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Cláudia Costin

A secretária municipal de Educação trocou São Paulo pelo Rio há quatro anos para conduzir o projeto mais desafiador de sua carreira: remodelar um sistema de ensino público em decadência. Agora, colhe os resultados desse trabalho

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h17 - Publicado em 5 dez 2012, 17h06

Especialista em gestão pública, a administradora Cláudia Costin chegou a um ponto da carreira em que poderia se dar ao luxo de reduzir a carga de trabalho e cobrar caro por consultorias. Ela optou, entretanto, por encarar um projeto radicalmente diverso. Em 2009, Cláudia deixou o cargo de vice-presidente da Fundação Victor Civita, parte do Grupo Abril, que edita VEJA RIO, para ocupar o posto de secretária municipal de Educação do Rio, uma das pastas mais espinhosas da administração pública. Logo de início ela deparou com um quadro preocupante. A rede municipal tinha 28?000 analfabetos funcionais, o equivalente a 14% de todos os alunos matriculados. O déficit de aprendizagem era, em larga medida, fruto da chamada “aprovação automática”, adotada no governo Cesar Maia. A maioria das escolas já não aplicava provas, o que fez desaparecer nos alunos a ideia de que o sucesso só vem com esforço. “A melhor maneira de lidar com a educação de excluídos não é passando a mão na cabeça, mas sendo exigente. E foi o que nós fizemos”, diz ela.

Sob seu comando, a secretaria adotou um pacote de medidas para melhorar a qualidade do ensino. O resultado está nos dados divulgados em agosto pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Nos anos iniciais, a nota aumentou de 5,1, em 2009, para 5,4, em 2011. Nos anos finais, a nota saltou de 3,6 para 4,4. De saída, a secretaria realfabetizou os alunos avaliados como analfabetos funcionais, implantou um sistema de reforço escolar, investiu na capacitação dos professores e reintroduziu as provas bimestrais. As 152 escolas localizadas em áreas controladas pelo tráfico e pelas milícias ganharam atenção extra em sua gestão com a criação do projeto Escolas do Amanhã, que conta com oficinas de arte, aulas de esporte, laboratórios de ciências e atendimento médico mensal. De forma involuntária, Cláudia ampliou ainda o diálogo com os professores da rede graças ao Twitter. Ela adotou o microblog em 2009 apenas para se comunicar com uma das filhas que estudava fora do Brasil. Mas começou a ser seguida pelos profissionais da educação, com quem passou a conversar diretamente sobre os problemas e desafios das escolas. “Não há prazer maior do que ajudar a transformar a educação do Rio. Essa foi sem dúvida a experiência mais marcante da minha vida”, afirma a paulistana que vive no Rio há quatro anos.

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