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Josete dos Santos Lima promove ações sociais em Manguinhos

A funcionária pública atua na comunidade Amorim, uma das que compõem o Complexo, onde ela nasceu e vive até hoje

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h13 - Publicado em 9 jul 2016, 01h00

A infância pobre não impediu Josete dos Santos Lima, de 57 anos, de batalhar por melhores condições de vida, tanto para ela quanto para os outros moradores da comunidade Amorim, uma das que compõem o Complexo de Manguinhos, onde ela nasceu e vive até hoje. Aos 11 anos, já trabalhava como manicure para pagar os estudos. Formou-se em contabilidade e tornou-se funcionária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde concluiu a pós-graduação em recursos humanos. E, enquanto buscava oportunidades, encontrou tempo para auxiliar a quem precisava. “Quando se é pobre, o que não falta é gente para ajudar ao redor. São familiares, amigos, vizinhos, enfim”, diz. 

“O ser humano é uma pedra bruta, e é muito bom poder ajudar a lapidar o talento que cada um possui”

Josete foi aos poucos se envolvendo com os problemas da comunidade. E a lista de benfeitorias é extensa. Arrecadou fundos para o transplante de rins de uma criança e roupas para os mais necessitados e montou peças infantis. Há três anos, resolveu abrir um espaço para organizar o trabalho e expandir o auxílio a outras comunidades. “Com a ajuda de todos, fizemos bingo, feijoada, vendemos salgadinhos, refrigerantes e conseguimos levantar a verba para fundar a ONG Origem‑Amorim, que oferece oficina de corte e costura de graça. Já estamos na terceira turma”, conta ela, que tem o apoio do professor aposentado Jorge Hiijar, que pôs à disposição uma sala no Centro para servir de sede e local de recebimento de doações. O curso também foi montado à base de mutirão. Amigos cederam as máquinas e a costureira de Josete se prontificou a dar as aulas. “Ela tinha o sonho de ensinar, e vi que podíamos dar uma mão a senhoras viúvas que não tiveram a oportunidade de trabalhar, trazê-las de volta à vida, criar um espaço para a troca de ideias”, relembra. E o resultado não poderia ter sido melhor. “Temos alunas de 13 a 65 anos. Uma delas já era costureira, mas não sabia lidar com máquinas industriais. Ela aprendeu e, hoje, ampliou sua atividade, com a qual sustenta sozinha seus filhos”, conta. 

Em outra frente, Josete também se preocupa em desenvolver o exercício da cidadania nos moradores. Uma vez ao mês, ela organiza palestras na ONG. “Há sempre um convidado falando sobre assuntos como saúde da mulher e racismo, em encontros abertos a todo mundo”, explica. No momento, ela se dedica a montar uma biblioteca, que já tem 150 livros. “É um trabalho de formiguinha. O ser humano é uma pedra bruta, e é muito bom poder ajudar a lapidar o talento que cada um possui”, resume. 

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