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Rio sem glúten

Restaurantes adaptam cardápios para atender a portadores da doença celíaca e cariocas adeptos de dietas sem glúten. Saiba onde encontrar pratos e produtos livres da proteína

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 14h28 - Publicado em 15 Maio 2013, 17h05

De uma hora para a outra, ele virou o grande inimigo de quem busca se livrar do inchaço abdominal e conseguir uma barriga lisinha. O glúten, proteína presente no trigo, no centeio, na aveia e na cevada, passou a ser banido do dia a dia de muitos cariocas, adeptos das dietas funcionais. “Algumas pessoas desenvolvem anticorpos que dificultam a absorção dessa proteína. Os resíduos ficam no intestino e aumentam a proliferação bacteriana, o que provoca gases e distensão abdominal”, explica a endocrinologista Isabela Bussade, professora da Pós-Graduação de Endocrinologia da PUC e pesquisadora do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE). Entre as pessoas que adotaram a medida estão a apresentadora Fátima Bernardes e a nutricionista funcional Andrea Santa Rosa Garcia, esposa do ator Márcio Garcia. “Fiquei oito meses sem comer glúten e senti uma diferença grande no funcionamento do meu organismo. Hoje, mantenho a restrição apenas de segunda a sexta”, diz Andrea.

Para muitos, o hábito de cortar o glúten da alimentação é um recurso e a inscrição “não contém glúten” é apenas mais uma entre tantas outras disponíveis no rótulo de um produto alimentício. Para os portadores da doença celíaca, a forma grave e completa da intolerância à proteína, é a preciosa informação que vai permiti-los ingerir aquele pão, bolo ou biscoito. A ingestão de qualquer resquício da substância pode gerar sintomas diversos, como diarreia crônica, barriga inchada, irritabilidade, desnutrição, anemia, vômitos, emagrecimento e até atraso no crescimento. “O Codex Alimentarius (código de conduta internacional relativo a produção de alimentos e segurança alimentar) determinou a partir de 2008 que todos os produtos com menos de 20 partes de glúten por milhão podem ser considerados aptos para a maioria dos celíacos e receber a inscrição ?não contém glúten?. O Brasil segue este documento”, explica Miriam Francisca da Silva, presidente da Acelbra-RJ (braço carioca da Associação dos Celíacos do Brasil). Há treze anos ela descobriu ser portadora da doença e, desde 2005, se engajou na causa, defendendo as pessoas com necessidades alimentares especiais do Rio de Janeiro em movimentos da sociedade civil. “Comer fora aqui ainda é muito difícil para o celíaco”, diz ela, que mantém o site www.riosemgluten.com para orientar portadores da doença no estado.

Um aumento na procura por alimentos sem glúten, no entanto, já mobiliza chefs e restaurateurs da cidade. No Duo, na Barra, a procura por pratos livres da proteína motivou uma mudança no cardápio. “Notamos que vários clientes perguntavam se havia opções sem glúten na casa. Então resolvemos incluir um espaço especial no menu para essas receitas”, conta Nicola Giorgio, sócio da casa italiana. A experiência pessoal motivou a iniciativa de Valéria Cavalcante, dona do Bistreco Bistrô e Botequim, em Vargem Grande. Ela tem um filho de 15 anos portador da doença celíaca e, com a presença constante do menino no restaurante, se via preparando receitas especiais para ele, livres do nutriente. Teve então a ideia de estender as opções de receitas sem glúten para outras pessoas que encontram essa limitação na hora de ir comer fora. “É algo que falta aos restaurantes do Rio. Já que eu fazia para o meu filho, por que não oferecer aos clientes também?”, diz ela, que levou dois meses para criar uma receita de massa de pizza sem glúten e oferece guloseimas como rocambole e bolo para celíacos, feitos sem farinha de trigo.

Se você é portador da doença celíaca ou optou por restringir o glúten na sua alimentação, confira aqui dez endereços onde encontrar pratos e produtos livres da proteína.

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