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…para Tom Zé

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 dez 2016, 15h29 - Publicado em 1 ago 2012, 15h53

Aos 75 anos, o irrequieto baiano de Irará está de disco novo. Em Tropicália Lixo Lógico, que ganha lançamento no sábado (4), no Circo Voador, o autor de Estudando a Bossa (2008) e Estudando o Samba (1976) agora desenvolve uma de suas originais teses em torno do movimento que ajudou a criar, no fim da década de 60. Para defendê-la ao vivo, montou um espetáculo com elementos do teatro e vai apresentá-lo na companhia de jovens músicos brasileiros com quem dividiu as gravações: Mallu Magalhães, Emicida, Rodrigo Amarante, Pélico e Washington.

No documentário Fabricando Tom Zé (de Decio Matos Jr., 2007) você afirma que não há nada mais chato do que show de música. O que o traz de volta ao palco?

Talvez eu tenha exagerado. O que acho chato é um show de quem não tem um páthos de cantor, como eu. Ainda não tenho um concerto, estou enfrentando esse terrível drama de pegar um disco e colocá-lo no palco. É um desafio montar uma apresentação nova, porque em cada uma é necessário inventar camadas de signos, de significados. Por isso chamamos o diretor de teatro Vinícius Piedade para ajudar nos procedimentos de palco.

Qual é sua afinidade musical com a nova geração de músicos que participou do disco?

Conheço o trabalho da Mallu desde que ela era criança, com 12 anos. O Emicida foi um encontro de ocasião, já tinha participado de um programa de televisão com ele. Mas o grupo todo, na verdade, foi sugerido pela Milena Machado, a produtora executiva. Ela vendeu a ideia de um disco em que eu ia estar com cinco ou seis artistas jovens.

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O resultado foram encontros encantadores, dias de grande alegria e, principalmente, o contato com uma qualidade de trabalho que não imaginava que a nova geração tinha.

Existe um método por trás do caos aparente de sua produção artística?

Todo mundo sabe que sou um cara muito esforçado. O que me proporcionou a oportunidade de ser profissional num ramo difícil como a música foram as minhas deficiências. Quando percebi isso, fui trabalhar um rescaldo, como um trovador do interior que conta histórias. As pessoas me diziam: “Isso não é música!”. Fui trabalhando, trabalhando, até conseguir fazer “isso” passar por música.

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