AVALIAÇÃO ✪✪✪✪
Radicado em Paris desde 1958, o argentino foi um dos maiores fomentadores de uma revolução artística. Na década de 60, junto com colegas do Groupe de Recherche d?Art Visuel, rejeitou a onipresença das imagens estáticas e apostou em uma pesquisa em torno de movimentos e efeitos ópticos. Acabou consagrado em 1966, com um prêmio na Bienal de Veneza. Considerado hoje, aos 85 anos, um dos papas da arte cinética, ele tem 24 trabalhos exibidos na sedutora individual Lumière, que ocupa a Casa Daros. Como sugere o nome da exposição, quase todas as obras se valem de efeitos de luz ? hipnoticamente belos, diga-se. Está no acervo, por exemplo, a sua primeira investida nessa linha: Contínuo-Luz ? Móbile, de 1960. Mais recente (e uma das mais bonitas), Luzes Alternadas, de 1993, evoca a iluminação de um hipotético espetáculo de artes cênicas. Há ainda obras que demandam interação. É o caso de Fitas ao Vento (1988), na qual, apertando-se um botão, um enorme ventilador começa a soprar gigantescas tiras de papel.
Casa Daros. Rua General Severiano, 159, Botafogo, ☎ 2275-0246. → Quarta a sábado, 11h às 19h; domingo, 11h às 18h. R$ 12,00. Grátis para crianças de até 12 anos e às quartas. Meia-entrada para idosos e estudantes com mais de 12 anos. A bilheteria fecha meia hora antes do término do horário de visitação. Até 23 de fevereiro.