O verde que resta
Fundado e erguido dentro de uma floresta tropical, o Rio bem que vem tentando, ao longo dos séculos, preservar alguns nacos de vegetação. Seus parques urbanos registrados oficialmente são, no total, 45. A partir de quarta-feira (13), o Centro Cultural Correios, no Centro, abriga uma exposição de fotos que passeiam pela história de quinze desses parques. Intitulada O Rio que É Verde, a mostra tem curadoria de Juliana de Carvalho e Udi Florião, e é repleta de informações. Mas atenção para o tal Parque Marcello de Ipanema. Sem confusão: ele na verdade fica na Ilha do Governador, e seu nome é uma homenagem a um professor insulano, já falecido, que tinha esse sobrenome Zona Sul.
Galerias do som
Músicos de rua (ou de debaixo da rua) vindos dos mais diversos países chegam ao Rio para o Red Bull Sounderground, festival de instrumentistas de metrô. É gente com longa trajetória em galerias de cidades como Berlim e Moscou, lugares onde esse tipo de performance é muito comum. O evento começa na terça (12) em várias estações. Ao lado, Jean Phillipe, do grupo Street Meat, de Montreal, quando se apresentou em São Paulo, em 2012.
Conexão Leblon-Vidigal
Sabe o que é gentrificação? O Centro Midrash, no Leblon, promove palestra grátis, na quarta-feira da semana que vem (20), com especialistas no assunto, como o economista Luiz Carlos Prestes Filho, e até um MC, no caso Macarrão, da Maré. Objetivo: entender as recentes mudanças no perfil das favelas cariocas. Ali se forma um grupo de estudos, e em setembro haverá trabalho de campo em pontos-chave do Vidigal (no mapa), com o intuito de ver como esse processo, cujo nome foi adaptado do inglês, se dá na vida cotidiana.
Point de surfista
Sob encomenda de uma incorporadora de imóveis que quer se expandir pelos lados da Zona Oeste, a fotógrafa Cris Berger escreveu 101 Lugares para Se Conhecer na Barra e no Recreio. Recheada de fotos, a obra tem dicas de bares, restaurantes, lojas, mas cresce mesmo é quando mergulha na minúcia e aponta tesouros dos bairros. Esta foto, por exemplo, é do chamado Rico Point, faixa de mar em frente ao quiosque 125, na Macumba, indicada para o surfe por ninguém menos que o experiente Rico de Souza. Mais detalhes em even.com.br/101lugares.
E mais: dez minutos de duração, sete instrumentos envolvidos e um título curioso, em se tratando de uma peça de música clássica: Artérias. Foi o jeito que o compositor tijucano Sergio Roberto de Oliveira (já indicado ao Grammy) achou para homenagear o pai, fumante inveterado, que escapou de um grave problema cardiovascular, há dois meses. Será apresentada no fim do mês (sábado, 30), no Centro Cultural Justiça Federal, no Centro, pelo Duo Santoro (violoncelos) e por Ana Letícia Barros (percussão).