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Ecos de uma taça chamada Guanabara

A final da primeira edição do torneio, em 1965, teve Maracanã cheio, titulares em campo, troféu e volta olímpica. O Vasco foi o campeão

Por Lula Branco Martins
Atualizado em 5 dez 2016, 13h46 - Publicado em 19 mar 2014, 20h15

Este segurando a taça é o zagueiro Brito, do Vasco, que anos mais tarde integraria o escrete tricampeão na Copa do México, ao lado de Pelé, Tostão, Rivelino e tantos outros craques. No jogo da foto, os cruz-maltinos venceram os alvinegros (com Garrincha, Gerson e Jairzinho em campo) por 2 a 0. Trata-se da final da primeira edição da Taça Guanabara, realizada no dia 5 de setembro de 1965, um domingo de Maracanã cheio. O torneio foi criado no ano do quarto centenário do Rio, e inicialmente indicava o representante da cidade na Taça Brasil ? disputada nos moldes da Copa do Brasil, e recentemente re­conhecida pela CBF como um título nacional, igual ao Campeonato Brasileiro. Naquele período, a Taça Guanabara era uma competição à parte, paralela ao Campeonato Carioca (apenas em 1972 seria transformada, oficialmente, no primeiro turno). Jogando com Gainete, Joel, Brito, Fontana e Oldair, Maranhão e Lorico, Luizinho, Célio, Mário e Zezinho, tendo como técnico Zezé Moreira, o Vasco se tornava, assim, o primeiro campeão da competição. Os gols foram de Oldair e de Paulistinha, este contra. Em quase tudo aquele título contrasta com o conquistado pelo Flamengo, no domingo passado (9), numa partida contra o mesmo Botafogo. Primeiro, por ser uma finalíssima, um jogo decisivo ? qualquer um dos dois times poderia alcançar a glória ?, algo inexistente agora, devido ao formato de pontos corridos da tabela deste ano. Por isso mesmo, geral (ainda existia geral) e arquibancada estavam muito mais cheias. E havia, claro, uma taça esperando, à beira do gramado, para ser levantada pelo capitão de uma das equipes, além da expectativa por uma volta olímpica consagradora. Rolou tudo isso em 1965. Hoje esvaziada, funcionando quase como uma espécie de pr­é-temporada, a Taça Guanabara teve grito fraquinho de “É campeão”, jogadores que nem sabiam ao certo se o torneio já estava no papo, e um treinador na dúvida se festejava no gramado ou ia direto ao vestiário e dali para casa.

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