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Três perguntas para… Raul Mourão

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h24 - Publicado em 24 set 2012, 14h00

Egresso da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o artista carioca de 45 anos vem desenvolvendo uma obra diversa, que passa pela produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, instalações e performances. Desde 2009, entretanto, seu interesse tem se voltado intensamente para a arte cinética, em que as obras adquirem movimento muitas vezes com a manipulação do espectador. No momento, três exposições contam com criações de Mourão a partir desse conceito. Em Toque Devagar, ele reuniu arte cinética e pública em seis esculturas, a mais alta com 9 metros, espalhadas pela Praça Tiradentes. Na galeria Lurixs há nove trabalhos menores, na mesma linha. Por fim, ele integra o time de convidados da mostra Gil70, em homenagem a Gilberto Gil, com a série de peças Futurível, referência à composição homônima do músico baiano.

De quando vem o seu interesse por arte cinética? Desde que iniciei meus estudos em arte, em 1986, a obra de artistas como Alexander Calder, Julio Le Parc, Carlos Cruz-Diez, Jésus Rafael Soto e Abraham Palatnik me despertava interesse. No fim de 2009, fui convidado pela Intrépida Trupe a participar do espetáculo Coleções, em que os dançarinos interagem com obras de quatro artistas, entre eles eu. Em um ensaio, um dos integrantes da companhia apoiou uma escultura na outra e surgiu o movimento. A partir daí comecei uma série de experiências nesse sentido.

Você está ocupando pela primeira vez um espaço público na sua cidade, a Praça Tiradentes. Não tem receio de que as obras possam ser degradadas? Sempre tive o desejo de realizar um trabalho em algum local público do Rio. O Centro é, para mim, o bairro mais fascinante da cidade. A ocupação da praça dura só três semanas. São esculturas efêmeras que foram projetadas para suportar esse período.

Em 2005, ficou famosa uma criação sua que tinha bonecos de pelúcia do então presidente Lula. Você imaginava tanta repercussão? O burburinho foi mais midiático do que artístico. A obra era uma referência à manipulação dos políticos pelos marqueteiros. Mas a ideia difundida de que eram simplesmente bonecos de pelúcia do Lula esvaziou um pouco a crítica. Acho curiosa essa pergunta, porque já faz sete anos. Para mim é assunto velho. Foi só mais uma exposição que fiz, como qualquer outra.

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