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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h03 - Publicado em 6 ago 2014, 15h59

Desde o seu anúncio, a curta temporada carioca do novo espetáculo do americano Robert Wilson tem causado enorme frisson. Pudera: lenda viva do teatro, o diretor só montou uma peça por aqui, e lá se vão mais de quinze anos. Além disso, desta vez ele se junta a dois pesos-pesados das artes cênicas: o ator Willem Dafoe, conhecido por papéis em Hollywood, e o bailarino Mikhail Baryshnikov, ícone da dança no século XX. Os dois são os únicos em cena na transposição para o palco de um texto do russo Daniil Kharms (1905-1942), expoente da literatura do absurdo em seu país. Tal é o surrealismo da obra que explicar o enredo não é tarefa das mais fáceis, mas basta dizer que se trata de um homem assombrado por uma velha (a old woman do título original). Com figurinos iguais e o rosto pintado de branco, Dafoe e Baryshnikov lembram dois palhaços sombrios, dividindo todos os personagens e, por vezes, trocando de papel. A estranheza não impediu que a peça colhesse elogios entusiasmados desde a estreia, em 2013, na Inglaterra ? tanto para a rigorosa atuação da dupla quanto para o deslumbrante visual criado por Wilson, que também assina cenário e iluminação. Para atender à demanda do público, o espetáculo também será encenado no dia 12, às 21h. Atenção: a montagem é em inglês e russo, com legendas em português (100min). 16 anos.

Cidade das Artes ? Grande Sala (1?248 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca, ☎ 3325-0102. Sexta (8), 21h30; sábado (9), 16h e 21h; domingo (10), 18h. R$ 50,00 a R$ 350,00. Bilheteria: a partir das 13h até trinta minutos antes do início do espetáculo (sex. a dom.).Vendas antecipadas: ☎ 4003-1212. IR.

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Menino pobre nascido no interior de Pernambuco, em 1926, Moacir Santos tornou-se personagem de relevo na história da música brasileira, mas nem sempre foi lembrado assim. Depois de fazer sucesso em gafieiras, estudar com os maestros Guerra-Peixe e Claudio Santoro, tornar-se arranjador e regente na Rádio Nacional e gravar trilhas sonoras do cinema novo, ele partiu para os Estados Unidos em 1967. Lá, acumulou ainda mais prestígio, até a morte, aos 80 anos. O tempo no exterior foi punido no Brasil com o ostracismo, quebrado em 2001 pelo projeto Ouro Negro, de Mario Adnet e Zé Nogueira ? os dois músicos recuperaram partituras originais e deram nova vida a seu repertório, gravando-o. Outra merecida homenagem, o festival que leva o nome do arranjador, compositor e saxofonista, autor do conhecido clássico Coisa Nº 5 (Nanã), acontece no Rio pela primeira vez. Sob direção de Andrea Ernest Dias, programação no CCBB inclui palestras, mesas-redondas e aguardados shows com artistas ligados ao homenageado. Hubert Laws, um dos maiores flautistas americanos, é a atração do sábado (9), às 19h, ao lado de Ricardo Silveira (guitarra), Kiko Freitas (bateria) e John Leftwich (baixo). Antes dele, na quinta (7), também às 19h, o trombonista Raul de Souza ? outro craque da era do rádio que tomou o caminho do Galeão ? comanda o baile com o Sambajazz Trio.

Centro Cultural Banco do Brasil ? Teatro II (158 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020, Uruguaiana. Quarta (6) a sábado (9), 13h e 19h. R$ 10,00. Bilheteria: 9h/21h (qua. a sáb.).

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“Componho com palavras”, disse certa vez a artista mineira radicada em São Paulo. Quem visitar a individual Pouco a Pouco, em cartaz na Galeria Laura Alvim, haverá de concordar. Nas nove obras apresentadas, o discurso escrito está sempre presente. Próximo à entrada, assoma a bela instalação Avant et Après la Lettre (2011), com um livro sobre uma montanha de fragmentos de páginas. Os hipnóticos vídeos que compõem Correspondência (2008), criação de Marilá em parceria com o artista Fabio Morais, sugerem um paradoxo: uma troca de mensagens de e-mail digitadas em máquinas de escrever. Batizada de ++, uma instalação de 2002 tem como evocação possível a efemeridade inerente à palavra, mesmo aquela escrita: nela, textos colados sobre uma sementeira são rasgados de baixo para cima conforme as plantas crescem, impedindo a leitura. Criação recente, Cores, Nomes (2013) é uma série de catorze impressões de versos em papel de algodão. Cada texto aborda uma cor ? caso, por exemplo, de “Yellow, yellow, yellow, yellow! It is not a color. It is summer!”, do americano William Carlos Williams ? e surge sobre uma folha pintada na tonalidade correspondente. Preste atenção em Ulyisses (assim mesmo, com y e i), de 2008, em que são destacadas as aparições de “palavra” e “word” em páginas de uma edição bilíngue da obra de James Joyce.

Galeria Laura Alvim. Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2017. Terça a domingo, 13h às 21h. Grátis. Até o dia 17.

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Versão teatral do livro homônimo da escritora e ilustradora Eva Furnari, Nós, atração no Gláucio Gill, é a segunda adaptação da obra a entrar em cartaz no Rio em menos de um ano ? no fim de 2013, estreou uma elogiada montagem batizada de Nós de Borboletas. Desta vez, porém, a história da garotinha Mel (Fabiana Poppius), alvo de chacotas de toda a cidade por viver com borboletas ao seu redor, é contada de forma diferente. Há poucos diálogos e muitos recursos visuais, como bonecos, máscaras e projeções de sombras e outras imagens. Direção de Flávia Lopes (60min). Rec. a partir de 4 anos.

Teatro Gláucio Gill (102 lugares). Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana, ☎ 2332-7970, Cardeal Arcoverde. Sábado e domingo, 17h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 16h (sáb. e dom.). Até 24 de agosto. Estreia prometida para este sábado (2).

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O cotidiano de Juvenal (Paulo André), maquinista de trem em Belo Horizonte, resume-se ao trabalho e à solidão que encontra ao chegar em casa. De uma timidez avassaladora, ele mal consegue conversar na hora do almoço com Margô (Silvia Lourenço), uma controladora da malha ferroviária por quem nutre uma paixão secreta. Quando menos espera, Juvenal recebe a notícia: Margô quer que ele seja seu padrinho de casamento. Ela conheceu o noivo pela internet e, em poucos dias, deixará de ser solteira. Nem mesmo abalado pela notícia ele destrava a língua e continua firme em seu casulo. A união do mineiro Cao Guimarães (A Alma do Osso) com o pernambucano Marcelo Gomes (Cinema, Aspirinas e Urubus) rendeu um filme no mínimo instigante. Rodado num formato de tela quadrada (veja na foto ao lado), o longa-metragem busca nos silêncios e nos enquadramentos simétricos um arguto registro da solidão ? não só de Juvenal, mas também de Margô. Vale o aviso: embora visualmente atraente, a fita dá um andamento muito lento a uma carinhosa história de amor.

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✪✪✪ O Homem das Multidões, de Cao Guimarães e Marcelo Gomes (Brasil, 2013, 95min). 14 anos. Estreou em 31/7/2014.

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