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O concerto de Yamandu Costa com a OSB, a peça Como Vencer na Vida sem Fazer Força, com Gregório Duvivier e Luiz Fernando Guimarães, a exposição de Jan Banning e, no cinema, a Retrospectiva Irmãos Marx
CONCERTO
Yamandu Costa e OSB. Prodígio do violão revelado nas rodas de choro da Lapa, o instrumentista gaúcho teve as portas para o mundo erudito abertas por Kurt Masur ? depois de compará-lo ao virtuose italiano Niccolò Paganini (1782-1840), o renomado maestro alemão o convidou para se apresentar na Europa. Yamandu pegou gosto pela coisa. Já compôs obras com o bandolinista Hamilton de Holanda e o violonista Paulo Aragão, ambas executadas ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira. No sábado (23), ele volta ao Theatro Municipal para dividir com a OSB a estreia de Concerto Nazareth, tributo de Aragão ao pianista Ernesto Nazareth (1863-1934), pilar da música nacional que completa 150 anos de nascimento. Além da peça para violão e orquestra, em três movimentos, o programa inclui Concerto Romanesc, do húngaro György Ligeti, Impressões Brasileiras, do italiano Ottorino Respighi, e Bachianas Brasileiras Nº 7, de Villa-Lobos. Saiba mais na coluna Shows e Concertos.
TEATRO
Como Vencer na Vida sem Fazer Força. Clássico da Broadway levado ao palco pela primeira vez em 1961, o musical em cartaz no Oi Casa Grande é a nova empreitada dos consagrados Charles Möeller e Claudio Botelho. Sátira à cultura corporativa, o livro homônimo, escrito pelo americano Shepherd Mead em 1952, ganhou adaptação à altura, com mordacidade sublinhada por contagiantes músicas de Frank Loesser e texto afiado de Abe Burrows, Jack Weinstock e Willie Gilbert. Estreante no gênero, Gregorio Duvivier encarna com notável desenvoltura J. Pierrepont Finch, um jovem e ambicioso limpador de janelas. Ele se vale das dicas de um manual para progredir na World Rebimboca Company, comandada pelo bronco J.B. Biggley (Luiz Fernando Guimarães, responsável por cacos impagáveis). Os dois lideram um talentoso elenco de 23 atores. Nele sobressaem Letícia Colin, que está adorável como o par romântico de Finch, Gottsha, e confirma seus reconhecidos dotes vocais, e Adriana Garambone, hilária na pele da carreirista que se engraça com Biggley. Clique aqui para saber mais.
EXPOSIÇÃO
Jan Banning. Nascido na Holanda, o premiado fotógrafo estudou história econômica e social ? disciplina que decididamente influenciou seu trabalho. Um de seus projetos, Bureaucratics, reúne uma série de imagens de repartições de oito países: Bolívia, China, França, Índia, Libéria, Rússia, Iêmen e Estados Unidos. A empreitada deu origem a um livro e uma exposição itinerante, atualmente no Centro Cultural Justiça Federal. Ao reunir as 39 fotos, tiradas da perspectiva de quem chega para consultar o funcionário, Banning estabelece uma refinada comparação entre símbolos da burocracia ? e, por vezes, da cultura de forma mais ampla ? nos cinco continentes. Seus retratos são plenos de significados, como demonstra o registro feito no escritório do Ministério dos Dízimos e Esmolas da cidade de Al-Mahwit, no Iêmen, onde trabalha a mulher inteiramente coberta por uma burca. Saiba mais na coluna Exposições.
CINEMA
Retrospectiva Irmãos Marx. Sucesso na Broadway, eles foram contratados para formar entre os pioneiros do cinema falado. Nas telas desde 1929, três dos cinco irmãos seguiram adiante e se tornaram lendas da comédia. Groucho (1890-1977), o frasista do bigode pintado, Chico (1887-1961), o malandro de sotaque italiano, e Harpo (1888-1964), o biruta mudo, são as estrelas da mostra que ocupa a Caixa Cultural a partir de terça (19). Estão na lista de 25 longas Copacabana (1947), com Groucho e Carmen Miranda, atração de terça (19), às 17h, Um Dia nas Corridas (1937), sucesso de bilheteria do trio, que ganha sessão no sábado (23), no mesmo horário, e Uma Noite em Casablanca (1946), zombaria sobre um hotel cheio de espiões apontada para quarta (20), às 15h. A programação vai até o dia 31 e inclui uma relíquia televisiva: passa no domingo (24), às 13h30, a gravação de setembro de 1969 do Dick Cavett Show. No programa, entre outras estripulias, Groucho, aos 78 anos, lembra a vez em que tirou a diva Greta Garbo do sério dentro de um elevador. Clique aqui para saber mais.