentes de Mao Tsé-tung. O objetivo: ser treinado numa escola de dança da capital. Li cresceu sob os preceitos comunistas e sempre baixou a cabeça para os desígnios de seu povo. Em sua estada americana, no entanto, vê-se tentado a mudar o destino. Diretor de Conduzindo Miss Daisy (1990), o australiano Bruce Beresford segue uma cartilha própria para abordar o comunismo e o capitalismo, concentrando-se sobretudo nos dilemas de seu protagonista, interpretado por um fraco ator, mas ótimo dançarino (117min). 14 anos. Estreou em 9/12/2011. Cine Joia, Estação Sesc Ipanema 2, Estação Sesc Rio 3.

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