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Polícia Militar cai nas redes sociais para combater o crime

Em contato com a população através do Facebook e do WhatsApp, comandantes de batalhões cariocas contam com denúncias de internautas para agir com maior eficácia 

Por Pedro Moraes
Atualizado em 2 jun 2017, 12h33 - Publicado em 29 jun 2015, 13h10

Entre os 10 000 frequentadores do grupo SOS Freguesia no Facebook, Rogério Figueredo acompanhava, em fevereiro, a repercussão de um crime que chocou a região. Em segredo, também buscava formas de tornar seu trabalho mais eficiente. Tenente-coronel da Polícia Militar, comandante do batalhão de Jacarepaguá (18º BPM) desde dezembro de 2014, ele decidiu se identificar. Convidou os usuários do SOS Freguesia a visitar a fan page do batalhão e trocar mensagens através do aplicativo WhatsApp. O resultado foi uma enxurrada de pedidos, denúncias, reclamações e dicas. “Com a  sensação de insegurança e a indignação em um nível insuportável, as pessoas decidiram colaborar”, diz o oficial, hoje às voltas com posts que angariam até 250 000 visualizações, contra o teto de 1 300 registrado em fevereiro. A iniciativa chegou ao conhecimento do comando-geral, que busca expandir e padronizar a presença da PM na internet.

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No batalhão de Botafogo (2º BPM), a patrulha on-line é a aposta do tenente-coro­nel Marcio Oliveira Rocha. Empossado há um mês, o comandante criou a página do regimento para monitorar debates sobre violência. A partir daí, faz contato com a vizinhança para propor estratégias de atuação. Na área do 19º BPM, em Copacabana, o acompanhamento de bate-papos digitais levou à descoberta de um arrastão a caminho da Praia de Copacabana no domingo 21. Uma multidão de suspeitos foi interceptada e a vida na orla seguiu sem maiores sobressaltos. Em Jacarepaguá, mensagens inbox levaram os comandados do tenente Rogério Figueredo a feitos como a prisão, em março, de Alex de Oliveira, conhecido como Lex Lutor (sim, o arqui-ini­mi­go do Super-Homem), acusado de tráfico e homicídio.

A ideia viralizou, com experiências diversas nos quartéis. Em alguns casos, os posts mergulham no mundo-cão, com fotos de bandidos e armas. Chefe da comunicação social da corporação, o coronel Frederico Caldas visitou Nova York, em abril, para saber como a polícia de lá lida com as redes sociais. De volta, busca definir critérios para o trabalho dos batalhões diante do computador. Um manual de conduta (confira alguns mandamentos no quadro abaixo) será distribuído em agosto. Instituição surgida no século XIX, a PM tem problemas públicos, notórios e, infelizmente, recorrentes. Cair na rede, antes tarde do que nunca, pode ser um bom começo para solucioná-los. 

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