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Carioca Nota 10: Thomaz Velho

O designer Thomaz Velho dá aulas de arte a jovens infratores

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 14h19 - Publicado em 19 jul 2013, 20h44

Um curso de desenho no Parque Lage foi a porta de entrada de Thomaz Velho para o mundo das artes plásticas, aos 14 anos. Agora, duas décadas mais tarde, ele utiliza técnicas de pintura, escultura e outras manifestações artísticas para a recuperação de jovens infratores, internos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), ligado ao governo do estado. O primeiro resultado desse trabalho, iniciado em outubro do ano passado, teve como vitrine as ruas da cidade, quando instalações criadas com móveis grafitados foram distribuídas por pontos nobres, como a Praça Sibélius e o Parque dos Patins, para divulgar a peça teatral Edukators, baseada em filme cult do austríaco Hans Weingartner. “Foi uma empreitada com cliente, prazo e metas, sem muito espaço para idealizações ou romantismo. Assim, eles aprenderam na prática como funciona o mercado que pode acolhê-los um dia”, explica.

“Essa é uma causa pela qual vale a pena batalhar. É o que me motiva”

Cenógrafo, ilustrador e artista, Thomaz é filho dos atores Cissa Guimarães e Paulo César Pereio. Ele viveu em 2010 a perda do irmão mais novo, Rafael Mascarenhas, atropelado quando andava de skate. Foi o drama familiar que abriu seus olhos para a necessidade de empreender as mudanças que queria ver na sociedade. Além das aulas que têm servido de inspiração para um programa semelhante da Fundação Casa, do governo de São Paulo –, ele usa seu ateliê no Rio Comprido para outras iniciativas. É o caso do Brasil + Arte + Social Good, um ciclo de palestras sobre empregabilidade no setor de novas mídias, baseado numa bem-sucedida experiência internacional, a ser realizado em agosto. Com o objetivo de dar maior visibilidade ao evento e inspirar cidadãos comuns a praticar o bem, foram convidados os debatedores José Junior, do AfroReggae, e o artista Vik Muniz. “A humanidade é uma coisa só”, afirma. “Quando você passa a olhar para o outro, compreende seu papel na dinâmica da cidade. Hoje, eu entendo que essa é uma causa pela qual vale a pena batalhar. É o que me motiva.”

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