Letras que falam
Compondo um curso aberto ao público, mas muito procurado por profissionais de RH, serão novamente oferecidas, em março, aulas básicas de grafologia no Instituto Dom Graphein, no Centro. O ciclo inicial custa 420 reais. Ali se aprende que a letra de cada pessoa, especialmente nas assinaturas, pode revelar detalhes de sua personalidade.
Abaixo, alguns exemplos que são comentados em sala.
CACHORRO NA AVENIDA
Sai o Big Bob, entra o hot-dog. Além de uma rima quase perfeita, essa será a realidade no Sambódromo. Uma vez fechado o contrato entre a Liga Independente das Escolas de Samba e a Geneal (que volta à avenida, no lugar do Bob?s, após quarenta anos longe do Carnaval), é hora da seleção de funcionários: milhares querem, mas no máximo 300 atenderão nos quiosques durante os desfiles. A expectativa é vender cerca de 10?000 sanduíches por noite. Haja salsicha.
IPANEMA É RAIZ
No jargão do marketing, trata-se de uma loja-conceito, mas há quem a chame, de forma empolada, de “flagship store”, e ainda aqueles que até já bolaram um apelido para o lugar: museuzinho de Ipanema. Talvez só indo lá (Rua Garcia d?Ávila, 77) para sentir como funciona e o que é. A casa, que abre na segunda (24), tem três andares, 320 metros quadrados e, claro, sandálias espalhadas por tudo quanto é canto ? porque, afinal de contas, o que se quer ali é vender sandália. Mas realmente lembra um museu. Convidados pela direção do empreendimento, moradores do bairro estão doando objetos para serem exibidos na ? eis o nome oficial ? Casa Ipanema, como quadros, placas e letreiros que contam histórias da região (ao lado, duas lojas de saudosa memória), além de itens de caráter pessoal, a exemplo de pranchas e raquetes. A estilista Isabel Jobim, neta do maestro, ofereceu o barquinho que pintou para servir de base a uma coleção. Como todas as doações, a obra ficará seis meses exposta, dando lugar no futuro a outra relíquia ipanemense.
COR DO SOL
Homenagem das artes plásticas à estação do ano favorita dos cariocas, segue em cartaz, na Galeria Sergio Gonçalves, na Rua do Rosário, a mostra Quem Viver Verão. Os artistas tinham um desafio: customizar guarda-sóis comuns, que agora ocupam os corredores e a própria fachada do lugar, levando um clima de praia ao nosso Centro Histórico. Curiosa é a parte do texto do fôlder da exposição em que se define o suporte das obras: “Guarda-sol, deus protetor das radiações solares, renegado por muitos, mas companheiro de tantos outros nas incursões praianas”.
Um design de relevo
Quatro pontos turísticos do Rio acabam de ser transformados em simpáticas bijuterias de acrílico. São os chamados aneizinhos topográficos da TupiniKingdom, à venda somente na multimarcas Dona Coisa, no Jardim Botânico. Segundo sua criadora, a designer Danielle Gandarillas, a proposta é usá-los sobrepostos, no mesmo dedo, para assim “unificar e exaltar a beleza geográfica da cidade”. O kit está por 45 reais, e acaba de ser indicado como um dos representantes do design brasileiro no Salão Internacional do Móvel de Milão, na Itália, que acontece em abril.