Bagunça o ano inteiro
Pesquisa exclusiva de VEJA RIO revela o mau comportamento de muitos cariocas, que sabem como poucos usufruir a cidade mas têm enorme dificuldade de seguir as regras da boa convivência
Muita gente prefere amenizar e chamar de jeitinho carioca o que, na verdade, não passa de uma demonstração de desrespeito ao próximo. Em casa, no trânsito, nas vias públicas ou na areia, sobram demonstrações de incivilidade que flagramos no dia a dia da cidade. Por vezes, nosso espírito boa-praça e amistoso – uma virtude sempre destacada pelos turistas – descamba para certa permissividade ante o mau comportamento alheio. Não só toleramos como incorporamos à nossa rotina práticas altamente nocivas, sem nos darmos conta disso. Jogar papel no chão, avançar o sinal de trânsito e parar o carro sobre a faixa de pedestres tornaram-se cenas habituais nas ruas. No Carnaval, depois de cada bloco que desfilava seguia um tsunami de lixo, sem falar nas centenas de pessoas detidas por urinar na calçada.
Para aferir a quantas anda o cuidado da população com a cidade, VEJA RIO fez uma pesquisa com pouco mais de 2?000 moradores, que revelaram seus costumes e também suas reações diante de situações do nosso cotidiano. As respostas, tabuladas e analisadas pelo Departamento de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril Digital, surpreendem negativamente. O levantamento mostra que o carioca faz do espaço público uma terra sem lei – e nem mesmo em casa o bom exemplo é dado. Felizmente, estão em curso diversas iniciativas para coibir ou reprimir as transgressões. Com o intuito de conscientizar quem pratica tais deslizes, a campanha Rio, Eu Amo, Eu Cuido criou um decálogo de recomendações do gênero “Assim como em casa, faço xixi somente no banheiro”. No momento em que o Rio se prepara para acolher os dois principais eventos esportivos do planeta, temos uma ótima oportunidade de modificar nossa conduta. Assim, a cidade, que completa 447 anos na próxima quinta-feira, 1° de março, terá ainda mais motivos para receber os parabéns.
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