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Com histórico de multas, filho de Pitanguy continua ao volante

Filho do mais importante cirurgião plástico do país atropela e mata um operário na Gávea. Em um episódio vergonhoso, o Detran só agora cassa sua carteira de motorista

Por Lula Branco Martins
Atualizado em 5 dez 2016, 11h57 - Publicado em 29 ago 2015, 01h00

A imagem de um automóvel de luxo com a frente destruída passou a semana nos jornais e em sites. O dono do veículo é Ivo Nascimento de Campos Pitanguy (filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy), que atropelou e matou o pedreiro José Fernando Ferreira da Silva, um pernambucano de 44 anos. O acidente aconteceu às 23h25 da quinta-feira (20), na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, perto da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Chovia, o carro (um Mitsubishi Pajero 2011) derrapou, atingiu um poste e o operário do metrô, que caminhava pela calçada. Um taxista que havia sido ultrapassado por Ivo momentos antes prestou depoimento à 14ª DP, no Leblon. Disse ter visto o empresário cambalear após sair do veículo, aparentemente embriagado, e contou que ficou estarrecido ao perceber que ele não parecia se importar com a vítima caída sobre o asfalto, com a perna quebrada e sangue na boca. Com 59 anos, separado, dois filhos, Ivo nasceu na Alemanha mas logo veio morar no Brasil. Atuante no ramo dos esportes, reside próximo ao local do atropelamento. Sua ficha no Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) é prova cabal de que ele não deveria estar dirigindo: nos últimos cinco anos, foi parado treze vezes por agentes da Lei Seca, e em todas ficou comprovado que tinha ingerido bebida alcoólica. Sua carteira foi suspensa na terça (25), e o presidente do Detran-RJ, José Carlos dos Santos Araújo, admitiu que “a cassação foi tardia” e pediu desculpas à população. Na quinta (27), já era esperada a liberação de Ivo do presídio, em Bangu, para que aguardasse o julgamento em liberdade. Uma fiança de 100 000 reais foi paga pelos advogados do empresário, indiciado pelo Ministério Público por homicídio culposo. Apenas por uma questão burocrática ele não foi libertado já na quarta-feira (26), dois dias depois de o corpo de Silva ter sido sepultado na cidade de Sertânia, no agreste pernambucano.

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