Show
Baloji. Nascido no Congo e criado na Bélgica desde os 4 anos, o artista passou a infância e a adolescência alheio à cultura de sua terra natal. Como muitos outros de sua geração, Baloji, 33 anos, chegou à música pelo caminho do rap, foco de seu primeiro disco-solo, Hotel Impala, de 2008. A aproximação com as origens deu-se pelo viés do bom gosto. Após uma visita ao país onde nasceu, veio a ideia de fazer o segundo CD com a participação de conterrâneos. Kinshasa Succursale, lançado no ano passado, traz regravações e seis novos temas. O álbum inspira a apresentação que o cantor faz na quarta (21), à frente da Orquestra Katuba, no Espaço Sesc, em Copacabana. Ao vivo, o rapper, apontado como revelação do gênero pelo jornal inglês The Guardian, une ritmo e poesia, soul e jazz a sons tradicionais africanos. Faixas como Kinshasa Station e Karibu Ya Bintou são provas dançantes dessa feliz mistura.
Concerto
Orquestra Petrobras Sinfônica. Fechada desde 2010 para reformas, a Sala Cecília Meireles vai ficar linda, segundo o projeto, mas só reabre no segundo semestre. Afetado pelo desabamento de três prédios no Centro, no fim de janeiro, o Theatro Municipal adiou de março para maio o início de sua programação. Ao fã de música clássica, portanto, a sugestão é tomar o rumo da casa de espetáculos Vivo Rio no domingo (25). Lá, a orquestra, em sua formação completa, abre a temporada 2012 em grande estilo. Sob a regência de Isaac Karabtchevsky, ela traz como estrela a trompetista inglesa Alison Balsom. Incluída em 2006, pela revista especializada Gramophone, na lista de nomes que tinham tudo para fazer história no mundo erudito, a instrumentista não desapontou. Gravou ótimos discos, como Trumpet Concertos, lançado em 2008, e em 2011 foi escolhida a artista feminina do ano pelo Classic Brit Awards. Ela será a solista no Concerto para Trompete em Mi Bemol Maior, do austríaco Johann Nepomuk Hummel (1778-1837). O programa também traz o violinista Felipe Prazeres à frente do poema sinfônico Vida de Herói, do alemão Richard Strauss (1864-1949), e a estreia de Cantos do Rio, composição de Nelson Ayres encomendada pela Petrobras Sinfônica, que cita, entre outros craques, Tom Jobim, Vinicius, Gilberto Gil, Roberto Menescal, Noel Rosa e Dorival Caymmi.