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Queridinha dos descolados, catuaba ganha versões sofisticadas

Depois do sucesso no Carnaval de rua, a bebida chega ao cardápio de bares arrumadinhos e vira atração de festas

Por Jana Sampaio
Atualizado em 20 mar 2017, 19h01 - Publicado em 18 mar 2017, 00h00
Clientela cativa: as amigas Roberta, Júlia e Gabriela gostam do sabor adocicado (Selmy Yassuda/Veja Rio)

Elas são conhecidas como “catulovers”. Ou seja, se não tiver catuaba na festa, essa turma se reúne antes para um esquenta com shots e drinques da bebida. A devoção pela pinga feita à base dessa planta nativa do Brasil, e que até bem pouco tempo atrás era encontrada somente em pés-sujos, atingiu o ápice no Carnaval, quando a sensação térmica no Rio alcançou os 45 graus. Mesmo assim, desde as 8 da manhã ela já marcava presença nos blocos. Agora, foi promovida a chamariz de festas, que anunciam open bar de catuaba entre as atrações. “Ela não dá sono como o vinho nem te leva ao banheiro tantas vezes como a cerveja”, define a estudante Julia Brilhante, de 24 anos, frequentadora de bares descolados do circuito de Botafogo. “O preço é outro atrativo. Como ela é doce e forte, dá para comprar uma garrafa e dividi-la com os amigos a noite toda”, completa a pedagoga Gabriela Assis, de 29 anos, moradora da Tijuca. De fato, a garrafa de 1 litro, com teor alcoólico de 16,5%, pode ser comprada nos mercados por 12 reais. Isso sem falar na fama de afrodisíaca da bebida.

Bons drinques: estreia no cardápio do Sobe, no Jardim Botânico (Selmy Yassuda/Veja Rio)

Apostando alto nesses predicados, a empresa responsável pela fabricação da Catuaba Selvagem, a marca mais vendida por aqui, vai produzir 38 milhões de litros em 2017, mais que o dobro do que foi posto à venda no ano anterior. Uma parte delas, inclusive, será enviada para os Estados Unidos. “A bebida fazia parte de um nicho, mas hoje o público consumidor é heterogêneo, com homens e mulheres de todas as classes sociais e idades”, esclarece Marco Tulio Hoffmann, CEO da Arbor Brasil. “É uma trajetória semelhante à das sandálias Havaianas, que se tornaram cool nos anos 90.” A pedido dos clientes (e meio que a contragosto dos barmen), a catuaba também está se popularizando nos bares mais arrumadinhos. Já chegou ao cardápio do Sobe, no Jardim Botânico, do Espírito Santa, em Santa Teresa, e do Leviano, na Lapa. “Eu uso o produto para dar um toque aromático aos preparos”, diz o mixologista Thiago Politi, do Felice, em Ipanema, onde o drinque amor selvagem sai por 27 ­reais, mais que o dobro do valor da garrafa. Pelo visto, conseguiram gourmetizar até a catuaba.

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