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Metamorfose em cena

Atriz carioca recebe elogios ao encarnar o drama de uma menina que queria ser rapaz

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 13h45 - Publicado em 2 abr 2014, 22h47

Protagonista do drama Uma Vida Boa, em cartaz no Oi Futuro Flamengo, a carioca Amanda Vides Veras não escondeu sua alegria ao saber que posaria para a foto ao lado sem a caracterização do seu personagem. “Que ótimo, vou passar um batom, um rímel!”, comemorou. De fato, a feminilidade da atriz, tão evidente na voz, nos gestos e nas roupas, passa longe de B., a garota que assume uma identidade masculina retratada na peça. Baseado em uma história real, transposta para o cinema em Meninos Não Choram (1999), que deu a Hilary Swank um Oscar, o espetáculo assinado por Rafael Primot e dirigido por Diogo Liberano tem rendido elogios à performance de Amanda. De cabelos curtos, em sua cor natural (muito diferente do platinado em corte Chanel que ela ostentava), figurino de homem e postura assombrosamente máscula, a atriz de 30 anos convence em seu 15º trabalho, o primeiro de grande projeção. “É um personagem muito complexo. Fiz uma extensa pesquisa em livros e filmes sobre o tema, mergulhei de cabeça”, explica.

Filha de um comerciante e de uma dona de casa, casada ? “Uma família bem convencional”, segundo a própria ?, Amanda teve uma ajuda extra nesse mergulho. Desde as primeiras leituras, foi acompanhada por três consultores que vivem a mesma situação de seu personagem. Para todos os efeitos, são rapazes, mas nasceram meninas (a atriz não revela sua identidade para não expô-los). Deles, ela incorporou o jeito de sentar com as pernas abertas, os ombros encurvados (“Para disfarçar os seios”, explica), a voz mais grave. “Ela foi virando um rapaz a cada dia de ensaio, na minha frente”, lembra Diogo Liberano, o diretor. O convívio com os consultores também lhe rendeu uma profunda compreensão da questão da intolerância ? a mesma sofrida pelo americano Brandon Teena, jovem cuja história inspira a peça e alvo de um dos episódios de intolerância mais odiosos já registrados nos Estados Unidos. “Mais do que levantar uma bandeira, a peça conta uma história sobre aceitação”, define Amanda. Da parte do público, ao menos, a aceitação ao seu trabalho tem sido irrestrita.

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