Garotos fazem piruetas de skate, roçando os bancos da praça. Logo ao lado, gente um pouco mais alta disputa uma animada partida de basquete de rua. Ao mesmo tempo e também ao ar livre, um DJ bota para tocar sua coleção de vinis. Mais tarde, ainda há banda ao vivo e performances acrobáticas. Este é o clima de um evento de nome difícil que vai rolar, no dia 29, no entorno dos Arcos da Lapa, o Converse Block Party Brasil. Um dos curadores é o skatista carioca Wilson Domingues, conhecido no meio como Wilbor. Exímio em piruetas radicais, ele recentemente ampliou o repertório de manobras: passou a fazer gravuras usando como matriz a madeira dos skates que invariavelmente quebra pelos caminhos. As chamadas block parties (festas de quarteirão, em inglês) surgiram em Nova York no início do século XX. Ganharam esse nome porque os moradores fechavam o tráfego de uma quadra inteira e ali se reuniam para assistir a uma competição ou simplesmente se divertir durante um feriado, pois não faltavam música, dança e as tradicionais comidas de rua, como pipoca, churrasco e cachorro-quente.